Yamaha atualiza a linha Tricity no Japão com motores Blue Core, painel inteligente e design inspirado em SUVs. Modelos chegam com novidades tecnológicas, como conectividade, sistemas de segurança inéditos e preços já definidos para o mercado japonês.
A Yamaha apresentou no Japão as novas Tricity 125 ABS e Tricity 155 ABS com três rodas e sistema LMW (Leaning Multi-Wheel).
A estreia comercial está marcada para 25 de setembro, coroando a primeira grande reformulação visual desde a chegada da Tricity 125, em 2014.
Além do redesenho, a dupla passa a oferecer painel TFT colorido de 4,2 polegadas com conectividade ao aplicativo Y-Connect, recursos eletrônicos de segurança e conveniência, e motor Blue Core com partida silenciosa e função Stop & Start.
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Lançamento no Japão e foco urbano
A atualização segue o movimento visto recentemente na Europa, onde a Tricity 125 também é vendida.
As novas versões chegam com a proposta de reforçar a vocação urbana, combinando estabilidade do conjunto de duas rodas dianteiras com tecnologia embarcada.
Por ora, a fabricante não confirmou planos de comercialização no Brasil.
Design com inspiração SUV e frente de duas rodas
O estilo ganhou linhas mais marcadas e volumes que remetem ao universo dos SUVs, mas preserva a arquitetura de duas rodas na dianteira e uma na traseira.
Esse arranjo, característico da linha, permite que as rodas da frente se inclinem em conjunto com o chassi, entregando sensação de firmeza em piso irregular e em manobras de baixa velocidade.
A remodelagem externa alcança carenagens, iluminação e proporções, com visual mais compacto.
Painel inteligente e conectividade
No posto de comando, o painel foi totalmente revisto.
A tela TFT de 4,2” exibe informações em dois modos: um layout funcional, orientado à leitura rápida, e outro “emocional”, com gráficos que reagem às rotações do motor.
A conexão via Bluetooth ao Y-Connect habilita navegação curva a curva no mostrador e entrega integração com o smartphone para notificações, e-mails e chamadas.
Para atender ligações, é necessário o uso de fone de ouvido compatível.
Motor Blue Core e eficiência no uso diário
O conjunto mecânico mantém o propulsor Blue Core com Smart Motor Generator, que realiza partidas quase sem ruído, e o Stop & Start, que desliga e religa o motor automaticamente em paradas breves para reduzir consumo e emissões.
Na Tricity 125, a potência é de 12 cv, enquanto a 155 entrega 15 cv.
Os torques declarados ficam em 1,1 kgfm no modelo 125 e 1,4 kgfm no 155, números voltados ao uso urbano com respostas lineares e economia como prioridade.
Itens de segurança e assistência ao piloto
A Yamaha equipou as versões com ABS e ampliou as funções ativas.
O sinal de frenagem de emergência (ESS), que avisa condutores atrás por meio de piscadas rápidas das luzes em desacelerações bruscas, é exclusivo da Tricity 155.
O controle de tração (TCS) também aparece como recurso exclusivo do 155, agregando uma camada extra de controle em pisos com aderência variável.
Em ambas, a ergonomia privilegia conforto e facilidade de uso no tráfego intenso.
Conveniência no dia a dia com USB-C e Y-Connect
Os modelos passam a trazer porta USB-C no painel para recarga de dispositivos, além de integração mais ampla ao aplicativo Y-Connect.
Com isso, o piloto pode acompanhar histórico de uso, checagens básicas e alertas de manutenção, além de dados como consumo médio e autonomia estimada.
O painel conectado ainda exibe informações do telefone de forma simplificada, priorizando a leitura rápida para evitar distrações.
Atualização estética e linguagem visual
Embora a base estrutural seja conhecida, o desenho frontal foi refeito para um aspecto mais limpo e próximo da linguagem visual de scooters maiores da marca.
O resultado é um conjunto que busca transmitir robustez típica de “crossover urbano” sem perder a agilidade em espaços apertados.
A traseira também foi ajustada, com integração mais fluida entre assento, alças do garupa e conjunto óptico.
Desempenho, condução e proposta urbana
A proposta permanece centrada no deslocamento urbano seguro e previsível.
A geometria específica do LMW aumenta a sensação de estabilidade em curvas e mudanças rápidas de direção, especialmente quando o asfalto não está perfeito.
Em paralelo, os sistemas de apoio eletrônico atuam de forma discreta para conter perdas de tração e melhorar a resposta nas frenagens mais fortes.
Para quem alterna trajeto entre avenidas e ruas estreitas, a promessa é de condução mais fácil e com menor fadiga.
Preços no Japão e disponibilidade
No lançamento japonês, os valores sugeridos foram fixados em 590.000 ienes para a Tricity 125 ABS e 640.000 ienes para a Tricity 155 ABS.
Convertidos, correspondem a cerca de R$ 20,6 mil e R$ 22,4 mil, respectivamente, sujeitos a variação cambial.
Por ora, não há indicação de venda no Brasil, e a Yamaha não detalhou eventuais cronogramas para outros mercados fora da Ásia e da Europa.
Interface e modos de exibição no painel
Outro ponto de atenção é a possibilidade de personalizar a visualização do painel.
O modo funcional organiza dados como velocidade, rotação, combustível e temperatura de forma direta.
Já o modo “emocional” adiciona animações que mudam conforme o giro do motor.
A troca entre os modos ocorre no próprio punho, facilitando a adaptação ao gosto do usuário sem desviar o foco do trânsito.
Diferenciais da Tricity 155
A Tricity 155 concentra os itens mais avançados do pacote, como o TCS e o ESS, além do ganho de potência e torque que amplia a margem para retomadas e trechos de maior velocidade.
Esses elementos posicionam o 155 como opção para quem enfrenta vias expressas ou precisa de reserva de força para rodar com passageiro e bagagem leve, mantendo as dimensões compactas típicas de uma scooter.
Diante desse conjunto de novidades, a atualização 2026 reforça o papel da linha Tricity como referência entre scooters de três rodas no uso urbano.
Com o pacote eletrônico ampliado, o painel conectado e a revisão estética, a Yamaha mira quem busca estabilidade, praticidade e um toque de tecnologia na rotina de deslocamento.
Na sua avaliação, o conceito de “design SUV” combina com o dia a dia das cidades brasileiras?