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Você usa o ar-condicionado no ajuste errado? Cada grau a menos pode custar até 5% a mais de energia

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 09/08/2025 às 13:52
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Configurações inadequadas do ar-condicionado podem elevar significativamente a conta de luz e aumentar a pressão sobre a rede elétrica, especialmente em períodos de calor intenso. Pequenos ajustes podem trazer economia sem comprometer o conforto.

Configurar o ar-condicionado abaixo do necessário pode pesar no bolso em poucos dias de calor intenso.

Ao definir o termostato muito baixo, o equipamento trabalha por mais tempo e consome mais eletricidade, o que pode elevar a conta em até 25% quando a regulagem cai para patamares excessivamente frios.

A faixa entre 23 °C e 25 °C costuma oferecer bom equilíbrio entre conforto e gasto, e cada grau a menos pode adicionar até 5% ao consumo conforme práticas de eficiência amplamente divulgadas por fabricantes e órgãos de energia.

Ajustes simples e manutenção em dia completam o pacote para manter o conforto sem desperdiçar.

Qual é a temperatura ideal do ar-condicionado para gastar menos?

A pergunta que mais aparece nas buscas é direta: qual é a temperatura ideal do ar-condicionado para reduzir custos sem abrir mão do conforto?

Na maioria dos ambientes residenciais e comerciais leves, regular entre 23 °C e 25 °C atende bem a pessoas saudáveis e evita que o compressor opere por longos ciclos desnecessários.

Essa regulagem favorece a economia de energia com ar-condicionado, mantém a sensação térmica agradável e evita choque térmico ao sair para áreas externas muito quentes.

Por que isso funciona?

Porque o termostato é o “alvo” que o sistema precisa atingir.

Quanto mais distante for a meta, maior o esforço do compressor e mais tempo o equipamento ficará ligado.

Programar 22 °C, por exemplo, tende a exigir mais trabalho do que 25 °C, sem ganhos práticos para a maioria dos usuários.

Em locais úmidos, usar a função de desumidificação ajuda a melhorar o conforto percebido mesmo com uma temperatura ideal do ar-condicionado um pouco mais alta.

Assim, a economia de energia com ar-condicionado não depende só do número no display, mas também de como o aparelho trata a umidade.

Como ajustar o aparelho para reduzir consumo sem perder conforto?

Ajustes de instalação, operação e rotina de limpeza costumam trazer resultados imediatos.

A seguir, orientações objetivas, organizadas por tema, para potencializar a economia de energia com ar-condicionado sem abrir mão do conforto.

Posicionamento e insolação

Evite instalar a condensadora sob sol direto e sem ventilação.

Ambientes internos com janelas voltadas para o sol da tarde ficam mais quentes; nesses casos, o equipamento “sente” carga térmica maior.

Cuidar do entorno ajuda a preservar a temperatura ideal do ar-condicionado sem exigir esforço extra.

Cortinas, vedação e calor externo

Cortinas e persianas reduzem a entrada de radiação solar e estabilizam a temperatura interna.

Borras de vedação em portas e janelas impedem infiltração de ar quente, favorecendo a economia de energia com ar-condicionado.

Juntas bem vedadas costumam valer mais do que baixar um grau no controle remoto.

Ventilação natural e modo ventilação

Nos horários mais frescos, abra as janelas para trocar o ar e reduzir a umidade.

Use o modo ventilação para circular o ar quando o resfriamento já atingiu a temperatura ideal do ar-condicionado.

Em muitas situações, o conforto se mantém com o compressor desligado por alguns intervalos.

Eletrônicos e carga térmica

Televisores, computadores e lâmpadas halógenas emitem calor.

Desligá-los quando não forem necessários diminui a carga interna e reduz o tempo de funcionamento do compressor.

Esse hábito colabora diretamente com a economia de energia com ar-condicionado.

Limpeza e manutenção

Filtros sujos restringem a passagem de ar, obrigando o aparelho a trabalhar mais para alcançar a temperatura ideal do ar-condicionado.

Limpar filtros a cada 30 a 60 dias, especialmente em períodos de uso intenso, mantém o fluxo de ar e resulta em economia de energia com ar-condicionado.

Além dos filtros, o cuidado com serpentinas e drenos evita mau funcionamento e goteiras.

Capacidade e tecnologia

Dimensionar corretamente a capacidade (BTU/h) evita subdimensionamento, que força o compressor, e superdimensionamento, que liga e desliga com frequência e perde eficiência.

Modelos com tecnologia inverter costumam modular a rotação do compressor e, em muitos cenários, gastam menos para manter a temperatura ideal do ar-condicionado estável.

Controles, modos e hábitos

Use o modo automático para o aparelho decidir quando resfriar e quando apenas ventilar.

O modo dormir ajusta gradualmente o setpoint durante a madrugada, o que preserva o conforto e estimula a economia de energia com ar-condicionado.

Programar timer para desligar antes de sair de casa evita que o sistema opere sem necessidade.

Por que limpar o ar-condicionado reduz o consumo de energia?

A lógica é simples: quanto mais ar o equipamento consegue mover com menos esforço, menor o tempo de compressor em carga.

Filtros obstruídos, serpentinas com poeira e ventoinhas sujas criam resistência à passagem do ar.

O resultado é ciclo mais longo, maior consumo e queda de desempenho.

A recomendação de manutenção a cada 30 a 60 dias, durante períodos de uso intenso, atende à maioria dos cenários residenciais.

Em locais com muita poeira ou com animais de estimação, intervalos mais curtos podem ser necessários.

Ao manter a unidade limpa, o sistema atinge mais rapidamente a temperatura ideal do ar-condicionado, o que se converte em economia de energia com ar-condicionado na fatura.

O que realmente pesa na conta?

Há três fatores que mais impactam a despesa mensal.

Primeiro, a regulagem do termostato: cada grau abaixo da faixa de conforto costuma representar até 5% de gasto adicional, especialmente quando o ambiente está mal vedado ou muito exposto ao sol.

Segundo, o tempo total de uso por dia.

Terceiro, a eficiência do modelo escolhido e seu estado de manutenção.

Trocar um equipamento antigo e mal cuidado por um modelo atual eficiente, combinado ao uso dentro da faixa de 23 °C a 25 °C, tende a produzir economia visível já no mês seguinte.

E o meio ambiente entra nessa conta?

Reduzir o consumo elétrico diminui a pressão sobre a geração de energia e os picos de demanda.

Isso tem efeito direto na redução de emissões associadas à eletricidade extra que o sistema precisaria produzir em horários críticos.

Ao manter regulagens na faixa de conforto, limpar filtros e evitar desperdícios, cada residência colabora para um sistema elétrico mais estável.

Não há um número oficial único para o Brasil que estime a economia exata se “todas as casas elevassem 1 °C” nas configurações; o impacto depende de clima, tecnologia do parque instalado e hábitos regionais.

Ainda assim, o princípio é válido: ajustes moderados, combinados a manutenção e vedação, multiplicados por milhões de usuários, geram resultado coletivo.

Dicas essenciais em uma linha

Ajuste entre 23 °C e 25 °C.
Cada grau a menos pode significar até 5% a mais de consumo.
Mantenha filtros limpos a cada 30 a 60 dias.
Prefira modelos eficientes, com bom dimensionamento e manutenção em dia.

E você, vai testar elevar 1 °C hoje para ver se a sensação térmica continua confortável e a conta fecha melhor no fim do mês?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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