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Umas das maiores BR do Brasil será transformada! Rodovia terá duplicação de 221km, R$ 7 bi em investimentos e pode gerar até 100 MIL empregos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 06/11/2024 às 22:49
Atualizado em 07/11/2024 às 00:12
BR-101 recebe R$ 7 bilhões para duplicação de 221 km, com promessa de 100 mil empregos. Mas o pedágio pode pesar no bolso dos motoristas.
BR-101 recebe R$ 7 bilhões para duplicação de 221 km, com promessa de 100 mil empregos. Mas o pedágio pode pesar no bolso dos motoristas.
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A duplicação da BR-101, com R$ 7 bilhões em investimento, transformará a rodovia. Prometendo milhares de empregos, a obra também prevê aumento nos pedágios, levantando preocupações sobre o impacto financeiro para quem utiliza a rodovia diariamente.

Uma rodovia que corta o Espírito Santo está prestes a passar por uma transformação histórica.

Investimentos bilionários, mais de 200 quilômetros de duplicação e promessas de impactos sociais e econômicos sem precedentes estão no horizonte para a BR-101, uma das mais movimentadas e importantes do país.

No entanto, por trás das vantagens dessa modernização, uma questão crucial preocupa os motoristas: os custos crescentes de pedágio que podem pesar no bolso de quem utiliza a rodovia regularmente.

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Com um total de R$ 7,07 bilhões investidos e 221 quilômetros de duplicação planejados, o projeto foi autorizado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e prevê a ampliação do contrato de concessão da Eco101, atual concessionária responsável pela BR-101, por mais dez anos.

Segundo o TCU, essa reestruturação tem como meta finalizar as obras de duplicação e realizar melhorias essenciais para a segurança e eficiência do tráfego.

Mas o impacto desse plano já levanta questionamentos sobre o aumento nas tarifas e a dependência de concessões privadas para a manutenção de estradas estratégicas no país.

Transformação prometida no Espírito Santo

O projeto prevê duplicação de 221,41 km da BR-101, com 96 km prontos nos primeiros três anos de obras.

A concessão também inclui a construção de dois novos contornos rodoviários no Espírito Santo, em Ibiraçu e Fundão, totalizando mais de 15 km.

Essas estruturas visam aliviar o tráfego e aumentar a segurança tanto para motoristas quanto para pedestres.

No entanto, o Contorno de Linhares, previsto inicialmente, foi excluído devido à falta de licenciamento ambiental, mas pode ser incorporado ao contrato posteriormente, conforme autorizado pelo TCU.

Segundo o ministro Walton Alencar Rodrigues, relator do processo, “há interesse público em sua realização e a minuta de aditivo prevê a possibilidade de incorporação ao contrato em momento posterior.”

Caso o contorno de Linhares seja incluído, a vigência do contrato pode ser estendida para até 40 anos, consolidando a presença da concessionária na BR-101 por mais de três décadas.

Aumento de pedágio preocupa motoristas

Além dos impactos positivos, a duplicação da BR-101 também acarretará aumento significativo nas tarifas de pedágio.

A partir do sexto mês de obras, o pedágio para pistas simples passará de R$ 0,05525 para R$ 0,071 por quilômetro rodado.

Com a duplicação e reclassificação para pistas duplas, essa tarifa poderá chegar a R$ 0,1560 por quilômetro até 2034, o que equivale a aproximadamente R$ 16,55 para cada 100 km rodados no trecho duplicado.

Esse aumento progressivo preocupa principalmente caminhoneiros e trabalhadores que dependem da BR-101 diariamente.

Conforme especialistas em infraestrutura, há o receio de que o modelo adotado, com tarifas mais elevadas e maior extensão do contrato de concessão, sobrecarregue os motoristas e crie uma dependência ainda maior do setor privado para a manutenção de rodovias essenciais.

Esse fator gera questionamentos sobre a justiça e os impactos econômicos dessas condições para a população local.

Gerando empregos e desenvolvimento econômico

A duplicação da BR-101 não beneficia apenas a infraestrutura rodoviária.

O projeto prevê a criação de 102.464 empregos ao longo da execução das obras, incluindo mais de 34 mil empregos diretos e 16 mil indiretos, além de outros 52 mil postos gerados pelos impactos econômicos indiretos.

Segundo estimativas do TCU, esses empregos contribuirão para a economia local, gerando oportunidades e impulsionando o desenvolvimento em áreas próximas à rodovia.

Para a concessionária Eco101, o retorno financeiro virá através das tarifas e da expansão de seu contrato, aprovado inicialmente em 2013 e agora prorrogado para garantir a finalização do projeto de duplicação.

Segundo a Eco101, além dos benefícios em segurança, as melhorias prometem reduzir o tempo de deslocamento dos motoristas e diminuir a taxa de acidentes no trecho da BR-101.

Controvérsias sobre o projeto

Embora o projeto ofereça uma visão de progresso, ele não está isento de críticas.

Muitos questionam os impactos a longo prazo dos reajustes de pedágio e da extensão do contrato de concessão, que pode fazer com que motoristas do Espírito Santo paguem mais caro pelo uso da rodovia até a década de 2040.

Especialistas alertam para o risco de que o modelo de concessão adotado torne a BR-101 inacessível para alguns grupos, especialmente caminhoneiros que utilizam o trecho para transporte de carga.

A extensão do contrato, que antes era de 25 anos e agora pode chegar a 40, também causa controvérsia, pois alguns setores acreditam que essa decisão prioriza os interesses da concessionária em detrimento dos usuários.

Apesar disso, a Eco101 justifica a extensão do prazo como essencial para garantir a execução do projeto e assegurar que as obras de duplicação, contornos rodoviários e melhorias de segurança sejam concluídas dentro do prazo.

O futuro da BR-101

Com o investimento bilionário e as obras em andamento, a BR-101 se prepara para uma nova era de infraestrutura rodoviária no Espírito Santo, com promessas de benefícios e crescimento econômico.

No entanto, o aumento das tarifas de pedágio e o peso financeiro dessas mudanças levantam dúvidas sobre quem realmente arcará com os custos dessa transformação.

A modernização da rodovia representa um avanço, mas o modelo de concessão e as tarifas progressivas podem limitar o acesso para muitos motoristas.

Enquanto o debate sobre os prós e contras dessa transformação continua, a BR-101 segue como uma das principais artérias do transporte no estado e um tema crucial para o futuro da infraestrutura nacional.

Será que os motoristas estarão dispostos a pagar mais caro por uma estrada que se moderniza a cada quilômetro duplicado?

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Orlando
Orlando
09/11/2024 09:23

E quanto vai para o bolso do Lula?

Carlos Magno de Oliveira
Carlos Magno de Oliveira
09/11/2024 07:47

Nova forma de extorquir os usuários de rodovias no Brasil, as concessionária ganham as concessões, o BNDES empresta os bilhões e o povo paga a conta sendo extorquido com os absurdos valores dos pedágios e de quebra os concessionárias ainda ganham a extensão do prazo. Precisamos de governos que possam acabar com estas permissões altamente vantajosas para uma minoria de investidores. 7 bilhões para apenas 221 km é um absurdo!!!

Daniel
Daniel
09/11/2024 06:27

As melhorias são necessárias, mas não concordo com pedágio caros. Será que estão pensando na população R$16,55 com variações de aumento é muito desumano para quem ganha salário mínimo. Covardia pagamos tantos impostos. A pessoa que sai da capital Mineira até o litoral Norte SP desembolsa em média R$200,00 reais só de pedágios é justo isso?

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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