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Você vai se surpreender: enquanto motos e ciclomotores terão novas regras, esses veículos continuarão livres — sem placa, sem CNH e sem capacete

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 23/10/2025 às 21:47
Nem todos serão afetados pelas novas regras de trânsito de 2026: conheça os veículos que continuarão livres de habilitação, placa e fiscalização
Nem todos serão afetados pelas novas regras de trânsito de 2026: conheça os veículos que continuarão livres de habilitação, placa e fiscalização
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Mesmo com as novas exigências que entram em vigor em 2026, parte dos veículos elétricos leves — como bicicletas com pedal assistido, patinetes e monociclos — continuará isenta de placa, CNH e capacete.

A contagem regressiva começou para quem utiliza ciclomotores no Brasil. Até dezembro de 2025, os condutores deverão regularizar seus veículos e se adequar às novas exigências do Código Brasileiro de Trânsito. A partir de 1º de janeiro de 2026, o uso de capacete, habilitação e placa de identificação será obrigatório, permitindo maior controle e aplicação de multas e apreensões de forma mais rápida.

Os ciclomotores, definidos como veículos de duas ou três rodas, elétricos ou a combustão, com até 4 mil watts de potência e velocidade máxima de 50 km/h, passarão a seguir regras mais rígidas. Para conduzi-los, será necessária habilitação categoria A, a mesma das motocicletas, ou a ACC, autorização simplificada específica. Além disso, o trânsito em ciclovias e ciclofaixas continuará proibido.

O alerta ganhou força após acidentes graves, como o ocorrido em 31 de dezembro de 2024, em Itapema (SC), quando um jovem de 18 anos atropelou e matou um homem de 43 anos em uma ciclovia. O caso reforçou a urgência de normas mais claras e de fiscalização efetiva, especialmente diante do aumento no uso desses veículos.

Crescimento do uso e razões para a mudança

O número de ciclomotores e veículos elétricos em circulação vem crescendo rapidamente. Segundo o Jornal Nacional, as vendas de ciclomotores elétricos aumentaram 32% nos oito primeiros meses de 2025, com destaque para São Paulo, onde o crescimento chegou a 72%. Esse avanço motivou a revisão das normas, já que o uso desses veículos em áreas inadequadas tem gerado riscos a pedestres e ciclistas.

A principal motivação da mudança é a segurança no trânsito. Autoridades querem evitar que veículos com velocidade significativa circulem sem controle ou identificação, o que dificulta a responsabilização em caso de acidentes.

O que muda para os condutores

Os novos requisitos incluem:

  • Placa de identificação e registro obrigatório do veículo;
  • Habilitação categoria A ou ACC;
  • Uso de capacete por condutor e passageiro;
  • Circulação apenas em vias adequadas, ficando proibido o uso em ciclovias, ciclofaixas, calçadas ou vias expressas incompatíveis.

Quem não se adequar até 31 de dezembro de 2025 poderá sofrer penalidades a partir de janeiro de 2026.

Para quem já possui ou pretende adquirir um ciclomotor, o checklist é claro: verificar se o veículo se enquadra na categoria, registrar e emplacar, obter a habilitação correspondente, utilizar capacete e respeitar as vias permitidas.

O que não muda

As regras não alteram o uso de bicicletas elétricas com pedal assistido, patinetes e monociclos autopropelidos com velocidade máxima de até 32 km/h. Esses equipamentos continuarão fora das novas exigências. Já veículos que ultrapassam o limite de potência ou velocidade de ciclomotores seguem as normas das motocicletas e categorias superiores.

Impacto para o mercado e desafios

A regulamentação promete maior clareza e segurança na circulação de veículos leves. A identificação e o registro permitirão ampliar a fiscalização, coibir o uso indevido e reduzir acidentes em áreas compartilhadas. Espera-se ainda uma integração mais organizada desses veículos ao sistema urbano de mobilidade.

Entretanto, há desafios à vista. Condutores precisarão investir em registro e habilitação, o que pode gerar resistência. Municípios e agentes de trânsito também terão de se adaptar ao controle e à aplicação das novas medidas, além de intensificar campanhas de informação para o público.

Perguntas frequentes

Quem é considerado condutor de ciclomotor?
Quem utiliza veículo de duas ou três rodas, elétrico ou a combustão, com potência até 4 mil watts e velocidade máxima de 50 km/h.

E quem usa bicicleta elétrica ou patinete?
Esses veículos, com velocidade de até 32 km/h e pedal assistido, não precisam seguir as novas regras.

Qual o prazo final para regularização?
Até 31 de dezembro de 2025. A partir de 1º de janeiro de 2026, as penalidades entram em vigor.

Qual habilitação é exigida?
Categoria A ou ACC — Autorização para Conduzir Ciclomotor.

Pode circular em ciclovias?
Não. Ciclomotores não poderão trafegar em ciclovias, ciclofaixas ou calçadas, sob pena de infração grave.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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