Nesta segunda-feira, 23 de janeiro, a missão diplomática que conta com representantes do governo filipino do setor sucroenergético, o Centro de Ciências Agrárias (CCA), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), campus Araras, montaram uma comitiva para consolidar a parceria na produção de etanol e biocombustível.
Participou da visita, também, o gerente da Coordenação-Geral África, Ásia, Oceania e Oriente Médio da ABC/MRE (Itamaraty), Antonio Divino Junqueira. A reitora da UFSCar, Ana Beatriz de Oliveira, foi quem esteve na recepção de boas-vindas da comitiva ao Brasil, e o pedido se tornou um dos mais mencionados entre as notícias corporativas de todo o setor sucroenergético.
Declarou a reitora: “É motivo de muito orgulho para a UFSCar ser referência para este projeto tão importante, e que irá contribuir para o desenvolvimento tecnológico das Filipinas. Tenho certeza que será uma cooperação de muito sucesso, com a qual também iremos aprender muito“, sustentou Ana Beatriz.
O projeto de extensão foi intitulado, “Cooperação técnica para o Governo das Filipinas para a cadeia de produção de etanol e biocombustíveis“, o professor Octávio Antônio Valsechi é quem coordena tecnicamente pelo professor, e contou, durante o evento, que a parceria da UFSCar, Organização das Nações Unidas (ONU), e envolve toda a cadeia sucroenergética, vem acontecendo desde os anos 2000.
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Outros países da África, o Sri Lanka e a índia, por meio da Associação de Nações Unidas do Sudeste Asiático (Asean), também têm se beneficiado dos acordos. Valsechi informou que “os nossos conhecimentos e tecnologias para que possamos, a partir da realidade do país, contribuir com o aumento da produção de etanol nas Filipinas“, explicou o professor.
Já o representante distrital da República das Filipinas, Emilio Bernardino Lin Yulo, se disse empolgado e certo de que a parceria com a UFSCar, certamente, aumentará a produção dos filipinos, pois, no Brasil, as tecnologias são de ponta, e se apresentam como referência para o setor. E o governo das Filipinas busca excelência. Com solos de mesma procedência, a cooperação técnica favorece deveras a produção de etanol e biocombustíveis, que hoje conta com 90 mil produtores. É um meio de que haja um aprimoramento da produção de cana-de-açúcar.
Mas a parceria na produção de etanol e biocombustíveis não favorece apenas às Filipinas, mas também proporciona que o Brasil permute conhecimentos e tecnologias, a partir da condução do projeto pela UFSCar.
Vantagens e desvantagens
Sustentabilidade ambiental e capacidade para substituir, total, ou parcialmente, os combustíveis fósseis, gasolina e diesel, talvez seja uma das principais vantagens da produção de etanol e biocombustíveis. Além disso, por meio deles, é possível alcançar a tão necessária redução do aquecimento global, com diversificação da oferta. Isso porque, é de conhecimento amplo e irrestrito que nossas reservas de petróleo podem se esgotar da noite para o dia.
Os biocombustíveis promovem a baixa emissão de CO2 na atmosfera. No Brasil uma grande variedade de elementos da flora podem ser utilizados como matéria-prima. A cana-de-açúcar é uma das fontes de energia mais rentáveis, proporcionando uma produção 90% menor.
Contudo, é necessário estar atento ao fato de que os gases produzidos pelos biocombustíveis aceleram o efeito estufa. Outro ponto focal deve ser o cultivo, evitando que o plantio ocorra em áreas desmatadas, já que uma larga produção requer culturas intensivas, que representam maiores ganhos aos produtores, incentivando a redução no plantio dos alimentos.