Apesar do colapso dos preços internacionais do petróleo e dos últimos ajustes nos preços da gasolina à saída da refinaria, o etanol hidratado – E100 – ainda oferece tecnicamente uma vantagem econômica para os motoristas no sudeste do Brasil, mostram dados do governo.
Na semana encerrada no sábado, a relação do preço do etanol hidratado em relação à gasolina foi de 70,16%, um pouco acima dos 70,04% da semana anterior, segundo dados divulgados pela Agência Nacional de Petróleo e Biocombustíveis (ANP) na segunda-feira. Desde 6 de janeiro, o E100 no sudeste do Brasil perdeu uma vantagem mínima de quase 2,11 pontos percentuais nos bolsos dos consumidores.
Os consumidores com veículos flex, geralmente usam apenas etanol hidratado quando o preço é 70% da gasolina ou menos por causa de sua menor economia de combustível.
Em 2019, a região sudeste representou quase 50% do consumo total de hidrogênio e gasolina do Brasil.
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O etanol hidratado não está perdendo sua vantagem no combustível fóssil principalmente devido ao atraso entre a base de ajuste de preços da Petrobras ex-refinaria e o momento em que os varejistas alteram seus preços nas bombas.
Desde 1º de janeiro, a Petrobras reduziu em 34% os preços da gasolina à saída da refinaria, enquanto o preço médio para os consumidores no sudeste caiu 1,46% do Real 4,60 / litro em janeiro para Real 4,53 / litro no sábado, segundo dados da ANP.
Enquanto isso, o preço médio do etanol hidratado para os consumidores subiu cerca de 0,5%, uma correlação extremamente fraca com o preço à saída da fábrica até agora em 2020.
A avaliação da S&P Global Platts de etanol hidratado da fábrica de Ribeirão Preto caiu 9,56%, ante um preço médio de Real 2,51 / litro em janeiro para Real 2,27 / litro segunda-feira.
Se o surto de coronavírus não tivesse começado a reduzir o consumo brasileiro de combustível, as vendas de etanol hidratado teriam mantido um bom ritmo, apesar da turbulência nos mercados internacionais de petróleo.
As maiores empresas de distribuição do Brasil esperam que o consumo de combustível caia quase 10% em março e outros 30% em abril devido ao bloqueio contínuo do coronavírus.
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