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A definição na Braskem pode liberar investimentos no antigo Comperj.

Escrito por Paulo S. Nogueira
Publicado em 13/11/2023 às 01:57
Foto aérea de planta do antigo Comperj, que teve as obras paralisadas em 2015, hoje Polo Gaslub, para processamento de gás e produção de lubrificantes (Foto: Cortesia PAC)

A Petrobras planeja expandir sua atuação na área petroquímica após a mudança de governo.

A decisão da Petrobras em relação à sua participação de 36,1% na Braskem terá impacto na possibilidade de um futuro projeto petroquímico no Polo Gaslub, em Itaboraí (RJ), segundo diretores da estatal. A companhia parceira da Petrobras na Braskem, a Novonor, recebeu uma nova oferta da Adnoc, estatal dos Emirados Árabes, que está disposta a pagar R$ 10,5 bilhões pela participação de 38,3% da Novonor, deixando a Petrobras com 3% de participação.

Condições da Oferta não-vinculante da Petrobras para Braskem

A oferta não-vinculante da Petrobras para a Braskem apresenta várias condições, sendo a mais importante o direito de preferência da Petrobras em caso de venda ou ampliação da participação na Braskem. A Petrobras pretende expandir sua atuação no segmento petroquímico, visto que a demanda por esses produtos é mais resiliente do que a de outros derivados de petróleo, especialmente no contexto da transição energética. A companhia expressou o interesse em não estatizar a Braskem, mas sim em ter um sócio estratégico no projeto.

William França, diretor executivo de processos industriais e produtos, destacou a importância da decisão sobre a Braskem para o futuro da Petrobras em teleconferências realizadas nesta sexta-feira (10/11). Ele ressaltou que o desfecho das negociações é aguardado para o início de 2024, e que a presença de componentes como etano e propano no gás do pré-sal favorecem a expansão da Petrobras no segmento petroquímico, o que trará impactos positivos para Itaboraí, que terá uma nova fonte de matéria-prima para a indústria petroquímica.

No futuro, a região terá acesso a novos recursos que poderão ser utilizados em projetos petroquímicos com o processamento de gás do pré-sal em Itaboraí.

Atualmente, a estatal está focada na conclusão do gasoduto Rota 3 e da unidade de processamento de gás natural (UPGN). Além disso, está prevista a instalação de uma unidade de hidrocraqueamento catalítico (HCC) para a produção de lubrificantes e derivados na operação conjunta com a Reduc, em Duque de Caxias (RJ).

Uma alternativa considerada para a região é a eventual construção de uma planta de biorefino, visando a fabricação de biocombustíveis avançados, como o diesel verde (HVO) e o bioquerosene de aviação (bioQAV ou SAF, na sigla em inglês). O diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Sérgio Caetano Leite, destacou que as negociações estão em andamento entre Novonor e Adnoc, e o desenvolvimento dessa área pode acontecer independentemente da participação da Petrobras na Braskem.

Alternativas da Petrobras no Setor Petroquímico

A Petrobras está explorando outras opções no setor petroquímico além da Braskem, que é uma saída mais rápida e prática, mas não é a única alternativa disponível para a estatal. Outras opções incluem as refinarias da própria empresa e o projeto do GasLub. No entanto, a Petrobras encontra-se atualmente sujeita a um acordo de não concorrência com a Braskem, o que limita suas opções.

Fonte: Agência EPBR

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Paulo S. Nogueira

Criador e divulgador de conteúdo na área do petróleo, gás, offshore, renováveis, mineração, economia tecnologia, construção e outros setores da energia.

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