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Umas das maiores BR do Brasil será transformada! Rodovia terá duplicação de 221km e R$ 7 bi em investimentos, podendo gerar até 100 MIL empregos

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 21/11/2024 às 20:44

A BR-101 será modernizada com R$ 7 bilhões em investimentos. O projeto promete gerar mais de 100 mil empregos, melhorar a infraestrutura e segurança, mas também trará pedágios mais altos, gerando controvérsias.

Um dos projetos mais ambiciosos da infraestrutura rodoviária brasileira está prestes a sair do papel.

Com um investimento estimado em R$ 7,07 bilhões, a duplicação de 221 quilômetros da BR-101 no Espírito Santo promete revolucionar o transporte no estado e gerar mais de 100 mil empregos diretos e indiretos.

Apesar das promessas de melhorias, a iniciativa traz desafios, incluindo pedágios mais altos e críticas sobre o modelo de concessão.

Duplicação estratégica para desafogar o trânsito

A BR-101 é uma das principais rodovias do país, conectando o Espírito Santo a estados vizinhos e servindo como um eixo vital para o transporte de cargas e passageiros.

Desde 2013, o trecho no estado está sob responsabilidade da concessionária Eco101, que agora recebeu autorização do Tribunal de Contas da União (TCU) para avançar com o projeto de duplicação.

A obra incluirá 96 quilômetros de duplicação nos primeiros três anos, além de 125 quilômetros adicionais ao longo do contrato.

Trechos estratégicos receberão atenção especial, como os contornos rodoviários de Ibiraçu e Fundão, que somam 15,6 quilômetros e buscam desviar o tráfego urbano, melhorando a segurança e reduzindo o tempo de viagem.

Embora o plano original previsse a duplicação de 376 quilômetros, 155 quilômetros foram excluídos por inviabilidades técnicas e ambientais.

No entanto, foram adicionados 41 quilômetros de faixas adicionais, o que promete aliviar o fluxo em pontos críticos.

Impacto econômico e geração de empregos

O projeto da BR-101 não se limita a melhorias no transporte. Segundo estimativas do TCU, a duplicação será responsável pela criação de 100.464 empregos, sendo:

  • Empregos diretos: 34.026
  • Empregos indiretos: 16.046
  • Efeito multiplicador: 52.392 (gerados pelo aumento do consumo local).

Além disso, a modernização da rodovia deve impulsionar setores como a construção civil, logística e comércio, fortalecendo a economia do Espírito Santo.

Os empregos diretos envolvem desde operários de obras até engenheiros e técnicos, enquanto os indiretos abrangem fornecedores e outros serviços.

Investimento bilionário e extensão do contrato

Para viabilizar o projeto, o contrato da Eco101 foi prorrogado por mais 10 anos, podendo totalizar 40 anos de concessão.

O aporte de R$ 7,07 bilhões inclui não apenas as obras de duplicação, mas também a manutenção da rodovia e melhorias em segurança, como a construção de passarelas e acostamentos.

No entanto, a decisão de estender o contrato gerou críticas, especialmente entre motoristas e especialistas em infraestrutura, que questionam se o modelo de concessão privada é a melhor solução para rodovias tão importantes.

O preço do progresso: pedágios mais caros

Com a duplicação, chegam também os aumentos nas tarifas de pedágio.

Atualmente, o custo por quilômetro para pistas simples é de R$ 0,05525, mas deverá subir para R$ 0,071 a partir do sexto mês de obras.

Conforme trechos duplicados forem entregues, o valor será reajustado para R$ 0,156 por quilômetro, equivalente a cerca de R$ 16,55 para cada 100 quilômetros rodados.

Essa mudança preocupa usuários frequentes, como caminhoneiros e moradores de cidades cortadas pela BR-101, que dependem da rodovia para atividades cotidianas.

Apesar disso, a Eco101 argumenta que o aumento é necessário para sustentar a manutenção da rodovia, garantir a qualidade das obras e oferecer mais segurança aos motoristas.

Polêmicas e críticas ao modelo de concessão da rodovia

Embora o projeto traga benefícios evidentes, ele não está livre de polêmicas.

Uma das principais críticas é a retirada do Contorno de Linhares, uma obra considerada essencial para o tráfego na região.

Segundo o TCU, a exclusão ocorreu por problemas de licenciamento ambiental, mas a inclusão futura não está descartada.

Outro ponto de discórdia é o custo elevado para os usuários, especialmente para caminhoneiros, que já enfrentam desafios com preços altos de combustíveis e tarifas de pedágio em outras rodovias privatizadas.

Especialistas apontam que a falta de alternativas públicas robustas para infraestrutura cria uma dependência excessiva do setor privado, resultando em tarifas mais altas para a população.

A visão para o futuro: modernização ou ônus?

A duplicação da BR-101 representa um marco para o Espírito Santo e para o Brasil.

Com melhorias significativas na segurança e no tráfego, a modernização promete transformar a experiência dos motoristas e estimular o desenvolvimento econômico.

No entanto, os custos associados, incluindo tarifas de pedágio mais altas e a extensão do contrato de concessão, levantam questões sobre a acessibilidade e os impactos financeiros para os usuários.

Será que a modernização compensa os custos? Ou o modelo atual de concessões precisa ser repensado para garantir maior equilíbrio entre investimentos e benefícios para a população?

Deixe sua opinião nos comentários: será que os motoristas terão condições de arcar com os custos de uma estrada que, embora moderna, ficará cada vez mais cara de usar?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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