As usinas, mesmo com a desvalorização do real frente ao dólar, priorizam a fabricação do açúcar, pelo ótimo mercado no exterior
Com a difícil logística nos portos e as longas filas para embarque, a desvalorização do real frente ao dólar torna o açúcar altamente competitivo e atraente no mercado externo. Com o objetivo de minimizar o impacto da crise de preço e quantidade que atinge o mercado de biocombustíveis, as indústrias sucroalcooleiras apostam grande parte de sua capacidade de fabricação no açúcar e fortalecem as vendas das commodities ao mercado internacional.
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Comparada com o álcool, a produção de açúcar continua crescendo. Os dados mais recentes da União da Indústria Canavieira (Unica) que mostram que a quantidade de cana processada para a produção de açúcar aumentou de 35,43% para 47%. A safra acumulada foi de 499,77 milhões de toneladas, aumento de 5,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
No ano passado, tal estratégia deu resultados positivos. Em 2019, o país embarcou 17,8 milhões de toneladas de produtos. Agora, apenas nos primeiros oito meses, as vendas no mercado externo aumentaram ligeiramente: 17,9 milhões de toneladas. Se for comparado com os primeiros oito meses deste ano, o crescimento chegou a 64%. Só em agosto, foi um aumento de 118,8% em relação ao mesmo mês de 2019.
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Antonio de Pádua Rodrigues, diretor técnico da Única, disse em nota que “O clima mais seco traz algumas dificuldades para a produtividade, mas também contribui para maior velocidade da colheita, o que explica o incremento de 5,3%”, relata. A produção da commodity desde o início da safra até o mês de setembro já está em 31,950 milhões de toneladas, alta de 46,23%, ou de 10 milhões de toneladas. “Do aumento total, cerca de 7,40 milhões derivam da mudança do mix de produção e os outros 2,70 milhões resultam do avanço da moagem e da melhor qualidade da matéria-prima colhida”.
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), as exportações brasileiras de açúcar devem atingir o recorde de 32,02 milhões de toneladas em 2020/21, um aumento de 66% em relação ao ano anterior.
A preferência da indústria pelo açúcar levou a uma queda de 7,47% na produção de etanol, que foi de 23,446 bilhões de litros, sendo 16,298 bilhões de hidratado, fornecido diretamente para veículos, e 7,148 bilhões de litros de anidro, misturado à gasolina.