Maioria dos perfis era controlada por quadrilhas do sudeste asiático; ações envolviam fraudes com criptomoedas, pirâmides e uso do ChatGPT
A Meta anunciou o encerramento de 6,8 milhões de contas no WhatsApp ligadas a esquemas de golpes ao longo do primeiro semestre de 2025. A ação faz parte de uma ofensiva da empresa contra atividades criminosas no aplicativo de mensagens mais popular do Brasil.
Segundo a companhia, os perfis foram identificados e removidos antes que pudessem ser usados em larga escala, evitando que milhares de usuários fossem vítimas. As contas tinham origem principalmente no sudeste asiático, mas miravam usuários ao redor do mundo com promessas de investimento, ganhos fáceis e cobranças falsas.
Quem está por trás dos golpes e como eles funcionam?
De acordo com a Meta, os ataques são frequentemente organizados por quadrilhas internacionais especializadas em engenharia social. As táticas variam desde pirâmides financeiras até esquemas falsos com criptomoedas e, mais recentemente, o uso de inteligência artificial para gerar mensagens automáticas com links maliciosos.
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Um dos golpes desmantelados foi rastreado até o Camboja, onde criminosos usavam o ChatGPT para criar mensagens personalizadas com links para o WhatsApp. Ao clicar, a vítima era inserida em grupos com falsas promessas de lucro, onde o engajamento emocional era explorado para convencê-la a fazer transferências.
Quais medidas novas o WhatsApp está adotando?
Além da remoção em massa das contas no WhatsApp, a empresa começou a testar nesta semana “resumos de segurança” para alertar usuários quando forem adicionados a grupos por pessoas desconhecidas. O recurso mostra informações sobre o grupo e permite sair imediatamente.
Também foram divulgadas dicas preventivas, como desconfiar de mensagens com tom de urgência, ofertas de dinheiro fácil ou pedidos de pagamento antecipado.
Segundo Clair Deevy, diretora de assuntos externos do WhatsApp, a principal orientação é simples: “Se parece bom demais para ser verdade, provavelmente é um golpe.”
Onde esses golpes se concentram?
Embora a origem das contas esteja majoritariamente fora do Brasil, os golpes visam especialmente países com grande número de usuários no WhatsApp, como Índia e Brasil.
O fácil acesso à plataforma, a popularidade do app e o compartilhamento de mensagens em massa favorecem a disseminação.
Muitos desses ataques simulam cobranças de dívidas, oportunidades de emprego ou convites para investimentos exclusivos. Em comum, quase todos exigem uma ação rápida da vítima, o que dificulta o julgamento racional.
Você já recebeu mensagens suspeitas ou foi adicionado a grupos desconhecidos no WhatsApp? Como você identifica um possível golpe? Compartilhe sua experiência nos comentários, sua história pode ajudar outras pessoas a não caírem em armadilhas.