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Vínculos de financeiras com o PCC e ataques cibernéticos forçam BC a adiar Pix parcelado e focar em medidas contra fraudes

Escrito por Carla Teles
Publicado em 26/09/2025 às 20:51
Vínculos de financeiras com o PCC e ataques cibernéticos forçam BC a adiar Pix parcelado e focar em medidas contra fraudes
O Pix parcelado foi adiado. Entenda por que o Banco Central decidiu priorizar o combate a fraudes e a vínculos com o PCC, e veja as novas medidas de segurança
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Nova funcionalidade, uma das mais aguardadas do mercado, fica em segundo plano enquanto autarquia corre para fechar brechas de segurança exploradas pelo crime organizado.

O lançamento do Pix parcelado, uma das funcionalidades mais aguardadas do sistema de pagamentos instantâneos, foi oficialmente adiado pelo Banco Central (BC). A decisão, que frustra as expectativas do mercado e dos consumidores, foi motivada pela necessidade urgente de fortalecer a segurança do sistema financeiro nacional. Segundo informações apuradas pelo InfoMoney, a descoberta de vínculos entre financeiras e o Primeiro Comando da Capital (PCC), somada a uma onda de ataques cibernéticos, acendeu um alerta máximo na autarquia, que agora prioriza o combate a fraudes milionárias.

Com a mudança de rota, a prioridade máxima do BC passou a ser o fechamento de brechas regulatórias que vêm sendo exploradas por organizações criminosas. Em vez de avançar com novas funcionalidades de crédito, a instituição está concentrando esforços em um robusto pacote de medidas para proteger os usuários e a integridade do ecossistema Pix, indicando que a segurança se tornou a pauta inegociável do momento.

O crime organizado como catalisador da mudança

A decisão de pausar a expansão do Pix não foi arbitrária, mas uma resposta direta a ameaças graves e concretas. Investigações recentes, amplamente divulgadas pelo InfoMoney, expuseram uma rede complexa onde instituições de pagamento de menor porte estariam sendo utilizadas para lavar dinheiro e facilitar as operações do PCC. Essas financeiras, com regulamentação mais branda, tornaram-se o elo fraco do sistema, permitindo a movimentação de valores ilícitos e a criação de contas laranja em massa, o que resultou em desvios que chegam à casa dos milhões.

Diante desse cenário, o Banco Central agiu de forma enérgica para estancar a sangria. A primeira frente de ação foi a imposição de um limite de R$ 15 mil para transações via Pix ou TED realizadas por instituições de pagamento sem licença. Adicionalmente, tornou-se obrigatória a rejeição automática de operações com indícios consistentes de fraude, forçando as empresas a aprimorarem seus motores de análise de risco. Essas medidas são vistas como um esforço para sufocar financeiramente as atividades do crime organizado dentro do sistema legal.

Novo calendário e o futuro da segurança no Pix

O impacto no cronograma do Pix parcelado foi imediato e significativo. O calendário original, divulgado em junho, previa a publicação da regulamentação da nova ferramenta já em setembro. Agora, com a reorganização de prioridades, a previsão mais otimista aponta para a divulgação do regulamento em outubro e do manual de experiência do usuário apenas em dezembro. Fontes do mercado consultadas pelo InfoMoney afirmam que o atraso real pode ser de até três meses, empurrando o início da implementação para 2026.

Enquanto o Pix parcelado aguarda na fila, o Banco Central prepara uma nova ofensiva regulatória. Estão em consulta pública e desenvolvimento regras mais duras para o combate ao uso de contas laranja e contas-bolsão, que são usadas para pulverizar e ocultar a origem de recursos ilícitos. Além disso, a autarquia mira as operações com criptoativos e promete aumentar as exigências para intermediários de transferências internacionais (eFX), fechando o cerco por todas as frentes onde foram identificadas vulnerabilidades.

Em resumo, o adiamento do Pix parcelado reflete uma escolha estratégica do Banco Central: sacrificar temporariamente a inovação em prol da segurança e da integridade do sistema financeiro. A medida, embora frustrante para o mercado, é um recado claro de que o combate às fraudes e ao crime organizado se tornou a prioridade número um, buscando garantir que a maior ferramenta de inclusão financeira do país não se transforme em uma porta de entrada para a ilegalidade.

Você concorda com essa mudança? Acha que isso impacta o mercado? Deixe sua opinião nos comentários, queremos ouvir quem vive isso na prática.

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Carla Teles

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