Governo venezuelano reforça presença armada em resposta a patrulhas navais americanas e ameaças de ataques contra supostos cartéis.
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 25 mil militares. O reforço acontece nas fronteiras com a Colômbia e o Caribe. A ação é uma resposta direta à escalada de tensão com os Estados Unidos, que realizam patrulhas em águas próximas ao país.
A escalada da tensão e a resposta venezuelana
A decisão de reforçar a segurança ocorre após um incidente grave. A Marinha dos EUA afundou uma embarcação com 11 supostos narcotraficantes vindos da Venezuela. Fontes do governo Donald Trump afirmaram que ações militares pontuais contra alvos do narcotráfico em solo venezuelano não estão descartadas.
Em resposta, Maduro justificou a mobilização como um ato de defesa. “Ordenei a mobilização de 25 mil homens e mulheres da nossa gloriosa FANB”, publicou o presidente. “Esta mobilização tem como objetivo primordial a defesa da soberania nacional, a segurança do país e a luta pela paz”.
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Áreas estratégicas: o foco da mobilização militar
A mobilização fortalece as Unidades de Reação Rápida (URRAS). O foco principal é a “Zona Binacional de Paz”, que inclui os estados de Táchira e Zulia, na fronteira com a Colômbia.
A presença militar também foi reforçada em outras áreas. Na costa caribenha ocidental, em La Guajira e Falcón, onde ficam as principais refinarias de petróleo. E na faixa atlântica oriental, nos estados de Nueva Esparta, Sucre e Delta Amacuro, próximo à Guiana.
Reforço total: o papel das milícias e do ministro da Defesa
O ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, confirmou os detalhes. A nova mobilização se soma a 10 mil militares já ativos. Drones, equipamentos navais e fluviais foram enviados para áreas estratégicas, como a Serra de Perijá. Segundo autoridades colombianas, a região é usada por guerrilhas e narcotraficantes.
“Ninguém virá fazer o que corresponde a nós mesmos”, declarou Padrino. O plano de defesa também prevê o uso de milicianos. Maduro afirmou que 220 mil milicianos foram convocados para as ações.
A justificativa de Washington e as ameaças diretas
Em meio à crescente pressão dos EUA, o então presidente Donald Trump endureceu o discurso. Ele ameaçou derrubar aviões venezuelanos que representassem uma ameaça às operações navais americanas.
Segundo o governo Trump, as patrulhas são parte de uma estratégia de combate ao narcotráfico. Caracas, por outro lado, classifica as ações como uma provocação militar e uma clara violação de sua soberania.