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Venda das oito refinarias da Petrobras não é suficiente para gerar concorrência no mercado de óleo e gás

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 23/01/2020 às 10:07
Petrobras petróleo, gás natural e carvão
Unidade de hidrotratamento de diesel da Refinaria Landulpho Alves – RLAM

Estudos realizados pela Leggio diz que a vendas das refinarias da Petrobras não é suficiente para gerar competição no mercado de óleo e gás, podendo estar mais longe do que se espera

A Petrobras colocou no ano passado a venda de sua participação em oito refinarias. Porém, a ideia de competição de mercado no setor de óleo e gás pode estar mais do longe do que se imagina. Estudo feito pela Leggio diz que a venda não é suficiente para gerar concorrência neste mercado.

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O estudo diz que isso só acontecerá de fato, se houve ampliação da infraestrutura para movimentação de combustíveis em dutos, ferrovias e portos, pois só assim, os produtos produzidos pela refinarias conseguiria chegar às regiões consumidoras.

A Petrobras, quando construiu as oito refinarias que hoje estão à venda, não as projetou para que competissem entre si, estando localizadas a quilômetros de distância umas das outras. Portanto, para que o produto seja distribuído pelo país, seria necessário também otimização na infraestrutura do país.

Pra se ter uma ideia, na Bahia, a capacidade de movimentação do terminal portuário de Aratu representa apenas 5% do volume de produção da então refinaria posta a venda, a RLAM, o que limita a competição com outro produto, de outra origem, neste mercado. No Rio Grande do Sul há o mesmo dilema. O Porto de Rio Grande está distante da refinaria Refap e não há terminais no litoral norte do estado ou sul de Santa Catarina.

Para solucionar questões como estas citadas, a alternativa para a competição seria a concorrência do combustível transportado de outras refinarias através de rodovias, porém limitada pelo custo.

O aumento do transporte de cabotagem, a ampliação da infraestruutura portuária e de internacionalização dos produtos via dutos e ferrovias são aspectos fundamentais de acordo com o estudo feito.

Ainda, outro ponto importante seria a ampliação do programa “BR do Mar”, que hoje foca no transporte de containers, com medidas específicas para reduzir os custos de cabotagem de granéis líquidos, sejam combustíveis ou químicos.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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