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Amanhã (11/03) haverá novo aumento nos combustíveis e gás de cozinha: disparada no valor do barril do petróleo reflete nas refinarias e Petrobras aumenta preço da gasolina em 18,8 %, diesel em 24,9% e GLP em 16,1%

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 10/03/2022 às 15:59
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Frentista em posto de gasolina Petrobras – Imagem Google

Apesar do aumento nos preços dos combustíveis, há risco de desabastecimento de diesel, devido aos valores cobrados pela Petrobras permanecerem defasados.

Disparada dos preços do petróleo reflete no bolso dos brasileiros. A Petrobras anunciou nesta quinta-feira (10/03) novos reajustes nos preços da gasolina, do diesel e do gás de cozinha. Novo aumento acontece após quase 2 meses de valores congelados nas refinarias da estatal. Segundo a Abicon, mesmo com o novo reajuste, gasolina e diesel continuam com valores defasados em relação aos preços praticados no mercado internacional.

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“Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022 a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”, informou a estatal, em comunicado.

O preço médio da gasolina para as distribuidoras subirá de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, ou seja, um reajuste de 18,8%. Já no caso do diesel, o preço médio praticado por litro será reajustado de R$ 3,61 para R$ 4,51, ou seja, uma alta que chega aos 24,9%.

No caso do GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), mais conhecido como gás de cozinha, teremos um reajuste de 16,1%, onde o preço praticado por kg passará de R$ 3,86 para R$ 4,48, equivalente a R$ 58,21 por 13 kg.

O produto não era reajustado há 152 dias e custa atualmente no país R$ 102,64 o botijão de 13 kg, em média, segundo pesquisa da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Defasagem no preço do diesel pode gerar desabastecimento do combustível no Brasil

De acordo com a Abicom (que reúne os importadores) e a GSB Consultants, em uma entrevista ao jornal O Globo, a defasagem na gasolina, após o reajuste anunciado nesta quinta-feira (10), ficará entre 8% e 10% no Brasil ante o valor internacional. No caso do diesel, o valor vendido pela Petrobras continua, mesmo após o reajuste, entre 9% e 11% menor em relação aos preços cobrados no exterior. 

O valor dessa desafagem varia a todo momento, pois depende da cotação do petróleo no mercado internacional. Quando o valor do barril subiu para quase US$ 140, a defasagem aqui chegou a 40% no diesel e 30% na gasolina. Depois, com o recuo da cotação internacional, a diferença foi reduzida.

“Esse ano os nossos associados não fizeram importação alguma. Por isso, há o risco de desabastecimento pontual no diesel. As refinarias aqui não conseguem atender a demanda em diesel. A decisão de hoje da Petrobras de reajustar leva de 30 a 45 dias até os importadores comprarem combustível e o produto chegar aqui” disse Araujo. “Voltamos para defasagens pré-guerra”.

O consultor Gustavo Oliveira de Sa e Benevides, da GSB Consultants, destacou que a falta de reajuste da Petrobras vem impactando as importações de diversas empresas, o que inclui grandes companhias com atuação no Brasil. Ontem, a Ipiranga informou que está restringindo a venda de diesel. 

Segundo ele, se a Petrobras não fizesse o aumento nesta quinta-feira, poderia aumentar o risco de falta de combustível no Brasil. 

“Estávamos muito defasados por conta da guerra na Ucrânia, que elevou o preço dos combustiveis. Apesar do reajuste, a defasagem ainda continua”, disse Benevides.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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