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A maior favela brasileira não fica no Rio, tem 32 mil casas e abriga 87 mil pessoas

Publicado em 05/07/2025 às 14:51
Sol Nascente: como o Censo 2022 revelou a verdadeira maior favela do Brasil
Sol Nascente: como o Censo 2022 revelou a verdadeira maior favela do Brasil
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Dados oficiais do IBGE mostram que a comunidade do Distrito Federal ultrapassou a Rocinha em número de domicílios, tornando-se a maior favela do Brasil e redefinindo o mapa da urbanização informal no país.

De acordo com os dados mais recentes do Censo Demográfico 2022, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior favela do Brasil é a comunidade Sol Nascente, localizada em Ceilândia, no Distrito Federal. Com um total de 32.081 domicílios, a localidade superou a Rocinha, no Rio de Janeiro, que por décadas ocupou o posto no imaginário popular e nas estatísticas oficiais.

Essa mudança evidencia não apenas o crescimento populacional acelerado em novas áreas do país, mas também a importância da coleta de dados precisos para entender a realidade dos chamados “Aglomerados Subnormais”, termo técnico utilizado pelo IBGE. A nova classificação é fundamental para orientar investimentos e a criação de políticas públicas mais eficazes para essas regiões.

O que define o tamanho? Os novos dados do IBGE

O principal critério utilizado pelo IBGE para classificar o tamanho dos Aglomerados Subnormais no Censo 2022 foi o número de domicílios particulares permanentes ocupados. Essa metodologia oferece um retrato mais estável da estrutura de moradia em comparação com a contagem populacional, que pode flutuar com mais facilidade.

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Um Aglomerado Subnormal é definido pelo IBGE como uma forma de ocupação irregular de terrenos para fins de habitação em áreas urbanas, caracterizada por um padrão urbanístico irregular e carência de serviços públicos essenciais.

Sol Nascente em números, a gigante do Distrito Federal

A maior favela brasileira não fica no Rio, tem 32 mil casas, abriga 87 mil pessoas
Favela Sol Nascente – DF

Localizada na Região Administrativa de Ceilândia, a cerca de 35 km do centro de Brasília, a comunidade Sol Nascente experimentou um crescimento vertiginoso nas últimas décadas. Os dados do Censo 2022 revelam a dimensão dessa expansão:

Total de Domicílios: 32.081

População Residente: 87.184 pessoas

Reconhecida como região administrativa do Distrito Federal em 2019, a maior favela do Brasil enfrenta desafios significativos de infraestrutura, como saneamento básico e mobilidade urbana, que agora recebem maior visibilidade com o reconhecimento de sua magnitude.

E a Rocinha? Uma análise da comunidade mais famosa do Rio

A Rocinha, localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, ocupou por muito tempo o posto de maior favela do país. Embora tenha sido ultrapassada em número de domicílios, seus números continuam impressionantes e refletem sua alta densidade demográfica.

Total de Domicílios: 30.955

População Residente: 67.199 pessoas

A Rocinha ainda é a favela mais populosa do estado do Rio de Janeiro. A comparação com Sol Nascente mostra diferentes perfis de ocupação: enquanto a comunidade do DF se expandiu horizontalmente, ocupando uma área maior, a Rocinha cresceu de forma mais verticalizada.

O novo mapa das maiores favelas do Brasil

O Censo 2022 atualizou o ranking das maiores comunidades do país, mostrando uma diversidade geográfica que vai além do eixo Rio-São Paulo.

Sol Nascente (Distrito Federal): 32.081 domicílios

Rocinha (Rio de Janeiro): 30.955 domicílios

Rio das Pedras (Rio de Janeiro): 27.573 domicílios (dados do Censo 2010, aguardando atualização detalhada)

Paraisópolis (São Paulo): 20.375 domicílios (dados pré-censo, ainda a serem detalhados)

Coroadinho (Maranhão): 18.231 domicílios

É importante notar que a divulgação completa e detalhada dos dados por setor censitário pelo IBGE ainda está em andamento, o que poderá refinar ainda mais essa lista.

A importância dos dados para o desenvolvimento de políticas públicas

A maior favela brasileira não fica no Rio, tem 32 mil casas, abriga 87 mil pessoas
Sol Nascente

A atualização do ranking da maior favela do Brasil não é apenas uma questão de estatística. Ter dados precisos sobre onde e como vive a população em Aglomerados Subnormais é essencial para que o poder público possa planejar e executar ações eficazes.

Essas informações impactam diretamente a alocação de recursos para saneamento básico, saúde, educação, transporte e segurança. O conhecimento detalhado sobre o número de domicílios e o perfil dos moradores permite que governos federal, estaduais e municipais criem projetos que atendam às necessidades reais dessas comunidades, promovendo a integração urbana e a melhoria da qualidade de vida de milhões de brasileiros.

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Maria Heloisa Barbosa Borges

Falo sobre construção, mineração, minas brasileiras, petróleo e grandes projetos ferroviários e de engenharia civil. Diariamente escrevo sobre curiosidades do mercado brasileiro.

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