A ABIN aposta em energia solar com usina fotovoltaica que gera economia significativa e fortalece a transição energética, contribuindo para reduzir o impacto ambiental no país.
A Associação Brasileira de Inteligência (ABIN) deu um passo decisivo rumo à sustentabilidade energética. Agora, em setembro de 2025, sua usina fotovoltaica, instalada na sede da agência em Brasília, já apresenta resultados expressivos: mais de R$ 1 milhão economizados em energia elétrica e cerca de 56 toneladas de dióxido de carbono (CO₂) deixaram de ser emitidas na atmosfera em apenas nove meses.
Com potência instalada de 1.300 kWp, dividida entre as Usinas B (539 kWp) e C (761,2 kWp), a estrutura foi conectada à rede de transmissão da Neoenergia e passou a abastecer mais de 70% do consumo médio mensal da ABIN.
A iniciativa é parte do Plano Diretor de Logística Sustentável da agência, que visa consolidar práticas de eficiência energética e reduzir a pegada de carbono institucional.
-
Ronma Solar conquista acreditação CNAS e fortalece presença global com certificações internacionais
-
Ariranha do Ivaí investe em energia solar para prédios públicos
-
Lançamento nacional de diretrizes para o setor de energia solar acontece nesta sexta
-
China cobre deserto com mais de 100 km² de painéis solares — uma área maior que toda a cidade de Paris
Energia solar e economia pública na ABIN: um modelo eficiente
A energia solar está se consolidando como uma solução estratégica para o setor público brasileiro. A usina fotovoltaica da ABIN é um exemplo claro de como a transição energética pode gerar benefícios econômicos e ambientais.
Entre janeiro e setembro de 2024, a ABIN gastou cerca de R$ 1,63 milhão com energia elétrica. No mesmo período de 2025, após a ativação da usina solar, esse valor caiu para R$ 615 mil. Isso representa uma economia direta superior a R$ 1 milhão em apenas nove meses.
A projeção anual indica uma redução de R$ 1,36 milhão nas despesas com eletricidade, o que garante retorno do investimento em pouco mais de três anos. O custo total do projeto foi de R$ 4,499 milhões, financiado com recursos públicos e executado com foco em eficiência e sustentabilidade.
Desempenho da usina fotovoltaica da ABIN
A produção mensal da usina fotovoltaica da ABIN demonstra estabilidade e alto rendimento. Veja os dados de geração entre janeiro e setembro de 2025:
Mês | Geração (MWh) |
Janeiro | 69,98 |
Fevereiro | 178,51 |
Março | 190,47 |
Abril | 164,00 |
Maio | 184,04 |
Junho | 174,56 |
Julho | 177,63 |
Agosto | 213,56 |
Setembro* | 102,61 |
Total | 1.455,36 |
*Dados até 18 de setembro de 2025.
O pico de produção ocorreu em agosto, com 213,56 MWh, resultado das boas condições de irradiância solar e da eficiência dos equipamentos. A média mensal de geração é de aproximadamente 161.768 kWh, suficiente para garantir mais de 70% do consumo da sede da ABIN.
Redução de emissões e impacto ambiental positivo
A usina fotovoltaica da ABIN contribui diretamente para a mitigação das mudanças climáticas. A geração de 1,455 GWh evitou a emissão de cerca de 56 toneladas de CO₂, considerando o fator médio de emissão da matriz elétrica brasileira (0,0385 tCO₂/MWh).
A estimativa anual é ainda mais expressiva: cerca de 308,65 toneladas de CO₂ deixarão de ser lançadas na atmosfera. Esse volume equivale ao sequestro de carbono realizado por aproximadamente 392 árvores nativas ao longo de 20 anos.
Além da geração própria de eletricidade, a ABIN incentiva práticas sustentáveis entre seus servidores, como o uso racional de recursos, eliminação de desperdícios e consumo consciente. A eficiência energética, portanto, vai além da infraestrutura e envolve também mudanças de comportamento.
Transição energética e segurança institucional
A transição energética é uma prioridade estratégica para instituições públicas. Ao investir em energia solar, a ABIN fortalece sua segurança energética, reduz a dependência de fontes não renováveis e se alinha às metas nacionais de descarbonização.
A energia solar é uma fonte limpa, renovável e de baixo impacto ambiental. No Brasil, onde a matriz elétrica já é majoritariamente hídrica, a diversificação com fontes como a solar amplia a resiliência do sistema e reduz riscos associados à escassez hídrica.
A usina da ABIN também representa um avanço na gestão pública inteligente. Ao tornar-se autossuficiente em energia, a agência reduz custos operacionais, melhora sua previsibilidade orçamentária e reforça seu papel como agente de transformação socioambiental.
ABIN como referência em energia solar no setor público
A ABIN é o primeiro órgão da Presidência da República a contar com uma estrutura de geração solar própria. A iniciativa foi lançada durante as comemorações dos 25 anos da agência, em dezembro de 2024, e marca uma nova fase na atuação institucional.
A escolha pela energia solar reflete uma visão de longo prazo, voltada para a sustentabilidade, inovação e responsabilidade ambiental. A usina fotovoltaica instalada no complexo da sede em Brasília é um exemplo de como tecnologia e gestão podem caminhar juntas.
Além da economia e da redução de emissões, o projeto fortalece a imagem da ABIN como instituição moderna, comprometida com o futuro e com as melhores práticas de governança pública.
O papel da energia solar na transformação institucional
A energia solar é mais do que uma fonte de eletricidade — é uma ferramenta de transformação institucional. Ao adotar essa tecnologia, a ABIN demonstra que é possível unir inteligência estratégica, responsabilidade ambiental e eficiência econômica.
A usina fotovoltaica instalada representa um marco na história da agência e serve de modelo para outros órgãos públicos. A transição energética, quando bem planejada e executada, gera resultados concretos e duradouros.
Mais de R$ 1 milhão economizados e 56 toneladas de CO₂ evitadas em apenas nove meses. Esses números reforçam a importância de investir em fontes renováveis e mostram que a sustentabilidade pode caminhar lado a lado com a eficiência administrativa.