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19,07 milhões, esse é o número de pessoas atuando no agronegócio brasileiro. A empregabilidade do agronegócio aumentou em 2022 segundo a Pnad-contínua

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 23/01/2023 às 20:47
agronegócio brasileiro
Agronegócio brasileiro (Foto/divulgação)

Cresceu o número de empregados no agronegócio no ano passado. Os números voltaram a ser maiores do que no período da pré-pandemia.

O agronegócio está dando trabalho para mais de 19 milhões de pessoas, segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), junto com os dados trabalhados pela Pnad-contínua, Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios na Rais, Relação Anual de Informações Sociais.

Os números são do terceiro trimestre de 2022. Em 2021, no mesmo período, a empregabilidade cresceu 170,8 mil. Um crescimento da ordem de 0,9%. Já os números de 2022 representam maiores números do que os apurados em 2015, quando 4,2 milhões de pessoas foram empregadas. Só no setor de agrosserviços, o número é de 6,34 milhões, maior número desde 2012, segundo o Cepea. Os dados são da Série Histórica do Centro.

Já no setor primário do agronegócio, os postos de trabalho foram reduzidos. Menos 4,66% em relação a 2021, no mesmo período. Houve corte de 410.640 postos. O ramo agrícola, de lavouras, cerais e café, foi o mais afetado, assim como as atividades de aves,  pesca e aquicultura, representantes da pecuária.

Com média salarial na casa dos R$ 2.200, esse número também representa alta no terceiro trimestre de 2022. Os patrões tiveram pró-labore de R$ 6.672 no período, e empresários alcançaram o patamar de R$ 7.134 no mesmo período, 6,67% a mais do que no mesmo período do ano retrasado.

Os autônomos foram os que receberam os menores salários. Uma média de R$ 1.752 no período, um aumento de 11,52% com relação a 2021. O valor é menor do que receberam autônomos de outros setores, uma média de R$ 2.073.

Ainda segundo a Pnad-contínua, apenas 36% dos empregados do agronegócio possuem registro em carteira de trabalho, enquanto 33% são autônomos. Só 15% possui carteira assinada, e 4% são empregadores. Dos 12% restantes, temos trabalhadores domésticos ou familiares, ou são vindos do setor militar. O Cepea também falou sobre o número de trabalhadores com ensino médio, cerca de 60%. Já no setor primário esse percentual é de 80 pontos.

Os números representam uma participação do agronegócio de 20,33%, pequena queda em relação a 2021, cuja participação foi de 20,55%. Segundo a Pnad-contínua, no terceiro trimestre do ano passado, 99,27 milhões de pessoas estavam empregadas no Brasil.

A pesquisa do Cepea também traz dados sobre a recuperação das exportações no agronegócio no ano passado. De janeiro a setembro de 2022, as vendas externas, somadas, foram da ordem de US$ 122 bilhões e ultrapassaram os valores registrados em 2021. Isto demonstra a retomada do crescimento no agronegócio, e mostram que muitos países já estão recuperados da pandemia do COVID-19. Também tem a questão da guerra entre Rússia e Ucrânia, que abalou todo o setor, desestabilizando cadeias produtivas.

Esses fatores favoreceram o Brasil, que estava preparado para atender à demanda internacional, gerando postos de trabalho. E, em o Real sendo desvalorizado, as exportações providenciaram maior lucratividade para o produtor do agronegócio.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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