Em nova rodada de conversas, a Casa Branca sinaliza que pode rever sanções e o tarifaço de 50% sobre produtos brasileiros em troca de acesso a minerais críticos, mudanças em regras de plataformas digitais e redução de barreiras em setores como etanol, automóveis e audiovisual, enquanto Brasília tenta equilibrar contrapartidas, proteção industrial e soberania sobre recursos estratégicos
A discussão sobre o tarifaço de 50% reacendeu após Donald Trump afirmar que está pronto para “começar a fazer negócios” com o Brasil e colocar na mesa o acesso a minerais críticos e estratégicos. O Planalto admite negociar, mas condiciona qualquer avanço a contrapartidas concretas, como investimentos produtivos e transferência de tecnologia em cadeias de alto valor agregado.
Em paralelo, o governo brasileiro busca eliminar sanções aplicadas a cidadãos brasileiros e reverter sobretaxas que afetam exportadores locais. O recado é pragmático: haverá conversa sobre mineração, plataformas digitais, etanol e automóveis, mas sem abrir mão de prioridades domésticas e do diálogo com o setor privado antes de fechar termos sensíveis.
O que está na mesa e por que isso importa

Conforme O Globo, Washington acena com a possibilidade de rever o tarifaço de 50% e aliviar sanções se o Brasil viabilizar acesso competitivo a matérias-primas como lítio, cobre, silício, grafita e terras-raras.
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O objetivo americano é reforçar cadeias de suprimento em energia renovável, mobilidade elétrica, defesa e alta tecnologia, reduzindo dependências globais.
Do lado brasileiro, a estratégia é negociar com cálculo. Abrir acesso sem capturar tecnologia e investimentos pode cristalizar o papel de mero fornecedor de insumos.
A sinalização do Planalto é atrelar concessões a compromissos verificáveis de industrialização local, P&D e conteúdo nacional, evitando que o fim do tarifaço de 50% vire um ganho só de curto prazo.
Minerais críticos: acesso, governança e contrapartidas
A pressão por minerais envolve volumes, prazos e governança ambiental.
O Brasil quer garantias de que novos projetos respeitem licenciamento, rastreabilidade e regras socioambientais, além de parcerias industriais que internalizem etapas de beneficiamento e fabricação de componentes.
Para destravar o tarifaço de 50% com benefícios duradouros, o desenho do acordo pode incluir zonas de processamento, metas de agregação de valor e formação de fornecedores locais.
Sem isso, o risco é ampliar a exportação de bruto e perder a janela para consolidar uma cadeia tecnológica no país.
Tarifas, sanções e o custo de oportunidade
Além dos minerais, há sanções a cidadãos brasileiros que entram no pacote de negociação. Brasília quer previsibilidade para empresas e pessoas físicas, reduzindo o risco jurídico.
Em troca, os EUA buscam sinais de alinhamento em temas de comércio e regulação digital.
O tarifaço de 50% gera custo de oportunidade para exportadores brasileiros ao encarecer o acesso ao mercado americano.
Zerar ou reduzir essa sobretaxa pode reabrir contratos e melhorar margens, desde que não implique concessões desproporcionais em setores estratégicos.
Setores sensíveis: etanol, bebidas e audiovisual
Washington quer redução da tarifa de importação do etanol, hoje em 18%, e questiona alíquotas de IPI para bebidas como uísque em comparação com cachaça, além da burocracia para vinhos.
Para o Brasil, mexer nessas travas toca interesses regionais e fiscais, exigindo cálculo fino para não desorganizar cadeias internas.
No audiovisual, os Estados Unidos consideram excessiva a tributação sobre produções estrangeiras e pedem mais espaço na TV.
O governo brasileiro trata com cautela e pode até elevar encargos se não houver convergência. O dilema é estimular o mercado sem fragilizar a indústria local nem limitar políticas culturais.
Compras governamentais, usados e barreiras técnicas
Entram na pauta compras públicas, mercado de usados como pneus e equipamentos médicos, e transparência regulatória para calçados e vestuário.
Os EUA também criticam exigências da Anatel para telecom, além de levantar satélites, dados e patentes farmacêuticas como pontos de fricção.
Para destravar o tarifaço de 50% sem abrir flancos, o Brasil tenta harmonizar regras onde fizer sentido e preservar salvaguardas técnicas em setores sensíveis à segurança, saúde e concorrência.
Flexibilizar de forma cega pode transferir poder de mercado e prejudicar inovação local.
Plataformas digitais, Pix e propriedade intelectual
A Casa Branca quer discutir regulação de grandes plataformas e cita o Pix em meio às preocupações com meios de pagamento.
A posição brasileira é defender que o Pix não distorce a competição, ao mesmo tempo em que avança em regras de proteção de dados e segurança.
No eixo propriedade intelectual, os EUA cobram celeridade em patentes.
O desafio é destravar filas sem comprometer acesso a medicamentos e políticas de saúde pública. Equilíbrio regulatório é a palavra-chave para evitar assimetrias.
Quem conduz e quais são os próximos passos
No front político, Trump e Lula mantiveram o diálogo focado em economia e comércio e definiram coordenação com o secretário de Estado americano, Marco Rubio, para tocar as negociações.
Diplomatas brasileiros reforçam que não haverá decisão sem ouvir o setor privado e mapear impactos regionais.
Os próximos encontros devem detalhar listas de concessões e exigências.
O ritmo da negociação será ditado pela capacidade de transformar promessas em compromissos executáveis, com prazos, métricas e mecanismos de revisão que reduzam incerteza para empresas e trabalhadores.
A equação é clara: como trocar o fim do tarifaço de 50% por acesso a minerais sem rebaixar o papel do Brasil nas cadeias tecnológicas.
Vale aceitar cortes tarifários em etanol e audiovisual em troca de investimento e transferência de tecnologia em baterias e semicondutores.



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