Documentos e patentes expostos na Austrália mostram interior redesenhado da Hilux 2026, sistema híbrido-leve 48V e manutenção da base atual. Brasil deve receber a picape em 2026.
Patentes e documentos que vieram a público na Austrália revelam o maior redesenho de cabine da Hilux em uma década. As imagens mostram uma central multimídia elevada no estilo “flutuante”, novas saídas de ar e quadro de instrumentos totalmente digital.
Relatos da imprensa especializada indicam que o painel adota desenho em níveis e compartilha soluções com SUVs e picapes da marca. Há inspiração em Tacoma, Land Cruiser/Prado e Tundra, o que reforça a padronização de ergonomia e comandos físicos para funções essenciais.
A tela deve ser maior que a atual. Publicações australianas falam em unidade na faixa de 12 polegadas, com versões básicas possivelmente usando displays menores. O objetivo é melhorar conectividade e navegação sem depender de comandos táteis para o ar-condicionado.
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O console central também muda: túnel mais alto, novos porta-objetos e reposicionamento da alavanca de câmbio. A expectativa é de mais porta-copos e botões físicos dedicados ao clima, itens valorizados por frotistas e quem usa a picape no trabalho.
Motor 2.8 turbodiesel segue, agora com híbrido 48V
Registros indicam que a estratégia de motorização global deve priorizar o 2.8 turbodiesel já conhecido no Brasil, agora com sistema mild-hybrid 48V (MHEV) em mais versões. O conjunto agrega um motor-gerador, bateria de íons de lítio de 48V e conversor DC/DC, com ganho de eficiência em arrancadas e retomadas.
A Toyota já detalhou esse MHEV em mercados fora do Brasil: a potência permanece em 204 cv (201 bhp) e o torque em 500 Nm (≈51 mkgf), com apoio elétrico de até 12 kW e 65 Nm. Não há modo 100% elétrico. É a mesma base 2.8 que equipa Hilux e Prado na Europa. Para o consumidor, o ganho está na resposta em baixa e no consumo.
Fontes na Austrália sugerem redução de opções, com possível saída do 2.7 a gasolina e do 2.4 turbodiesel em vários mercados, concentrando a linha no 2.8 MHEV. Isso também explicaria a simplificação de carrocerias, com o eventual fim da cabine estendida (Extra-Cab) em determinadas praças.
No Brasil, a eletrificação leve tende a chegar junto da reestilização. A lógica é a mesma adotada pela marca na Europa, facilitando homologação de emissões e mantendo a robustez do diesel para carga e reboque.
Plataforma permanece, mas a reforma é profunda
Apesar do novo interior e de mudanças visuais, a base estrutural segue a arquitetura tipo chassi (ladder-frame) da geração atual. Portas e teto devem ser mantidos, enquanto frente e traseira ganham desenho novo, com capô, grade, para-choque e lanternas atualizados. É uma reestilização extensa, não um projeto totalmente inédito.
Essa estratégia reduz custo e risco industrial para fábricas-chave, como a da Tailândia e a de Zárate (Argentina), que abastece o Brasil. Ao mesmo tempo, libera investimento para eletrificação leve, ADAS e itens de cabine que o público valoriza.
O resultado esperado é melhor dirigibilidade — com direção elétrica em mais versões — e atualização de segurança sem comprometer a reputação de durabilidade que sustenta as vendas da Hilux em frotas e no agronegócio.
Comandos físicos seguem presentes para funções críticas. Isso é relevante para uso fora de estrada e em trabalho pesado, em que há vibração e luvas nas mãos.
Lançamento em novembro na Tailândia e no Brasil somente em 2026
A estreia global está prevista para novembro em um salão automotivo em Bangcoc, segundo veículos tailandeses e brasileiros que analisaram registros do governo australiano. O codinome interno é AN2.
Na Austrália, documentos oficiais publicados por órgãos reguladores reforçam que o modelo está próximo de aprovação/entrada no mercado local, o que costuma anteceder a apresentação pública.
Para o Brasil, a previsão mais sólida é 2026, com produção na Argentina e início das etapas de homologação e adaptação regional ao longo do ano. Ou seja, nada de lançamento nacional em 2025.
Esse escalonamento repete a cadência histórica da Toyota: revelação e início de vendas na Ásia, validação em mercados-chave como Austrália, e depois Mercosul.
E você, o que acha? Manter a plataforma e adotar híbrido 48V é avanço suficiente para encarar Ranger e S10, ou a Hilux precisava de uma geração totalmente nova? Deixe seu comentário e diga se preferiria multimídia maior ou prioriza comandos físicos e robustez no uso pesado.