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Unigel anuncia investimento para construir a sua primeira fábrica de hidrogênio verde no Brasil

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 26/07/2022 às 11:09
Unigel anuncia investimento para construir a sua primeira fábrica de hidrogênio verde no Brasil
A planta do combustível produzido a partir de energia elétrica renovável deve entrar em operação até o final de 2023 e será uma das maiores em operação do mundo, segundo a Unigel (Imagem: Site/ Unigel)

Com investimento inicial de US$ 120 milhões (R$ 650 milhões), a nova fábrica da Unigel está prevista para começar a operar até o final de 2023.

A Unigel é uma das maiores empresas do ramo de químicos da América Latina e líder em segmentos como fertilizantes e amônia, e agora decidiu aplicar novos investimentos em hidrogênio verde de modo a substituir os combustíveis fosseis. O plano da Unigel é construir a primeira e maior fábrica de hidrogênio verde no Brasil, gerando empregos e mais opções de energia na atual matriz energética.

Unigel afirma que a fábrica brasileira de hidrogênio verde será a maior do mundo  

A fábrica de hidrogênio verde da Unigel, como já dito, será a maior do mundo, e terá seu anúncio feito nesta terça (26) em Camaçari (BA), onde a fábrica de hidrogênio verde será instalada, ao lado de mais duas fábricas, que produzem amônia e estirênico.

A fábrica de hidrogênio verde estará em pleno funcionamento já no fim do ano que vem, com uma produção de mais de 10 mil toneladas do produto ao ano. Uma parte do hidrogênio será convertida em 60 mil toneladas de amônia verde ao ano.

“É um movimento que vai nos colocar na liderança da descarbonização do Brasil”, diz Roberto Noronha, presidente da Unigel.

Com alguns clientes já interessados e acreditando assim no rápido crescimento da demanda, a Unigel visa quadruplicar a capacidade de produção da fábrica em 2025, estendendo-se para exportação.

O hidrogênio verde e o seu uso na atual matriz energética

O chamado hidrogênio verde é produzido a base de água e eletricidade de fonte renovável, assim com a energia eólica e a solar. A premissa é substituir o produto usado atualmente, o hidrogênio cinza, feito com base nos combustíveis fósseis.

“O hidrogênio verde vai ser a fonte energética do futuro da humanidade, pois, na sua essência, é absolutamente limpo”, diz Noronha.

O combustível pode ser usado em sua forma bruta ou convertido em amônia, que é uma matéria-prima essencial para os setores siderúrgicos, de refino do petróleo e fertilizantes e também usada em milhares de outros produtos.

Uma das grandes vantagens do hidrogênio é ser considerado um vetor de energia, ou seja, ele permite que a energia seja armazenada e assim possa ser utilizada em outros setores, favorecendo a integração.

Atraindo o interesse das entidades estrangeiras, projetos para viabilizar a produção comercial do hidrogênio verde no Brasil já superam a casa dos US$ 20 bilhões, com foco prioritário na exportação. Hoje, as principais iniciativas se concentram no Porto do Pecém, no Ceará; no Porto do Açu, no Rio de Janeiro; e no Porto de Suape, em Pernambuco.

Funcionamento da planta da Unigel no Brasil  

A empresa responsável pelo fornecimento dos eletrolisadores será a Thyssenkrupp, um grupo industrial diversificado do ramo da tecnologia. Os eletrolisadores darão “vida” à fábrica, que aplicará grande corrente elétrica e fará a separação das moléculas das soluções.

“A empresa domina a tecnologia da eletrólise há muito tempo, mas antes tinha outras aplicações industriais”, explica Paulo Alvarenga, presidente da Thyssenkrupp para a América do Sul.

“Em razão da emergência climática, ampliamos a tecnologia para a eletrólise da água”. Os equipamentos serão enviados em módulos, dentro de 48 contêineres, por meio de navios, para serem comercializados pela sua subsidiária aqui no Brasil.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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