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Aggreko tem planos para investir R$ 240 milhões em projetos de geração de energia a partir de biogás

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 21/09/2021 às 10:43
Atualizado em 19/08/2022 às 05:06
Biogás – energia – projetos
Aggreko/ Fonte: Site da Aggreko
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A empresa prestadora de serviços de energia modular móvel, decidiu ampliar sua atuação e se tornar investidora no segmento de biogás para geração de energia

A Aggreko, empresa especialista em fornecer soluções de energia, climatização e refrigeração, está lançando ao mercado uma chamada para atrair projetos capazes de transformar biomassa de diferentes origens em biogás para geração de energia. Segundo o diretor de vendas da Aggreko no Brasil, Hugo Dominguez, a iniciativa se encaixa num plano de diversificação do modelo de negócio: a companhia já oferece soluções de geração para o mercado de biogás e, agora, também quer realizar a venda da energia. Veja ainda esta notícia: Com aposta em energias renováveis, Vivo inaugura sua nova usina de biogás, no estado de Pernambuco

Novos projetos de biogás para gerar energia

Para a nova empreitada, reservou R$ 240 milhões – a execução de todo esse montante vai depender do resultado da chamada. O executivo da Aggreko diz que hoje tem parceiros que fazem a compensação da energia para o cliente. “Queremos dar um passo além, flexibilizar ainda mais nossa atuação e entrar diretamente na comercialização [da energia] no mercado livre ou realizar nós mesmos a compensação ao cliente”, diz Hugo.

A Agrekko tem 25 megawatts (MW) em usinas de biogás na modalidade de “geração distribuída”, isto é, empreendimentos de até 5 MW de potência que são construídos no próprio local de consumo da energia ou próximo a ele. Nesses casos, a companhia forneceu soluções “turn key”, que abrigam desde a modelagem até a operação e manutenção dos equipamentos.

Para os próximos projetos, a ideia é continuar trabalhando com empreendimentos de geração distribuída, modelo considerado compatível com o objetivo da empresa de incentivar a descentralização e a descarbonização da geração de energia.

Os investimentos a serem realizados pela empresa

Se concretizado, o plano de investir R$ 240 milhões em projetos de biogás para gerar energia no país deve resultar na geração de 163 mil megawatts/hora (MWh) por ano, o equivalente ao consumo anual de 81 mil residências. A previsão é ter a produção entre o fim de 2022 e o início de 2023. A iniciativa da Aggreko vem num momento de expansão do mercado nacional de biogás. No ano passado, o país registrou aumento de 22% no número de plantas, atingindo 675 unidades, segundo o CIBiogás. Já o volume de biogás produzido para fins energéticos cresceu 23%.

Apesar do potencial de crescimento, principalmente com resíduos do agronegócio, a participação do biogás na matriz energética brasileira ainda é relativamente baixa. Dados da associação Abiogás mostram que a produção nacional total alcança hoje 1,5 bilhão de metros cúbicos ao ano, representando 0,9% de participação na matriz.

Leia também: Empresa sucroenergética investirá R$ 94 milhões para desenvolvimento de projeto de produção de biogás, em Goiás

A Jalles Machado fechou com a Albioma um contrato relativo ao projeto de expansão para aumento da eficiência energética da unidade de geração de energia por biomassa adjacente à Usina Otávio Lage e para desenvolvimento de projeto de produção de biogás a partir da vinhaça, resíduo da destilação do etanol. A empresa sucroenergética projeta investir R$ 94 milhões.

A parceria entre a Jalles Machado, empresa referência no setor sucroenergético e a Albioma, produtora independente de energia, tem como parte do projeto da produção de biogás na Usina Otávio Lage, no estado de Goiás, a contribuição por esta de Biomassa, Vinhaça e de outros ativos sujeitos a opção de compra em 2033 ou ao final da relação entre as duas companhias.

A outra parte do projeto de produção de biogás a partir da vinhaça, resíduo da destilação do etanol, visa honrar com as obrigações assumidas pela Albioma no contrato de compra de energia, com prazo de 20 anos a partir de 2025, para o volume de 64 GWh e preço garantido de R$ 202,35/MWh, conforme ajustado pela inflação, fruto do Leilão ANEEL 007/2021 (A4) realizado em 8 de julho de 2021.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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