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Uma nova tecnologia chamada célula fotovoltaica de perovskita promete revolucionar a energia solar e pode acabar com o uso dos painéis solares de silício tradicionais

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 14/06/2024 às 10:43
Uma nova tecnologia chamada célula fotovoltaica de perovskita promete revolucionar a energia solar e pode acabar com o uso dos painéis solares de silício tradicionais
A energia solar está prestes a passar por uma grande transformação. Com o desenvolvimento das células fotovoltaicas de perovskita, os painéis solares que conhecemos hoje podem se tornar coisa do passado. Mas o que torna essa nova tecnologia tão especial? Imagem: CANVA/Divulgação

A energia solar está prestes a passar por uma grande transformação. Com o desenvolvimento das células fotovoltaicas de perovskita, os painéis solares que conhecemos hoje podem se tornar coisa do passado. Mas o que torna essa nova tecnologia tão especial?

A célula fotovoltaica de perovskita é feita de um mineral composto por cálcio, titânio e oxigênio, que possui uma estrutura cristalina única. Essa composição permite uma eficiência muito maior na conversão da luz solar em eletricidade, em comparação com os tradicionais painéis solares de silício.

Desde 2009, a eficiência das células de perovskita saltou de 3,8% para impressionantes 26,1%. Em contraste, os painéis solares de silício, que usamos atualmente, têm uma eficiência entre 15% e 22%. Além de serem mais eficientes, as células de perovskita são mais leves, flexíveis e baratas de produzir. Elas podem ser fabricadas a temperaturas de até 200ºC, enquanto os painéis de silício precisam de temperaturas em torno de 1000ºC, economizando muita energia no processo de produção.

Outra grande vantagem da perovskita é a sua capacidade de gerar energia elétrica mesmo com luz solar difusa ou de baixa intensidade

Algo que os painéis solares de silício têm dificuldade em fazer. Isso torna as células de perovskita muito mais eficazes em diferentes condições climáticas. No entanto, a nova tecnologia enfrenta um grande desafio: a durabilidade.

As células de perovskita se degradam rapidamente quando expostas à umidade e ao calor, o que reduz sua vida útil em comparação com os painéis solares de silício, que são mais resistentes às intempéries.

Os pesquisadores estão trabalhando para aumentar a vida útil das células de perovskita, com a meta de atingir entre 20 a 30 anos de uso, similar aos painéis de silício

No Brasil, o Instituto Onnin, localizado em Belo Horizonte, está à frente das pesquisas para desenvolver um painel solar comercial com células de perovskita. Isso representa um grande avanço para o país, que pode se tornar um líder nessa nova tecnologia.

Se as células de perovskita alcançarem a durabilidade desejada, estaremos testemunhando uma revolução na energia solar, tornando os painéis solares de silício uma peça de museu. O futuro da energia solar parece brilhante e mais eficiente com essa inovação.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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