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Yamaha lança o primeiro motor V8 movido a hidrogênio da indústria automotiva

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 10/01/2022 às 16:59
Yamaha - motor a hidrogênio - V8 - indústria automotiva - LExus
Lexus: Yamaha lança primeiro V8 movido por hidrogênio

A Yamaha está avançando com o uso do hidrogênio, e acaba de criar o primeiro motor V8 movido a hidrogênio com base no propulsor da Lexus LC500 e LC-F para a indústria automotiva

A Yamaha é bem famosa por produzir propulsores para a indústria automotiva e até já se arriscou na criação de seus próprios modelos de carros, mas estes não passaram de conceitos. Ainda assim, mesmo sendo um player importante em relação a motos e instrumentos musicais, a Yamaha se mantém firme na engenharia visando o futuro, e agora lançou o primeiro Motor V8 movido a hidrogênio.

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Com o hidrogênio combustível surgindo como uma forma alternativa aos carros elétricos, a Yamaha resolveu modificar seu motor V8 5.0 para queimar o combustível.

A empresa japonesa utilizou como base o motor do LC-F e do LC500, desenvolvendo novos cabeçotes, coletores de admissão e sistema de injeção. Como resultado, o novo motor movido a hidrogênio da indústria automotiva oferta 455,5 cavalos e 55,1 kgfm.

Isso é o suficiente para movimentar o enorme cupê da Lexus, assim como o sedã LS. A mudança no motor V8 5.0 feita pela Yamaha para a indústria automotiva afirma que a Toyota não usará motor movido a hidrogênio apenas nos modelos mais modestos.

Toyota avança com o uso de hidrogênio na indústria automotiva

A Toyota utiliza o hidrogênio nas pistas com o Corolla na versão de turismo, com uma variante do motor G16E-GTS, do GR Yaris. Esse mesmo propulsor é colocado no Corolla de produção, assim como para o próximo Prius. Há a possibilidade de ele ser utilizado em todos os modelos com base GA-C (TNGA).

Se o intuito for aumentar ainda mais a presença do motor a hidrogênio nos carros da marca, a montadora pode utilizar um propulsor intermediário entre o 1.6 de três cilindros ou o motor V8 5.0 da Lexus. Nisso, um V6 3.0 ou um quatro cilindros podem ficar entre os dois.

Como não coloca suas apostas apenas em carros elétricos, a Toyota quer mais opções para continuar no topo. Com o uso de células de hidrogênio na indústria automotiva, ela deverá suprir a demanda por carros que utilizam GNV e atuar de forma mais consolidada em países como EUA e China, além da União Europeia. Em território nacional, a tecnologia flex já está sendo explorada.

Saiba como funcionam os motores movidos a hidrogênio

Diferentemente dos carros elétricos movidos a hidrogênio, que utilizam uma bateria para alimentar o motor por meio de uma reação química entre o oxigênio e o hidrogênio, estes propulsores geram energia através da combustão. Ele funciona de forma parecida com um motor a gasolina: a célula de combustível é preenchida com gases de hidrogênio, onde a mistura é comprimida pelos pistões de onde vem a energia para as redes.

As diferenças estão nos sistemas de escapamento e injeção, além de não ser necessário baterias pesadas, como se dá nos carros 100% elétricos ou híbridos. De acordo com Naoyuki Sakamoto, engenheiro-chefe da Toyota, a empresa quer propor diversas soluções para atender necessidade regionais de cada parte do mundo.

Um dos principais impasses para a japonesa na fabricação do motor movido a hidrogênio é criar um sistema de injeção que tenha capacidade de manipular o combustível e, ao mesmo tempo, atingir uma queima estável.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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