Segundo Fernando Dupas, alguns modelos que nasceram com expectativa de sucesso acabaram se tornando exemplos clássicos de carros rejeitados no Brasil.
O mercado automotivo nacional não perdoa veículos que unem alto consumo, manutenção cara e fama de defeitos crônicos. Ao longo das últimas décadas, vários modelos chegaram com grande propaganda, mas acabaram se transformando em fracassos comerciais e em verdadeiras armadilhas no mercado de usados.
Especialistas como Fernando Dupas destacam que os carros rejeitados no Brasil muitas vezes não falharam em design ou tecnologia, mas sim em confiabilidade, custo de manutenção e reputação. A seguir, veja cinco casos emblemáticos que explicam por que alguns modelos se tornaram indesejados até hoje.
Ford EcoSport 1.0 Supercharger
O EcoSport 1.0 Supercharger surgiu como inovação, inaugurando a categoria dos SUVs compactos no país.
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A proposta era interessante: motor pequeno sobrealimentado para entregar potência com economia.
No entanto, a execução decepcionou.
O carro ficou pesado para o motor, resultando em desempenho fraco e consumo elevado.
O supercharger acumulou reclamações de defeitos, elevando os custos de manutenção.
Hoje, a versão é lembrada como uma das maiores decepções da Ford no Brasil.
Citroën C5
O Citroën C5 oferecia tecnologia de ponta, incluindo a famosa suspensão hidropneumática.
Apesar do conforto, o sistema ganhou fama de frágil no Brasil, onde as ruas esburacadas cobravam seu preço.
A “suspensão de vidro” virou sinônimo de dor de cabeça.
O carro acumulou problemas eletrônicos e peças de difícil reposição, o que afastou compradores no mercado de usados.
Mesmo com motores 2.0 e versões V6, o C5 ficou marcado pela manutenção cara e pelo medo do pós-venda.
Fiat Tempra SW
O Fiat Tempra SW, apelidado de “funerária” pelo design alongado e quadrado, nunca conquistou popularidade.
A má fama da família Tempra, somada à do Fiat Tipo, prejudicou o modelo desde o início.
Relatos de painéis digitais defeituosos e problemas elétricos constantes consolidaram sua rejeição.
Hoje, é raro encontrar um exemplar em bom estado, e quando aparece, a maioria dos compradores prefere evitar pela complexidade e custo de manutenção.
Fiat Tipo
O Fiat Tipo poderia ter sido um carro moderno e competitivo, mas foi vítima de problemas graves de reputação.
O modelo ganhou má fama por supostos casos de incêndio e falhas elétricas recorrentes, o que destruiu sua imagem no país.
Mesmo em versões bem equipadas, o Tipo nunca se recuperou da má impressão inicial.
No mercado de usados, virou sinônimo de preocupação, afastando consumidores.
Mercedes-Benz Classe A
Lançado no fim dos anos 1990 como uma aposta de luxo acessível, o Mercedes Classe A trouxe diferenciais importantes para a época, como airbags, ABS e ar-condicionado em um compacto.
Porém, os anos revelaram seus pontos fracos.
O modelo apresentou problemas crônicos na bomba da direção hidráulica, de reparo caro e frequente.
Peças de reposição originais são muito caras, tornando o carro inviável para a maioria dos proprietários.
Hoje, o Classe A pode ser encontrado a preços baixos, mas espanta compradores pelo alto custo de manutenção de um “importado barato.”
Esses cinco modelos — EcoSport 1.0 Supercharger, Citroën C5, Tempra SW, Fiat Tipo e Mercedes Classe A — mostram como a reputação negativa pode destruir o valor de um carro.
O que parecia inovação ou luxo no lançamento acabou se tornando um problema no dia a dia dos donos e um fracasso no mercado de usados.
Na sua opinião, qual desses carros foi o maior fracasso no Brasil? Você acredita que alguns deles foram injustiçados ou a fama de problemas é merecida? Deixe seu comentário — queremos ouvir quem já teve (ou fugiu) desses modelos na prática.