Obra suíça atravessa os Alpes com tecnologia avançada, dois tubos paralelos, segurança reforçada e transformou a mobilidade entre o norte e o sul da Europa.
A engenharia moderna transformou a forma como as pessoas e as mercadorias se deslocam pelo continente europeu. Entre arranha-céus, pontes e viadutos impressionantes, um projeto em especial se destaca por sua grandiosidade: o Túnel de Base de São Gotardo, na Suíça. Com 57,1 quilômetros de extensão, ele é considerado o túnel ferroviário mais longo do mundo.
Uma obra que atravessa os Alpes
O túnel cruza os Alpes Suíços de ponta a ponta. Ele possui dois tubos paralelos, cada um com uma linha ferroviária própria, conectados por passagens de segurança distribuídas a cada 325 metros. No total, o projeto inclui cerca de 152 quilômetros de galerias e conexões subterrâneas.
O início da construção ocorreu em 1999, depois de anos de estudos e perfurações exploratórias. O primeiro grande marco veio em 2010, quando as equipes celebraram o encontro das escavações do tubo leste. Já em 2011, foi a vez do tubo oeste ser concluído.
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A inauguração oficial aconteceu em junho de 2016, marcando o início de uma nova era para o transporte europeu.
Profundidade e desafios extremos
Em alguns trechos, o túnel chega a estar sob 2.450 metros de rocha, o que o torna também o mais profundo já construído. Essa condição exigiu tecnologia avançada para lidar com pressão, calor e ventilação. Além disso, milhares de trabalhadores participaram da obra, que exigiu um planejamento meticuloso e soluções inéditas em engenharia.
Velocidade e eficiência no transporte
O Túnel de Base de São Gotardo permite que trens de passageiros operem a 200 km/h, com capacidade técnica de até 250 km/h. Já os trens de carga circulam a velocidades menores, mas com segurança garantida pelos sistemas modernos de monitoramento e proteção contra incêndios.
A nova rota reduziu em cerca de uma hora o tempo de viagem entre Zurique e Milão, beneficiando tanto turistas quanto o comércio.
O impacto logístico e econômico é significativo, já que a Suíça ocupa posição estratégica no corredor que liga o norte ao sul da Europa.
Mais do que um recorde, o túnel suíço representa inovação, integração e eficiência. Ele mostra como a engenharia pode superar barreiras naturais e oferecer soluções de mobilidade que conectam países, economias e pessoas em grande escala.