A empresa prestadora de serviços de energia modular móvel, decidiu ampliar sua atuação e se tornar investidora no segmento de biogás para geração de energia
A Aggreko, empresa especialista em fornecer soluções de energia, climatização e refrigeração, está lançando ao mercado uma chamada para atrair projetos capazes de transformar biomassa de diferentes origens em biogás para geração de energia. Segundo o diretor de vendas da Aggreko no Brasil, Hugo Dominguez, a iniciativa se encaixa num plano de diversificação do modelo de negócio: a companhia já oferece soluções de geração para o mercado de biogás e, agora, também quer realizar a venda da energia. Veja ainda esta notícia: Com aposta em energias renováveis, Vivo inaugura sua nova usina de biogás, no estado de Pernambuco
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Novos projetos de biogás para gerar energia
Para a nova empreitada, reservou R$ 240 milhões – a execução de todo esse montante vai depender do resultado da chamada. O executivo da Aggreko diz que hoje tem parceiros que fazem a compensação da energia para o cliente. “Queremos dar um passo além, flexibilizar ainda mais nossa atuação e entrar diretamente na comercialização [da energia] no mercado livre ou realizar nós mesmos a compensação ao cliente”, diz Hugo.
A Agrekko tem 25 megawatts (MW) em usinas de biogás na modalidade de “geração distribuída”, isto é, empreendimentos de até 5 MW de potência que são construídos no próprio local de consumo da energia ou próximo a ele. Nesses casos, a companhia forneceu soluções “turn key”, que abrigam desde a modelagem até a operação e manutenção dos equipamentos.
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Para os próximos projetos, a ideia é continuar trabalhando com empreendimentos de geração distribuída, modelo considerado compatível com o objetivo da empresa de incentivar a descentralização e a descarbonização da geração de energia.
Os investimentos a serem realizados pela empresa
Se concretizado, o plano de investir R$ 240 milhões em projetos de biogás para gerar energia no país deve resultar na geração de 163 mil megawatts/hora (MWh) por ano, o equivalente ao consumo anual de 81 mil residências. A previsão é ter a produção entre o fim de 2022 e o início de 2023. A iniciativa da Aggreko vem num momento de expansão do mercado nacional de biogás. No ano passado, o país registrou aumento de 22% no número de plantas, atingindo 675 unidades, segundo o CIBiogás. Já o volume de biogás produzido para fins energéticos cresceu 23%.
Apesar do potencial de crescimento, principalmente com resíduos do agronegócio, a participação do biogás na matriz energética brasileira ainda é relativamente baixa. Dados da associação Abiogás mostram que a produção nacional total alcança hoje 1,5 bilhão de metros cúbicos ao ano, representando 0,9% de participação na matriz.
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A Jalles Machado fechou com a Albioma um contrato relativo ao projeto de expansão para aumento da eficiência energética da unidade de geração de energia por biomassa adjacente à Usina Otávio Lage e para desenvolvimento de projeto de produção de biogás a partir da vinhaça, resíduo da destilação do etanol. A empresa sucroenergética projeta investir R$ 94 milhões.
A parceria entre a Jalles Machado, empresa referência no setor sucroenergético e a Albioma, produtora independente de energia, tem como parte do projeto da produção de biogás na Usina Otávio Lage, no estado de Goiás, a contribuição por esta de Biomassa, Vinhaça e de outros ativos sujeitos a opção de compra em 2033 ou ao final da relação entre as duas companhias.
A outra parte do projeto de produção de biogás a partir da vinhaça, resíduo da destilação do etanol, visa honrar com as obrigações assumidas pela Albioma no contrato de compra de energia, com prazo de 20 anos a partir de 2025, para o volume de 64 GWh e preço garantido de R$ 202,35/MWh, conforme ajustado pela inflação, fruto do Leilão ANEEL 007/2021 (A4) realizado em 8 de julho de 2021.