CEO da Shell, Wael Sawan, busca aumentar lucros por meio de mudanças estratégicas e, para isso, anunciou cortes de empregos e uma “pausa” nos negócios de hidrogênio
A gigante da energia, Shell, está tomando medidas para otimizar suas operações em meio à crescente pressão para melhorar a eficiência energética e reduzir as emissões de carbono. O CEO da Shell, Wael Sawan, anunciou recentemente planos de cortar empregos em sua divisão de soluções de baixo carbono e reduzir os negócios relacionados ao hidrogênio. Essas mudanças fazem parte de um esforço mais amplo para melhorar os lucros da empresa e reorientar sua estratégia em direção a projetos de margens mais altas e maior produção de gás natural.
O corte de empregos é uma ação que muitas empresas têm tomado para se adaptar às demandas do mercado e às metas de sustentabilidade. A Shell planeja eliminar pelo menos 15% de sua força de trabalho na divisão de soluções de baixo carbono. Em números concretos, isso se traduzirá em cerca de 200 empregos sendo eliminados em 2024, com outros 130 cargos sob revisão. A redução da força de trabalho é parte de uma estratégia mais ampla para simplificar a estrutura da empresa e melhorar sua eficiência.
Empresa planeja reduzir operações de hidrogênio e fortalecer negócios de baixo carbono em áreas-chave
As operações de baixo carbono da Shell incluem uma variedade de iniciativas, como o desenvolvimento de tecnologias de hidrogênio e negócios de captura e armazenamento de carbono. No entanto, a empresa deixou claro que as energias renováveis não serão afetadas por esses cortes.
- Nova lei promete mudar tudo: Você sabe realmente por que foi multado?
- Bahia vai receber investimento de quase R$ 350 milhões para construção de nova Unidade de Processamento de Gás Natural; impulso na economia e geração de empregos
- Piauí recebe investimento histórico de R$ 100 milhões em corredor de escoamento agrícola para impulsionar produção e fortalecer economia
- Salário mínimo universal! Magnatas seguem Elon Musk na defesa por renda universal para minimizar impactos da tecnologia
As operações de mobilidade leve a hidrogênio, que se concentram em tecnologias para veículos leves de passageiros, também sofrerão uma redução, com a empresa priorizando a mobilidade pesada e a indústria.
Além das mudanças na força de trabalho, a Shell também planeja reduzir sua participação no mercado de hidrogênio de mobilidade leve. A empresa fundirá duas das quatro funções de gerente geral no negócio de hidrogênio, demonstrando uma clara mudança de foco.
A busca pela eficiência energética e redução de emissões continua como prioridade para a Shell
A Shell continua comprometida em expandir seu portfólio global de hidrogênio, com a construção de uma planta eletrolisadora na Holanda e projetos de desenvolvimento nos Estados Unidos. No entanto, a empresa será criteriosa em seus investimentos, buscando oportunidades que agreguem valor e reduzam as emissões de carbono.
Para atingir suas metas, a Shell também fortaleceu sua presença no mercado de Gás Natural Liquefeito (GNL). Recentemente, assinou um acordo de acionistas com a Oman LNG, mantendo-se como o maior acionista privado da empresa e firmando um compromisso de compra substancial de GNL.
Essas mudanças na estratégia da Shell refletem o cenário em constante evolução da energia e a busca por soluções mais sustentáveis. A empresa está se adaptando para enfrentar os desafios comerciais e técnicos e garantir seu papel no futuro da indústria de energia, com um foco contínuo na eficiência energética e na redução de emissões de carbono.