Imagine um portal para o inferno escondido nas profundezas do oceano, um lugar tão misterioso quanto perigoso. Essa é a sensação que o Dean’s Blue Hole, uma das cavernas submersas mais profundas do mundo, desperta nos exploradores.
Agora, Guillermo Söhnlein, cofundador da OceanGate, está prestes a embarcar em uma jornada para desvendar seus segredos.
Guillermo Söhnlein, que um ano atrás estava no centro das atenções devido à trágica implosão do submarino Titan durante uma expedição ao Titanic, anunciou um novo e ambicioso projeto: explorar o Dean’s Blue Hole nas Bahamas ainda em 2024.
Essa caverna submersa, conhecida como “portal para o inferno”, é um dos locais mais profundos e inexplorados do planeta, com uma profundidade impressionante de 202 metros.
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Desvendando o enigma do Dean’s Blue Hole
Segundo informações disponíveis no site da Blue Marble Exploration, empresa criada por Söhnlein em 2013 após sua saída da OceanGate, o Dean’s Blue Hole é um verdadeiro enigma para os geólogos que estudam cavernas subaquáticas.
“É o maior do gênero no mundo e, no entanto, muito pouco se sabe sobre ele, incluindo como se formou há mais de 15 mil anos”, descreve o site.
A caverna é tão profunda que se torna inacessível até mesmo para os mergulhadores mais experientes, e sua localização remota dificulta ainda mais grandes operações baseadas na superfície.
Os preparativos para a expedição
Söhnlein e sua equipe de cientistas planejam realizar a primeira descida de submersíveis tripulados, equipados com luzes LED e tecnologia de drones subaquáticos.
O objetivo é explorar algumas das condições menos hospitaleiras da Terra em busca de descobertas sem precedentes.
Segundo a equipe, apenas cinco por cento do oceano foi visto por humanos, e eles estão determinados a explorar o resto.
“Estamos a caminho para explorar o restante do oceano”, afirmou Söhnlein. “Nossos cientistas poderão aventurar-se em algumas das condições mais extremas em busca de novas descobertas”, completou ele.
Os riscos da aventura
A plataforma Blue Marble Exploration não esconde os riscos da expedição. “A pressão extrema 20 vezes maior que a da superfície e a ausência de luz solar são apenas alguns dos desafios que os tripulantes enfrentarão”, diz o site.
Além disso, a remota localização do Dean’s Blue Hole implica que a equipe não poderá contar com rápida ajuda em caso de emergências. “Há uma certa imprevisibilidade que nossa equipe enfrentará em um novo território”, completa o portal.
De acordo com geólogos, pode ser que haja a abertura das paredes da câmara principal que ligam Dean’s ao Oceano Atlântico, o que poderia causar correntes e camadas térmicas imprevistas que podem interferir nas operações subaquáticas.
Equipe de exploradores
Apesar dos perigos, a curiosidade científica atrai a tripulação, que inclui Kenny Broad, líder da equipe científica, Scott Parazynski, médico, e o próprio Guillermo Söhnlein como chefe da expedição.
“Os moradores locais acreditam que Dean’s é um portal para o inferno e que o próprio diabo se esconde nas profundezas negras”, começa a equipe no site. “Esperamos encontrar restos mortais e nos preparar para lidar com essas situações com o devido respeito pelas famílias”, conclui os tripulantes.
De olho no passado e no futuro
Vale lembrar que Söhnlein fundou a OceanGate em 2009 ao lado de Stockton Rush, que morreu aos 61 anos na implosão do submarino Titan em 2023.
O submersível, que planejava viajar até os destroços do Titanic, não suportou a pressão das águas do Oceano Atlântico.
Esse evento trágico ressaltou os perigos das explorações submarinas, mas também a determinação e o espírito aventureiro dos exploradores.
Apesar do desastre, as ousadas pretensões de Söhnlein continuam e não se limitam às profundezas do oceano. Isso acontece porque o empresário também visa o espaço, com um ambicioso projeto de levar pessoas ao planeta Vênus até 2050.
“A realidade é que Vênus está muito mais próximo da Terra e tem uma órbita muito mais semelhante, o que o torna muito mais acessível do que Marte”, diz ele em seu blog, Humans2Venus.
“O custo é mais baixo, as janelas de voo são mais frequentes, os tempos de trânsito são mais curtos e a segurança é maior”, completa Söhnlein.
E aí, teria coragem de embarcar nesta aventura? Conta para a gente nos comentários! Até a próxima!