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América Latina enfrenta retração na demanda por gasolina

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 07/09/2021 às 16:23
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Frentista em posto de gasolina Petrobras / Imagem Google

No terceiro trimestre de 2021, demanda por gasolina deve ser 190 mil barris por dia menor do que no mesmo período de 2019, ano pré-pandemia

O Relatório de Previsão do Mercado de Petróleo da S&P Global Platts Analytics para a América Latina aponta que a retração na mobilidade ainda é um desafio para a recuperação da demanda por gasolina nos países da região no curto prazo. As variantes da COVID-19 e as taxas ainda relativamente baixas de vacinação são fatores que impactam a mobilidade e impedem que a procura pelo combustível chegue aos níveis de 2019, ano pré-pandemia.

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De acordo com a S&P Global Platts Analytics, fornecedora líder de informações e preços para os mercados de commodities e energia, no terceiro trimestre de 2021, a demanda por gasolina na América Latina deve ser de 285 mil barris a mais por dia na comparação com 2020, porém 190 mil barris por dia menor do que o mesmo período de 2019. Para o quarto trimestre, a demanda ainda deve continuar abaixo dos níveis pré-pandemia em cerca de 130 mil barris por dia.

Demanda por gasolina no Brasil

No Brasil, as condições climáticas adversas limitaram a colheita da cana-de-açúcar nesta safra, tornando a gasolina “C” (que conta com 27% de etanol) um combustível mais competitivo para os motoristas em relação ao próprio etanol.

Segundo o relatório, no primeiro semestre de 2021, as vendas da gasolina “C” foram 50 mil barris por dia maiores do que em 2020, porém ainda 25 mil barris por dia abaixo do mesmo período de 2019. A demanda no terceiro trimestre de 2021 deve crescer 20 mil barris por dia na comparação com o ano passado, mas a projeção é de que ainda fique 60 mil barris por dia abaixo de 2019.

O relatório ainda mostra que, no terceiro trimestre de 2021, apenas a demanda por diesel deve superar os números de 2019. Isso por conta da maior produção industrial, do crescimento econômico, das vendas no varejo e, também, por conta do transporte de cargas. A projeção é que, no período, a procura pelo combustível seja 20 mil barris por dia maior.

Sobre a S&P Global Platts – Principal fornecedora independente de informações e preços de referência para os mercados de commodities e energia, a S&P Global Platts tem clientes em mais de 150 países que contam com a experiência da empresa em notícias, preços e análises para oferecer maior transparência e eficiência aos mercados. A cobertura da S&P Global Platts inclui petróleo e gás, energia, petroquímica, metais, agricultura e transporte marítimo. A S&P Global Platts é uma divisão da S&P Global (NYSE: SPGI), que fornece inteligência essencial para indivíduos, empresas e governos tomarem decisões com confiança.

Petróleo evapora sob forte pressão dos vendedores atingindo US$ 66 o barril

O preço do petróleo evapora para menos de US$ 66 o barril nesta quinta-feira, seu nível mais baixo desde maio, pressionado por preocupações sobre a demanda mais fraca com o aumento dos casos de COVID-19, um dólar americano mais forte e um aumento surpreendente nos estoques de gasolina dos EUA. No Brasil, pressiona Petrobras na baixa do preço da gasolina, que no último dia 12 sofreu mais um reajuste de 3,3 %.

Depois de cinco sessões de negociações em baixa na ICE Europe, o petróleo evapora sob forte pressão dos vendedores se desfazendo das posições de outubro, o contrato driver.

Petrobras é pressionada a abaixar o preço da gasolina com a queda no valor do petróleo e etanol ganha força com paridade acima de 70%

Nessa circunstância, baixa sobre a Petrobras a expectativa do mercado quanto a alguma redução da gasolina, depois do aumento de 3,3% em 12 de agosto, e acende o alerta para o etanol.

Mesmo que a queda de hoje possa ser pontual, o tombo é forte para voltar acima dos US$ 70 o barril nas próximas sessões, mesmo porque o alerta com o avanço da Covid deve continuar a dar espaço para estresse dos especuladores com derivativos.

O etanol hidratado veio de duas fortes altas nas usinas nas duas últimas semanas e já estava com a paridade acima de 70% com o combustível concorrente.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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