Presidente da Usiminas, Sergio Leite de Andrade, disse que está otimista com a retomada da economia brasileira, em especial dos setores automobilístico, construção civil e infraestrutura
Segundo Sergio Leite de Andrade, presidente da Usiminas, o aumento da demanda pelos produtos da empresa e os sinais de crescimento da indústria automobilística, da construção civil e de infraestrutura são fatores que o deixa otimista. Em entrevista ao Jornal O Tempo, o presidente do grupo tratou sobre vários assuntos, onde alguns deles, estão descritos abaixo. Confira!
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“Tomamos três importantes decisões. Em função das perspectivas da economia brasileira e dos sinais relevantes de retomada do crescimento, decidimos retornar à operação o alto forno número uma da Usina de Ipatinga, retornar a aciaria número 1 da usina de Ipatinga e também retornaremos nossas operações nas laminações de Cubatão. Decidimos aumentar também nosso nível de investimentos neste ano, em função dos bons resultados financeiros, de R$ 600 milhões para R$ 800 milhões. Estamos adentrando no segundo semestre numa expectativa positiva.”
“A Mineração Usiminas, no segundo trimestre, apresentou um excelente resultado. Nós tivermos o ebtida recorde em toda a história da companhia, da ordem de R$ 380 milhões. A nossa unidade de mineração segue num ritmo firme, sólido. Tivemos no seguindo trimestre o licenciamento para um grande investimento na mineração, que é o empilhamento a seco de rejeitos, da ordem de R$ 160 milhões. Pretendemos colocar em operação esse equipamento no primeiro trimestre de 2021. Com ele, nós encerramos a operação da nossa última barragem, a de Samambaia. No campo do aço, estamos observando uma retomada da economia. Os números macros têm indicado isso.”
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Em relação aos investimentos acima mencionados, o reaquecimento da indústria, a procura dos clientes pelos produtos da empresa, bem como o otimismo no geral, o presidente foi questionado se haveria novas contratações para compor o quadro da empresa e o mesmo afirmou que não. Em um trecho da entrevista o presidente disse que “Essa retomada não vai significar contratação de pessoal”. Em outro, ele informa o número de trabalhadores atuais. “Nas cinco empresas, somos 13 mil empregados, e temos mais 5.000 a 6.000 empregados de empresas parceiras. Somos um universo de 18 mil pessoas. Com maior concentração na Usiminas Siderurgia. Na mineração, temos cerca de 1.200 empregados, na Soluções também. Na Usiminas Mecânica, estamos caminhando para esse patamar, Na Unigal, são cerca de 330. E os demais estão na Usiminas.”
O dólar tem contribuído com a empresa? O dólar traz para a Usiminas uma vantagem nítida no caso da mineração. A empresa é fortemente exportadora. No caso da siderurgia, o dólar mais adequado para nós seria próximo a R$ 4. Temos um custo na siderurgia, um forte impacto do dólar que onera nosso custo em mais de 60%. Destaco que minério de ferro são comprados em dólar, embora seja um produto totalmente brasileiro, assim como carvão e outros insumos. Para nós, hoje, o dólar está valorizado. No conjunto todo, se beneficia uma empresa, outra fica prejudicada, mas temos que buscar o ponto de equilíbrio. Na economia brasileira, esse ponto está entre R$ 4 e R$ 4,50, não acima de 5.
Por fim, o presidente comentou sobre os investimentos em inovação. “Inovação é tema extremamente importante para nós. Vivemos um momento difícil em 2016. Depois de um ano, em julho de 2017, quando saíamos de um Ebtida negativo para R$ 1,8 bilhão passamos a focar o planejamento estratégico e na construção do futuro. A partir daí, começamos a discutir inovação. Em 2018, criamos uma diretoria de inovação. Temos um centro de pesquisa que nos permite permanecer no estado da arte em temos de produtos, mas estamos atuando nesse campo de uma maneira mais ampla. Estamos mobilizando todos os nossos empregados no sentido de gerar ideias que possam gerar sua implantação mais ágil, para pequenas e maiores melhorias. Fizemos recentemente a premiação de nossos empregados num programa interno que tivemos mais de 300 ideias inovadoras. As seis principais ideias trouxeram um ganho de R$ 25 milhões ao ano. Estamos fazendo uma interação grande com startups, com mais de 20. Tem sido uma discussão muito rica. Estamos fazendo esse trabalho também com os centros de inovação do Senai e também junto a universidades. Estamos vivendo uma ebulição em termos de inovação. Programa InovaAí tem mobilizado todo o pessoal, é a palavra de ordem para a construção do presente e o futuro das empresas.”