Segundo a Mercedes Benz, a Ambev já tem um processo estruturado de renovação da frota de caminhões, por se tratar de veículos que não podem parar.
A maior cervejaria do Brasil, a Ambev, em meio a crise causada pelo novo coronavírus fecha um mega contrato com a Mercedes-Benz e adquire cerca de 450 novos caminhões. Home Office e cerveja? 100 vagas de emprego abertas pela Ambev, a maior empresa de bebidas do Brasil e do mundo!
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Apesar da queda dos números da indústria automotiva, o cenário permanece favorável para a renovação da frota de caminhões. Ao menos essa é a avaliação da Mercedes, que acabou de fechar um contrato a gigante de bebidas Ambev.
“A pandemia só mostrou que alguns setores continuam extremamente importantes. Bebidas e transportes são alguns deles”, afirma Roberto Leoncini, vice-presidente da Mercedes do Brasil.
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De acordo com o executivo, a Ambev já tem um processo estruturado de renovação da frota, principalmente por se tratar de veículos que não podem parar. “Conseguimos reforçar essa parceria com a empresa, mas também temos outros parceiros no setor de bebidas e possuímos um time especialista para atendê-los.”
O contrato da Mercedes prevê a entrega de 140 caminhões médios Accelo, quase 280 semipesados Atego e cerca de 30 extrapesados da linha Axor. As primeiras unidades começaram a ser entregues em agosto e todo o volume chegará aos parceiros da Ambev até outubro.
Leoncini afirma que, para alguns operadores, a montadora negocia planos de manutenção dentro do cliente. A marca conta com cerca de 185 concessionários e mais 100 contratos de serviços dedicados dentro dos clientes. “Não entregamos só o caminhão. Isso é importante porque o serviço agrega gestão da frota.”
Enfrentando a crise
O vice-presidente da Mercedes conta que a manutenção da taxa básica de juros Selic no menor nível da história contribui para aumentar as vendas no setor, embora a recuperação ainda esteja lenta. Os emplacamentos de caminhões em agosto recuaram 15,23% sobre julho, para 8.072 unidades. Na comparação anual, a queda foi de 15,73%. No acumulado de janeiro a agosto, houve retração de 15,63%, para 55.213 unidades.
“Temos visto um movimento importante de renovação de frota. Há clientes que estão diminuindo o número de veículos e aumentando a frequência das trocas. Isso também é inteligência em logística”, diz o executivo. “Estamos no melhor momento da taxa básica de juros, com o BNDES voltando a ser protagonista nas vendas do setor.”
Ele acrescenta que este também é um bom momento para a compra de veículos seminovos, o que impulsiona a dinâmica do mercado.