1. Início
  2. / Construção
  3. / Votorantim destinou cerca de R$ 1,4 milhão em investimentos na fábrica gaúcha para produzir novo aditivo usado na composição do cimento, feito 100% livre de petróleo
Localização RS Tempo de leitura 3 min de leitura

Votorantim destinou cerca de R$ 1,4 milhão em investimentos na fábrica gaúcha para produzir novo aditivo usado na composição do cimento, feito 100% livre de petróleo

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 12/08/2022 às 08:53
Atualizado em 13/08/2022 às 08:20
Fábrica, Votorantim, petróleo
Foto: reprodução www.votorantimcimentos.com.br

Fábrica da Votorantim Cimentos, no Rio Grande do Sul, diminui o uso de combustível derivado do petróleo, o chamado combustível fóssil

Mais de mil toneladas de combustível derivado de petróleo deixaram de ser utilizadas pela Votorantim Cimentos após a empresa instaurar melhorias na fábrica de Pinheiro Machado, no Rio Grande do Sul, no último ano.

Isso é consequência da inovação criada pela Votorantim e instaurada na fábrica gaúcha que consiste no desenvolvimento de um novo aditivo para compor o cimento, que antes era composto por petróleo, e do investimento em novos sistemas de dosagem, que resultou na redução de 5% no uso do clínquer na formulação do cimento.

Após um investimento de R$ 1,4 milhão feito pela Votorantim, a fábrica deixou de emitir mais de 10 mil toneladas de CO2 no meio ambiente e manteve todas as especificações técnicas e de qualidade do cimento, que passou a ser livre do derivado de petróleo. Atualmente, o cimento livre de derivado do petróleo é produzido em uma fábrica da Votorantim em Pinheiro Machado, RS, e é distribuído para um raio de 300 quilômetros em torno da fábrica.

Projeto de desuso de derivado do petróleo nos Cimentos fabricados pela Votorantim teve início em 2020

A primeira etapa do projeto de desuso do derivado de petróleo teve início em 2020, com o começo do desenvolvimento de um aditivo que permitiu a diminuição do uso de clínquer no cimento produzido na fábrica gaúcha. Já a segunda etapa teve início em maio de 2021, após a instalação de um sistema novo de dosagem de cinza seca. A terceira fase aconteceu em dezembro do mesmo ano, com a introdução de um sistema definitivo de dosagem de aditivo de derivado de petróleo nos moinhos da planta. Os novos componentes apresentaram mais precisão na dosagem de cinza seca e de aditivos na formulação do cimento da Votorantim.

“Começamos os estudos do novo aditivo dos cimentos da Votorantim em agosto de 2020 e os testes foram terminados com êxito em cinco meses, no início de 2021. Enviamos inúmeras amostras do nosso cimento para o laboratório internacional e tivemos intensas trocas de informações para encontrar a solução mais sustentável. Foi um investimento muito importante que, aliado aos novos equipamentos que instalamos na fábrica, fez a nossa indústria reduzir o consumo de combustível derivado de petróleo e manter a qualidade do cimento fabricado pela Votorantim”, declara Paulo Farinha, gerente da fábrica de Pinheiro Machado.

Com iniciativas instauradas pela Votorantim, o uso do clínquer no cimento diminuiu cerca de 50%

Através das três iniciativas instauradas pela Votorantim, a porcentagem de clínquer utilizado na fabricação do cimento caiu de 57,5% para 52,5%. Essa nova taxa já está dentro dos padrões de redução de emissões de CO2 da indústria cimenteira para 2050 no Brasil, quando é previsto que o índice de emissão de carbono seja neutro.

Levando o projeto adiante, a Votorantim Cimentos também iniciou o uso do novo aditivo em sua fábrica em Esteio, também no RS.

“Por ser uma região próxima, os componentes usados na fórmula do cimento de Esteio são semelhantes aos de Pinheiro Machado. Por isso, o aditivo lá reage da mesma forma e entrega os mesmos resultados”, informa Farinha.

A fábrica da Votorantim, que está em atividade desde 1972, desenvolve o cimento Votoran Todas as Obras e possui capacidade instalada de produção de 450 mil toneladas de cimento anualmente.

Sobre o combustível fóssil

O clínquer usado na composição do cimento da Votorantim é responsável pelas propriedades de liga do produto. Ao reagir com a água, ele tem a capacidade de endurecer e adquirir resistência. Contudo, sua produção necessita de uma demanda elevada de energia térmica no forno de cimento, que libera CO2 no ambiente. Por isso, é essencial que a indústria de cimentos procure soluções para otimizar o uso deste componente ao longo das décadas.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

Compartilhar em aplicativos