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A cobertura do Maracanã, instalada para a Copa de 2014, é uma megaestrutura de 12 mil toneladas feita de fibra de vidro e teflon que capta água da chuva para reuso e protege 95% dos torcedores

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 10/10/2025 às 13:59
A cobertura do Maracanã, feita de fibra de vidro e teflon, une engenharia e sustentabilidade desde a Copa de 2014, símbolo da inovação brasileira.
A cobertura do Maracanã, feita de fibra de vidro e teflon, une engenharia e sustentabilidade desde a Copa de 2014, símbolo da inovação brasileira.
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A cobertura do Maracanã, instalada para a Copa de 2014, pesa 12 mil toneladas, utiliza fibra de vidro e teflon e foi projetada para captar água da chuva para reuso, unir sustentabilidade à engenharia e proteger quase todo o público do estádio.

A cobertura do Maracanã é um dos elementos mais avançados e emblemáticos da modernização do estádio carioca. Projetada especialmente para a Copa do Mundo de 2014, ela combina tecnologia internacional, engenharia de precisão e soluções sustentáveis para transformar o principal palco do futebol brasileiro em uma arena de padrão mundial.

Composta por 120 membranas de fibra de vidro revestidas de teflon (PTFE), a estrutura ocupa 46.500 metros quadrados, pesa 12 mil toneladas e protege cerca de 95% dos assentos, garantindo conforto ao público mesmo sob chuva intensa. Além do design moderno, o sistema foi concebido para captar e reaproveitar a água da chuva, um diferencial que reforça o caráter ecológico da obra.

Engenharia e tecnologia internacional na cobertura do Maracanã

A cobertura do Maracanã, instalada para a Copa de 2014, é uma megaestrutura de 12 mil toneladas feita de fibra de vidro e teflon que capta água da chuva para reuso e protege 95% dos torcedores

A cobertura do Maracanã foi resultado de uma colaboração multinacional.

A engenharia principal é alemã, a membrana de fibra de vidro com teflon veio da França e os cabos de sustentação foram fabricados na Suíça.

Essa combinação deu origem a uma estrutura tensionada por cabos de alta resistência, sustentada entre um anel de compressão e um anel de tração, modelo inspirado em projetos europeus de ponta.

No total, foram utilizados 55.820 quilômetros de material para formar a rede de sustentação.

O desenho leve e flexível permite resistência a ventos fortes e durabilidade sob sol intenso, além de reduzir o peso total da estrutura em comparação com coberturas convencionais.

O resultado é uma combinação entre estética, eficiência estrutural e sustentabilidade, sem comprometer a visibilidade ou a acústica dos jogos.

Sustentabilidade: captação de chuva e geração de energia

Um dos aspectos mais inovadores da cobertura do Maracanã é o sistema de reaproveitamento de água da chuva.

A água captada é direcionada para reservatórios subterrâneos e reutilizada em banheiros, limpeza e irrigação do gramado.

Essa solução reduz o consumo de água potável e ajuda o estádio a manter o selo ambiental internacional LEED Silver, concedido a construções sustentáveis.

A cobertura abriga painéis solares com capacidade anual de geração de 538 mil kWh, energia suficiente para abastecer centenas de residências por ano.

Essa combinação de energia limpa e reaproveitamento hídrico fez do Maracanã um exemplo pioneiro de estádio ecologicamente eficiente na América Latina.

Dimensões e impacto visual da estrutura

A cobertura do Maracanã, instalada para a Copa de 2014, é uma megaestrutura de 12 mil toneladas feita de fibra de vidro e teflon que capta água da chuva para reuso e protege 95% dos torcedores

A cobertura do Maracanã tem 295 metros de comprimento por 258 metros de largura, com uma abertura central de 160 por 122 metros que garante iluminação natural do campo e circulação de ar.

A amplitude e o formato ovalado criam um efeito visual marcante quando observado de cima, tornando o estádio uma das construções mais reconhecíveis do mundo.

Além da estética, o projeto foi pensado para otimizar a experiência do público.

Graças ao design inclinado, a visibilidade é preservada de qualquer ponto da arquibancada, e a estrutura reflete parte do som ambiente, reforçando o efeito acústico das torcidas, uma característica emblemática dos jogos no Maracanã.

Polêmicas e manutenção da cobertura ao longo dos anos

Apesar da modernidade, a cobertura do Maracanã não escapou de controvérsias.

Após a inauguração, surgiram críticas sobre a acústica e a remoção da marquise original, considerada parte do patrimônio histórico do estádio.

Em 2017, laudos técnicos apontaram danos e desgaste nas membranas, com vida útil estimada entre cinco e dez anos.

Um relatório de 2021 encomendado pelo Flamengo, um dos clubes que administra o estádio, identificou risco de acidentes e necessidade urgente de manutenção, o que levou a obras de reparo de R$ 2 milhões.

Desde então, as intervenções periódicas se tornaram rotina para preservar a segurança e o desempenho estrutural.

Iluminação e curiosidades sobre a estrutura

A cobertura conta com 480 projetores de LED RGB, com vida útil superior a 70 mil horas, permitindo iluminações temáticas e espetáculos visuais em jogos e eventos.

O sistema pode ser programado para exibir cores específicas nas arquibancadas e criar efeitos sincronizados com som e fogos, tornando o Maracanã um espaço adaptável a grandes produções esportivas e culturais.

Outra curiosidade é o sistema automatizado de irrigação do gramado, integrado à captação de chuva, que conta com 54 sprinklers distribuídos sob a grama.

Essa automação reduz o desperdício de água e mantém condições ideais para partidas em qualquer clima, reforçando o equilíbrio entre tecnologia e sustentabilidade.

A importância simbólica e técnica da cobertura

Mais do que um componente arquitetônico, a cobertura do Maracanã representa a integração entre engenharia, eficiência ambiental e patrimônio esportivo nacional.

A estrutura não apenas modernizou o estádio para a Copa de 2014, como elevou o padrão técnico e estético do futebol brasileiro diante do mundo.

Com 12 mil toneladas de inovação, ela se tornou um marco da engenharia esportiva e um modelo de como grandes arenas podem unir tradição, sustentabilidade e desempenho técnico em um mesmo projeto.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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