Especificamente no setor de óleo e gás, o drone Atobá pode ser usado no controle e vigilância aérea de todo complexo de plataformas de petróleo.
Especializada no segmento de drones, a empresa nacional Stella Tecnologia, desenvolveu o Atobá, um veículo remotamente pilotado. Trata-se de um drone estratégico, desenvolvido no Brasil para fins de vigilância e segurança da Amazônia, plataformas de petróleo e fronteiras brasileiras. Governo prepara leilão do petróleo na Amazônia Azul
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Com esse lançamento, o Brasil entra num seleto grupo de fabricantes de drones de grande porte, como Irã, China, EUA e Emirados Árabes. O veículo está programado para atender os segmentos de Defesa e Segurança nos mercados nacional e internacional.
Um dos fundadores e CEO da Stella Tecnologia, Gilberto Buffara Jr, declara que há vários focos comerciais sendo tratados pelo Departamento de Marketing da empresa “As vantagens inerentes ao uso dos drones em operações militares têm atraído cada vez mais a atenção de vários países. Ainda temos um caminho a percorrer, apresentando o avião aos nossos clientes e a partir desse sucesso, que acredito que teremos, expandir os negócios além do Brasil. Mas primeiramente vamos focar aqui mesmo no nosso mercado, que é imenso. Há muito para se fazer, inclusive instalando novos softwares, de acordo com o uso que se necessita”.
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Ele diz ainda que há um amplo mercado para as empresas no Brasil: “Especificamente no setor de petróleo e gás, ele pode ser usado no controle e vigilância aérea de todo complexo de plataformas de petróleo. Não só na Bacia de Campos, mas de Santos e até o Espírito Santo. Ter uma avaliação de qualidade, ao vivo, pode ser fundamental para as estações de terras e para a segurança da própria plataforma”.
Sobre Atobá – o maior drone construído no Brasil
O voo inaugural do veículo remotamente pilotado ocorreu no dia 20 de julho, data do aniversário de Alberto Santos Dumont, pioneiro da aviação brasileira, e foi um sucesso. A estabilidade e a previsibilidade da aeronave aos comandos foram excelentes cumprindo com todos os requisitos técnicos e de segurança. “Ficamos impressionados com a estabilidade e o comportamento da aeronave durante as simulações de voo. Tínhamos certeza dessa performance, pois são anos trabalhando nesse projeto brasileiro. Estamos orgulhosos”, afirmou empresário Gilberto Buffara Júnior um dos donos da Stella Tecnologia.
O drone Atobá nasceu como uma alternativa economicamente viável e da necessidade de uma solução nessa área estratégica – VANT MALE (Medium Altitude, LongEndurance), e capitaliza experiência acumulada desde 2004 no desenvolvimento desse tipo de tecnologia pelos integrantes da equipe, entre eles, alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ.
O maior VANT do hemisfério sul – o Atobá, conta com tecnologia nacional e tem alcance de um raio de 250 km e autonomia de 28 horas de voo. A aeronave tem 11 metros de envergadura e capacidade de transportar 70 kg de carga, permitindo ter várias aplicações, tanto para o segmento civil quanto para o militar.
Para decolar e pousar, o veículo remotamente pilotado necessita apenas de uma pista de 400 metros. Além de fácil transporte, o drone tem um sistema de montagem e desmontagem simplificado.
Extremamente versátil, o Atobá é uma poderosa e eficaz ferramenta para monitoramento de nossa faixa oceânica e fronteiras terrestres, além de poder prestar auxilio na segurança pública e vigilância e segurança de grandes eventos. “Nós queremos estabelecer parcerias sólidas com as nossas Forças Armadas e de Segurança Pública em projetos de vigilância e proteção das nossas fronteiras e operações de segurança. Acreditamos que temos muito a contribuir com o nosso país”, afirmou o CEO da Stella Tecnologia.
O drone é visto como estratégico para as Forças Armadas, já que o processo nacional no desenvolvimento do Atobá apresenta menor custo e ainda pode gerar empregos no país. Além disso, oferece persistência operacional sobre uma determinada área por um longo período de tempo, autonomia de voo, e a capacidade de realizar operações remotas. O Atobá foi desenvolvido para igualar ou superar veículos da mesma classe no mercado internacional.
Com relação à certificação do produto, a Stella desenvolve seus sistemas baseado nas normas brasileiras e na Stanag (Standardization Agreement) da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte), pertinentes ao desenvolvimento e à implementação de aeronaves não tripuladas.
A Stella Tecnologia é uma empresa acreditada pelo Ministério da Defesa como EED (Empresa Estratégica de Defesa) e foi fundada em 2015 por Eudes de Orleans e Bragança e Gilberto Buffara Jr. Eudes foi oficial da MB e submarinista, além de diretor e membro do conselho de diversas empresas no Brasil e no Exterior. Gilberto é fundador de uma empresa pioneira no Brasil na área de VANTs. Firmou o primeiro contrato de venda de VANTs nas Forças Armadas do Brasil e equipou o primeiro pelotão da Marinha. A Stella Tecnologia foi fundada com o intuito de desenvolver tecnologias críticas na área de VANTs e sempre em mercados onde não houvesse similares nacionais.