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Acordo Mercosul–EFTA promete R$ 3,34 bilhões em exportações extras e R$ 660 milhões em novos investimentos no Brasil

Publicado em 14/09/2025 às 21:54
O acordo Mercosul–EFTA assinado pelo Brasil com países como a Suíça promete atrair novos investimentos e fortalecer a política externa, reposicionando o país nas cadeias globais de valor.
O acordo Mercosul–EFTA assinado pelo Brasil com países como a Suíça promete atrair novos investimentos e fortalecer a política externa, reposicionando o país nas cadeias globais de valor.
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Tratado com Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein marca reposicionamento estratégico e pode acelerar a chegada de novos investimentos no Brasil.

O governo brasileiro oficializou nesta terça-feira (16), no Rio de Janeiro, a assinatura do acordo de livre comércio entre o Mercosul e a Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA), bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein, segundo a IstoÉ Dinheiro. O tratado representa não apenas ganhos comerciais imediatos, mas também uma oportunidade de atrair novos investimentos no Brasil e reposicionar o país nas cadeias globais de valor.

O pacto foi negociado desde 2017 e é considerado um dos mais relevantes para a política externa brasileira nos últimos anos.

De acordo com projeções oficiais, o acordo deverá gerar R$ 3,34 bilhões em exportações adicionais e R$ 660 milhões em novos investimentos no Brasil, além de ampliar o acesso a tecnologias e bens de alto valor agregado.

O impacto direto do acordo na economia brasileira

As estimativas do governo indicam que, até 2044, o acordo terá impacto de R$ 2,69 bilhões no PIB nacional.

A curto prazo, o Brasil deve sentir reflexos positivos na balança comercial, com ganhos líquidos em exportações e estímulo à competitividade em diversos setores.

Além do aumento nas exportações, está previsto um crescimento de R$ 2,57 bilhões nas importações, principalmente de bens de alto padrão tecnológico, como equipamentos médicos, fármacos e insumos industriais.

Isso pode reduzir custos internos e ampliar o acesso da população a produtos de qualidade superior, gerando efeitos indiretos sobre consumo e salários reais.

Prioridades estratégicas do Brasil no Mercosul

Durante a cerimônia, o Itamaraty destacou que o acordo Mercosul–EFTA reforça o papel do Brasil como líder regional em integração econômica. Entre as prioridades anunciadas estão:

Apoiar a adesão plena da Bolívia ao Mercosul, fortalecendo a integração sul-americana.

Valorizar a dimensão social do bloco, com o fortalecimento do Instituto de Políticas Públicas em Direitos Humanos (IPPDH) e do Instituto Social do Mercosul (ISM).

Lançar a Estratégia Mercosul de Combate ao Crime Organizado, ampliando a cooperação em segurança pública e justiça regional.

Por que o acordo com o EFTA é estratégico

Especialistas ouvidos pela IstoÉ Dinheiro afirmam que o pacto com o EFTA funciona como complemento ao acordo Mercosul–União Europeia, ainda travado por divergências ambientais e políticas.

Diferentemente do bloco europeu, os países do EFTA possuem altíssima renda per capita e forte demanda por produtos agrícolas, energéticos e industriais de qualidade, nos quais o Brasil é competitivo.

Isso significa que o tratado não apenas garante novos investimentos no Brasil, mas também abre espaço para que empresas brasileiras ampliem exportações de carne, grãos, café, biocombustíveis e bens industriais em mercados exigentes, forçando a modernização de cadeias produtivas locais.

Desafios para transformar projeções em ganhos reais

Apesar do otimismo, analistas alertam que a abertura de mercado vem acompanhada de desafios complexos.

Os países do EFTA possuem padrões sanitários, ambientais e tecnológicos rigorosos, o que exigirá das empresas brasileiras investimentos em inovação, rastreabilidade e sustentabilidade.

Além disso, a concorrência internacional é forte. Para que o Brasil converta as projeções em ganhos reais, será necessário um esforço coordenado entre governo e setor privado.

Sem modernização, parte dos benefícios do acordo pode ser perdida para competidores globais já adaptados a esses requisitos.

O acordo Mercosul–EFTA representa um passo histórico na política comercial brasileira, com potencial para ampliar exportações e atrair novos investimentos no Brasil.

Mas o verdadeiro impacto dependerá da capacidade do país em aproveitar a abertura de mercados de alto padrão, adaptando-se a exigências internacionais e modernizando sua produção.

E você, acredita que o Brasil conseguirá transformar esse tratado em ganhos concretos para a economia e para a população?

Deixe sua opinião nos comentários queremos ouvir quem vive o impacto desse tipo de mudança na prática.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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