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Yamaha Ténéré 700 2025 chega por R$ 72.990 com motor bicilíndrico de 68,9 cv, 19,2 km/l de consumo e autonomia de 311 km para grandes viagens

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 18/09/2025 às 18:47
Ténéré 700 volta ao Brasil com 19,2 km/l, painel TFT conectado e motor bicilíndrico, prometendo unir tecnologia, economia e espírito aventureiro.
Ténéré 700 volta ao Brasil com 19,2 km/l, painel TFT conectado e motor bicilíndrico, prometendo unir tecnologia, economia e espírito aventureiro.
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Com painel TFT de 6,3″ e conexão Bluetooth, a nova Ténéré 700 aposta em tecnologia e eficiência para retomar seu prestígio no Brasil.

A Yamaha decidiu apostar alto em 2025 com o retorno da lendária Ténéré 700 ao mercado brasileiro. Com chegada prevista às concessionárias em outubro e preço de R$ 72.990, a bigtrail volta ao país com uma promessa ousada: unir robustez e vocação aventureira a um consumo surpreendentemente contido de 19,2 km/l.

Em um segmento dominado por motos grandes, pesadas e sedentas por combustível, esse número chama atenção e se torna um dos principais trunfos da moto para conquistar viajantes e entusiastas do off-road.

Eficiência que impressiona em uma bigtrail

Durante os testes realizados, a Ténéré 700 alcançou média de 19,2 km/l mesmo em condições que combinavam rodovias, estradas de terra e trechos de baixa aderência. Para uma moto de 689 cm³ e 68,9 cv, essa eficiência energética surpreende.

Normalmente, modelos dessa categoria apresentam médias mais modestas, especialmente quando levados a terrenos acidentados e rotações mais altas.

Essa boa autonomia coloca a Ténéré em vantagem para longas viagens, onde cada parada para abastecer representa tempo e custo extras. Além disso, esse consumo reforça a proposta da moto como parceira ideal para trajetos extensos, atravessando cidades, estados e até países com menos dependência de postos pelo caminho.

É um ponto que agrada especialmente aos aventureiros, público-alvo que costuma priorizar praticidade e economia em expedições.

Motor bicilíndrico mostra vigor em altas rotações

Apesar do apelo da economia, a Ténéré não deixa de lado o desempenho. O motor de dois cilindros paralelos, com 689 cm³, entrega 68,9 cv e 6,6 kgfm de torque.

Esses números ficam abaixo da versão europeia, que oferece 4,1 cv e 0,4 kgfm a mais, mas ainda garantem respostas firmes em retomadas e ultrapassagens — principalmente acima de 6.500 rpm, faixa onde o propulsor revela todo seu vigor.

Nas saídas em baixas rotações, há certa lentidão na resposta, algo comum em trail de médio porte, já que o ar percorre um caminho mais longo até chegar à câmara de combustão. Mas, passada essa fase, a entrega de força se mostra linear e constante.

O câmbio de seis marchas tem escalonamento eficiente e trabalha em harmonia com o motor: a 120 km/h em sexta marcha, o giro estabiliza em 5.000 rpm, favorecendo o conforto e contribuindo para manter o consumo contido em cruzeiros.

Outro avanço importante é a configuração bicilíndrica. A antiga geração, descontinuada em 2018, usava motor monocilíndrico e sofria com vibrações em alta velocidade.

Agora, a suavidade mecânica melhora a experiência e reduz o cansaço em viagens longas, aproximando a Ténéré do padrão de refinamento de rivais maiores.

Conforto e ergonomia ainda geram debate

Se por um lado a economia de combustível e a suavidade do motor empolgam, por outro o conforto divide opiniões. O assento está a quase 90 cm do chão, o que intimida pilotos iniciantes e dificulta manobras em baixa velocidade. Na Europa, existe uma versão com banco 2 cm mais baixo, mas no Brasil a Yamaha oferecerá apenas a configuração padrão, sem ajustes de altura.

Além disso, o banco poderia ser mais macio. Para o piloto, a espuma rígida cobra um preço em longas jornadas. Para a garupa, o problema é ainda maior: a porção traseira do assento é mais estreita e fina, causando desconforto prolongado.

Essa combinação de altura elevada e firmeza excessiva pode afastar parte do público que busca uma bigtrail confortável para turismo rodoviário.

A ergonomia em movimento, porém, agrada. A posição de pilotagem ereta, o guidão largo e a roda dianteira de 21 polegadas facilitam o controle sobre pisos irregulares, reforçando a vocação off-road do modelo.

Em compensação, a largura de cerca de 20 cm a mais que uma moto urbana como a Honda CG 160 torna inviável circular pelos corredores do trânsito urbano. A Ténéré foi feita para estradas abertas e trilhas — não para o dia a dia em cidades congestionadas.

Tecnologia e segurança para viagens longas

No pacote eletrônico, a Ténéré 700 traz um painel TFT colorido de 6,3 polegadas posicionado verticalmente, com dois modos de exibição (Street e Adventure).

Ele mostra todas as funções da moto e permite conexão com o celular via Bluetooth para atender chamadas, ouvir música e acessar o computador de bordo por um botão no punho esquerdo.

Uma porta USB-C na lateral direita complementa o conjunto e ajuda a carregar dispositivos durante as viagens.

A segurança também recebe atenção especial. Os freios ABS podem ser configurados em três modos: totalmente ativado, desligado apenas na roda traseira ou desativado nas duas rodas — recurso útil para quem encara trechos off-road, onde o controle direto do piloto é preferido.

A iluminação em LED com quatro projetores amplia a visibilidade em estradas escuras e reforça o visual aventureiro. A Yamaha ainda oferece quatro anos de garantia para o modelo, um diferencial no segmento.

Preço elevado e rivais de peso

Apesar dos pontos positivos, o preço de R$ 72.990 coloca a Ténéré em uma posição delicada. A BMW F 800 GS, com 87 cv e 9,1 kgfm, custa R$ 69.990 e entrega desempenho superior.

Já a Moto Morini X-Cape aparece como opção bem mais barata: a versão topo de linha custa R$ 52.990 e a de entrada, R$ 47.990, ainda que com menos potência e torque. Essa diferença de até R$ 25 mil pode influenciar decisivamente a escolha de muitos consumidores.

Uma bigtrail equilibrada e eficiente

No fim, a Ténéré 700 mostra que não quer ser a mais forte ou a mais luxuosa — quer ser a mais equilibrada. E o consumo médio de 19,2 km/l reforça essa proposta, oferecendo autonomia sem abrir mão da robustez e do prazer de pilotar.

Ainda há pontos a melhorar, como o assento e o preço, mas a moto prova que tem fôlego para reviver o legado da linha no Brasil e disputar espaço entre as bigtrails médias mais desejadas do mercado.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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