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Usinas sucroalcooleiras dão prioridade a fabricação do açúcar, graças a alta competição e atração no mercado externo

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 16/10/2020 às 14:38
Usinas, açúcar, fabricação
Usina de açúcar

As usinas, mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar, priorizam a fabricação do açúcar, pelo ótimo mercado no exterior

Com a difícil logística nos portos e as longas filas para embarque, a desvalorização do real frente ao dólar torna o açúcar altamente competitivo e atraente no mercado externo. Com o objetivo de minimizar o impacto da crise de preço e quantidade que atinge o mercado de biocombustíveis, as indústrias sucroalcooleiras apostam grande parte de sua capacidade de fabricação no açúcar e fortalecem as vendas das commodities ao mercado internacional.

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Comparada com o álcool, a produção de açúcar continua crescendo. Os dados mais recentes da União da Indústria Canavieira (Unica) que mostram que a quantidade de cana processada para a produção de açúcar aumentou de 35,43% para 47%. A safra acumulada foi de 499,77 milhões de toneladas, aumento de 5,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

No ano passado, tal estratégia deu resultados positivos. Em 2019, o país embarcou 17,8 milhões de toneladas de produtos. Agora, apenas nos primeiros oito meses, as vendas no mercado externo aumentaram ligeiramente: 17,9 milhões de toneladas. Se for comparado com os primeiros oito meses deste ano, o crescimento chegou a 64%. Só em agosto, foi um aumento de 118,8% em relação ao mesmo mês de 2019.

Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Única, disse em nota que “O clima mais seco traz algumas dificuldades para a produtividade, mas também contribui para maior velocidade da colheita, o que explica o incremento de 5,3%”, relata. A produção da commodity desde o início da safra até o mês de setembro já está em 31,950 milhões de toneladas, alta de 46,23%, ou de 10 milhões de toneladas. “Do aumento total, cerca de 7,40 milhões derivam da mudança do mix de produção e os outros 2,70 milhões resultam do avanço da moagem e da melhor qualidade da matéria-prima colhida”.

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações brasileiras de açúcar devem atingir o recorde de 32,02 milhões de toneladas em 2020/21, um aumento de 66% em relação ao ano anterior.

A preferência da indústria pelo açúcar levou a uma queda de 7,47% na produção de etanol, que foi de 23,446 bilhões de litros, sendo 16,298 bilhões de hidratado, fornecido diretamente para veículos, e 7,148 bilhões de litros de anidro, misturado à gasolina.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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