Dispositivo de R$ 1.080 permite minerar Bitcoin com chips profissionais e consumo inferior a 5W — mas qual é o real potencial?
No universo acelerado das criptomoedas, onde as mudanças são constantes e as promessas nem sempre se cumprem, uma dúvida ainda ronda muita gente: será que ainda vale a pena minerar Bitcoin em casa em pleno 2025, sem gastar rios de dinheiro? Enquanto empresas investem milhões em supermáquinas que parecem saídas de uma usina elétrica, algumas pessoas estão indo na contramão e testando equipamentos compactos, baratos e silenciosos — como as maquininhas da Bitmaker.
Um experimento para todo mundo entender como funciona
Quem testou a ideia foi o criador de conteúdo Adrián Science, conhecido por abordar temas de ciência e tecnologia de forma simples. No vídeo, ele coloca à prova dois modelos da marca NerdAX, vendidos pela Bitmaker, que prometem trazer a mineração de volta para dentro de casa — por preços bem mais acessíveis.
Estamos falando de máquinas que custam a partir de 185 euros, o que dá algo em torno de R$ 1.080 na cotação atual. Esses aparelhos utilizam os mesmos chips de mineradoras profissionais que custam mais de R$ 23 mil, só que em menor quantidade. Uma das versões tem apenas 1 chip (1.2 TH/s) e a outra vem com 4 chips (4.8 TH/s). São aparelhos silenciosos, compactos e com consumo de energia ridiculamente baixo — de R$ 0,25 a R$ 1,20 por dia, dependendo do modelo.
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Em vez de ganhar por trabalho, você joga na sorte
Essas maquininhas não funcionam da mesma forma que os equipamentos de mineração tradicionais. Em vez de participar de um “pool” com milhares de mineradores trabalhando juntos, elas utilizam um sistema chamado “lottery mining” — uma espécie de loteria digital.
Funciona assim: todo dia, a máquina tenta resolver um bloco de Bitcoin sozinha. Se conseguir, leva uma recompensa que hoje ultrapassa os 300 mil dólares (mais de R$ 1,6 milhão). O problema é que as chances disso acontecer são microscópicas. Uma máquina de 1.2 TH/s tem uma chance em 4,6 milhões por dia. Na prática, isso significaria esperar cerca de 12.737 anos para ser sorteado. A máquina mais potente (4.8 TH/s) reduz esse número para uns 3.180 anos.
Mas como o gasto com energia é quase nulo e a manutenção é inexistente, a proposta é justamente essa: deixar a máquina ligada o tempo todo, como se fosse um bilhete de loteria digital permanente, jogando todo dia — sem precisar fazer nada.
Montando um minerador por R$ 25
Se até R$ 1.000 ainda estiver acima do seu orçamento, o colaborador Ramón mostrou no vídeo que dá pra ir ainda mais longe: montar um minerador funcional com apenas R$ 25, usando uma plaquinha ESP32. Essa placa é bastante usada em projetos de automação e programação básica.
Claro que o desempenho é simbólico — 78 kH/s, o que não dá nem pra sonhar em minerar um bloco. Mas esse projeto tem outro valor: educacional e experimental. Ele é ótimo para quem quer explorar o universo do Bitcoin por dentro, mexer com código aberto e até imprimir uma carcaça 3D para montar o próprio minerador caseiro.
A Bitmaker disponibilizou todo o código-fonte, esquemas e instruções de montagem de graça, o que torna essa experiência acessível a qualquer pessoa com interesse em aprender.
Não vai te deixar rico, mas pode te deixar mais esperto
Adrián foi claro na conclusão do vídeo: essas máquinas não são um investimento, e sim uma ferramenta de aprendizado. Elas não servem para gerar lucro — mas sim para ajudar pessoas a entender na prática como funciona o processo de mineração, como a rede do Bitcoin é sustentada e como a tecnologia blockchain opera por trás dos panos.
Pra quem busca uma renda real com criptomoedas, ele sugere outros caminhos, como o comércio eletrônico, área que ele mesmo ensina em um curso gratuito no canal.
Ou seja: é uma chance de aprender e brincar com uma tecnologia de ponta — sem precisar desembolsar uma fortuna e sem correr o risco de queimar seu roteador ou ar-condicionado com calor de mineradora.
Sorteio aberto também para brasileiros
E pra fechar com chave de ouro, Adrián anunciou um sorteio global de três máquinas NerdAX. Isso mesmo: brasileiros podem participar. Para isso, basta comentar no vídeo e seguir o perfil dele no Instagram. O sorteio será realizado em uma semana.
A ação é uma forma de aproximar mais pessoas do universo cripto, com leveza, curiosidade e sem necessidade de grandes investimentos. Para quem quer experimentar de verdade — sem depender só de vídeos ou teorias —, é uma excelente porta de entrada.
Então… vale a pena?
Depende do seu objetivo. Se o foco é enriquecer, esquece. Mas se você quer entender mais sobre criptomoedas, blockchain e mineração sem gastar muito, essas máquinas são um prato cheio para aprender brincando — e quem sabe, com muita sorte, até levar um bloco de Bitcoin no futuro.