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Trump e o comércio global: As 4 decisões de 2025 que afetam o Brasil e a economia, além das tarifas de café e cacau, impactando exportações

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 12/09/2025 às 00:12
Trump e o comércio global em 2025 impõem tarifas de 50% sobre café e cacau, atingindo o Brasil. Donald Trump usa a Seção 301 para pressionar economia e política externas brasileiras.
Trump e o comércio global em 2025 impõem tarifas de 50% sobre café e cacau, atingindo o Brasil. Donald Trump usa a Seção 301 para pressionar economia e política externas brasileiras.
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As tarifas de 50% sobre café e cacau impostas por Donald Trump em 2025 expõem o Brasil a riscos comerciais e políticos, afetando setores estratégicos da economia.

A disputa entre Trump e o comércio global ganhou novo capítulo em julho de 2025, quando os Estados Unidos abriram uma investigação formal contra o Brasil com base na Seção 301 da Lei do Comércio de 1974. Segundo reportagem da Exame, a justificativa oficial foi a adoção de práticas consideradas desleais, com impacto em setores como café, cacau e etanol.

O processo pode durar até 12 meses e já resultou no anúncio de tarifas adicionais de até 50% sobre produtos brasileiros, incluindo commodities agrícolas essenciais. A medida, além de econômica, carrega componente político: Trump condiciona a evolução das negociações ao desfecho do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, ampliando a pressão diplomática sobre Brasília.

Quem defende e quem ataca o café e o cacau brasileiros

Na audiência realizada em 3 de setembro de 2025 em Washington, cerca de 40 empresas e entidades dos dois países expuseram suas posições.

Do lado brasileiro, representantes de Embraer, WEG, Portobello America, CNI, Amcham e Fiesp buscaram desmistificar acusações, como suposto descontrole do desmatamento e distorções causadas pelo Pix.

Nos Estados Unidos, a divisão ficou evidente.

A National Coffee Association (NCA) e a US Chamber of Commerce defenderam o Brasil, alegando que não há alternativa em escala ao café brasileiro, o maior do mundo.

Já entidades como a National Pork Producers Council e a National Corn Growers Association pediram sanções pesadas, afirmando que o câmbio brasileiro desvalorizado permite absorver tarifas sem perder competitividade.

As 4 decisões de 2025 que mudam o jogo

Segundo a Exame, quatro pontos centrais definem a atual ofensiva americana:

Tarifas de 50% sobre café e cacau, produtos que sustentam cadeias inteiras de exportação no Brasil.

Investigação da Seção 301, que pode ampliar barreiras a carne, etanol, madeira e algodão.

Condicionamento político, com Trump vinculando tarifas ao andamento do julgamento de Jair Bolsonaro.

Pressão geopolítica, que transforma comércio em arma de barganha eleitoral e diplomática nos EUA.

Essas decisões ampliam o risco de perda de mercados, não apenas para o agronegócio, mas também para setores industriais estratégicos como aviação e energia.

Por que a disputa vai além da economia

O elemento mais explosivo é a mistura entre comércio e política.

Trump sinalizou que a Justiça brasileira terá papel no futuro das tarifas, criando precedente perigoso: sanções comerciais usadas como moeda de troca em negociações políticas internacionais.

Esse movimento lembra a guerra comercial iniciada em 2018 entre EUA e China, também baseada na Seção 301.

Agora, porém, o alvo é o Brasil, principal fornecedor de commodities agrícolas para o mercado americano, o que aumenta a imprevisibilidade para produtores e exportadores.

Vale a pena para o Brasil resistir?

As consequências já preocupam analistas.

O agronegócio, responsável pelo superávit da balança comercial, pode perder bilhões em exportações.

O setor industrial, por sua vez, teme que a crise ultrapasse as fronteiras do campo e afete empresas como Embraer e WEG, citadas nas audiências.

Ainda assim, há espaço para negociação.

As 258 manifestações enviadas à USTR até agora mostram divisão no próprio mercado americano. Enquanto alguns setores pedem punições, outros alertam para o risco de desabastecimento.

O futuro das exportações brasileiras dependerá da capacidade de Brasília em manter diálogo técnico e evitar que a disputa se transforme em um impasse duradouro.

As tarifas sobre café e cacau mostram que o Brasil entrou de vez na arena geopolítica do comércio mundial.

Você acredita que o país deve resistir às pressões de Trump ou negociar concessões para preservar o mercado? Já sentiu os efeitos dessas medidas no seu setor ou região? Deixe sua opinião nos comentários — queremos ouvir quem vive essa realidade no dia a dia.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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