A BYD está apostando fortemente no Brasil com seus carros elétricos e outros segmentos. Além da geração de empregos, a montadora busca tirar o preconceito dos brasileiros com marcas chinesas.
Há cerca de 10 anos, o público brasileiro presenciou a chegada de diversas montadoras chinesas ao país. Na época, o foco era o grande varejo, com metas de modelos baratos e completos, entretanto, estas marcas enfrentaram duras críticas aos veículos devido à qualidade. Desse modo, poucas chinesas ainda estão no Brasil e uma delas está surgindo no horizonte disposta a enfrentar de igual para igual as gigantes mundiais. Esta empresa é a BYD, que está no Brasil oferecendo seus carros elétricos e gerando diversos empregos em suas unidades.
BYD abrirá 45 concessionárias no Brasil
A marca tem ganhado destaque no país, principalmente nos últimos meses. Desde que decidiu entrar no mercado de carros elétricos leves no Brasil no começo do ano, a montadora, que já atua no setor de ônibus e outras divisões com foco na eletricidade, já apresentou dois modelos e afirmou que abrirá 45 concessionárias no país, gerando diversos empregos.
De acordo com o diretor de vendas da BYD do Brasil, Henrique Antunes, a empresa começou focada em áreas de trabalho, como negócios em ônibus, energia solar e empilhadeiras. Os carros elétricos ainda eram algo distante dentro da marca, que surgiu com maior presença em 2015, mas também com foco nesses trabalhos. Sendo assim, surgiram modelos para táxi, furgões e patrulhas.
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O executivo afirma que em 2017 a BYD decidiu internacionalizar os produtos para competir globalmente. Para isso, a multinacional desenvolveu um departamento de design e trouxe grandes profissionais da indústria. Sendo assim, a empresa começou a repaginar a linha e entrar no mercado internacional e em 2018 saiu o primeiro de vários carros elétricos, a primeira geração do Tan, com a nova versão sendo o primogênito do Brasil e que também está indo para outros mercados.
Empresa de carros elétricos e energia renovável atuará em duas frentes no Brasil
Para o país, Antunes afirma que a BYD atuará em duas frentes, o premium de volume e o mercado de luxo. Segundo o diretor, os carros elétricos focarão nos rivais de luxo e os híbridos serão os carros chefe da marca em relação ao volume de vendas.
Os dois segmentos crescerão no país, o elétrico de luxo, mais caro, que desenvolve uma espécie de capa posicionando a marca ao lado das concorrentes e os premium híbridos de maior volume. Os dois primeiros modelos da empresa no Brasil, o Tan e o Han EV, focam no lado luxuoso, entretanto, podem esbarrar no preconceito do público pela BYD ser chinesa, como aconteceu anteriormente.
Entretanto, o executivo da empresa afirma que os chineses, atualmente, estão mais preparados para disponibilizarem produtos de maior qualidade e se posicionarem em segmentos superiores, além do de entrada, que é o mais barato, mas um degrau acima.
BYD gera centenas de empregos em seus polos industriais no país
O executivo destaca que a percepção se expandirá com a chegada das 45 lojas previstas para iniciarem suas atividades no fim do ano, resultando na geração de diversos empregos. Sendo 15 grupos distintos que cobrirão 12 capitais mais o Distrito Federal, além de pontos no interior dos estados.
Já em relação às fábricas da marca, a BYD afirma que já conta com três polos industriais no Brasil em outras áreas, gerando ainda mais empregos. As áreas são as de ônibus, placas fotovoltaicas e de baterias. Segundo o diretor, uma fábrica de veículos está na mira da empresa, mas ainda não há nenhum prazo para ser implantada.
Por fim, o executivo da BYD afirma que, após os carros elétricos já lançados, será a vez dos híbridos chegarem por aqui, já no segundo semestre deste ano. Os veículos já estão em fase de homologação.