Greve foi aprovada em assembleia após rejeição de proposta de 5,05% da Fiesp; trabalhadores da Embraer pedem reajuste de 11% e benefício de R$ 1 mil.
Os trabalhadores da Embraer em São José dos Campos iniciaram uma greve nesta quarta-feira, 17 de setembro de 2025, segundo o portal Terra. A paralisação ocorreu na fábrica da Avenida Faria Lima, sede da fabricante de aviões, após assembleia que rejeitou a proposta patronal de 5,05% de reajuste salarial. O movimento, organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos, exige 11% de aumento, além de vale-alimentação de R$ 1 mil e assinatura da convenção coletiva.
A decisão já vinha sendo amadurecida desde 9 de setembro, quando os funcionários aprovaram o aviso de greve em assembleia anterior. A categoria considerou insuficiente a oferta feita pela Fiesp, entidade que representa o setor aeronáutico nas negociações. O clima de insatisfação se consolidou com a manutenção de uma proposta considerada aquém das perdas inflacionárias e de novas cláusulas que reduziam a proteção trabalhista.
O impasse nas negociações
A principal divergência está na diferença entre o que pedem os trabalhadores e o que oferece a patronal.
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De um lado, o Sindicato dos Metalúrgicos cobra 11% de reajuste, argumentando que a inflação corroeu salários e que o setor aeronáutico passa por um momento de retomada econômica.
De outro, a Fiesp apresentou proposta de 5,05%, limitada à reposição inflacionária, sem aumento real de salário.
Outro ponto de atrito foi a tentativa de reduzir a estabilidade no emprego para acidentados e trabalhadores com doenças ocupacionais.
Hoje, a proteção se estende até a aposentadoria, mas a proposta apresentada restringia esse direito, o que aumentou a rejeição por parte dos funcionários.
Mobilização na fábrica
Na manhã desta quarta-feira, o pátio da fábrica foi ocupado por centenas de empregados que cruzaram os braços.
O sindicato destacou que a decisão pela greve foi unânime e reflete o descontentamento geral com as condições propostas.
Para a entidade, trata-se de uma luta não apenas por reajuste salarial, mas também pela manutenção de direitos conquistados historicamente.
O portal Terra informou que a Embraer ainda não se manifestou oficialmente sobre o movimento.
A expectativa é de que a paralisação pressione a empresa e a Fiesp a reabrirem negociações, já que a greve pode impactar diretamente a produção e os prazos de entrega da fabricante.
O que está em jogo
Segundo o sindicato, a reivindicação de vale-alimentação de R$ 1 mil busca compensar a alta no custo de vida, especialmente com alimentação, um dos itens que mais pesam no orçamento das famílias.
Já o índice de 11% de reajuste é defendido como forma de recuperar perdas acumuladas e garantir poder de compra dos trabalhadores.
No entanto, a postura da patronal sugere que o impasse pode se prolongar.
Se não houver avanço, a greve tende a se intensificar, ampliando o desgaste entre a Embraer, os empregados e a representação sindical.
A paralisação dos trabalhadores da Embraer em São José dos Campos coloca em evidência a disputa por reajuste justo e pela preservação de benefícios trabalhistas.
Com demandas que vão além da reposição inflacionária, a mobilização revela o peso das negociações coletivas em setores estratégicos da indústria nacional.
E você, o que pensa sobre essa paralisação? Acha que a reivindicação de 11% e vale-alimentação de R$ 1 mil é justa diante do cenário econômico atual? Ou acredita que a proposta da Fiesp reflete os limites do setor? Compartilhe sua opinião nos comentários — sua visão pode enriquecer o debate sobre o futuro das relações de trabalho no Brasil.


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