O lançamento do submarino brasileiro Tonelero (S-42) reflete o fortalecimento da defesa marítima do Brasil e a consolidação de parcerias tecnológicas internacionais.
O Tonelero (S-42), um submarino brasileiro de propulsão diesel-elétrica, será lançado em Itaguaí, Rio de Janeiro no dia 27 de março, marcando um momento histórico na indústria de defesa do Brasil. Como parte do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), esta iniciativa, fruto da colaboração Brasil-França desde 2008, destaca-se pela transferência de tecnologia e fortalecimento da capacidade naval do país.
Espera-se que o lançamento, agendado para 27 de março, conte com a presença de figuras de destaque como o Presidente do Brasil, e o Presidente da França, Emmanuel Macron. A primeira-dama do Brasil, será a madrinha do submarino, simbolizando o papel do Tonelero na salvaguarda da soberania nacional e da Amazônia Azul.
Tonelero (S-42): o novo submarino brasileiro
O Tonelero (S-42) é a terceira embarcação do tipo S-BR, construída integralmente no país, destacando-se não só pela capacidade defensiva, mas também pelo impulso ao desenvolvimento tecnológico e econômico brasileiro. Após o lançamento, o submarino passará por testes rigorosos, seguindo os passos de seus antecessores, o Riachuelo e o Humaitá.
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O cronograma do PROSUB sofreu atrasos, influenciados por desafios globais como a pandemia de COVID-19, mas o avanço representa um marco significativo. A adição do Tonelero, submarino brasileiro, à frota da Marinha do Brasil é uma resposta estratégica às necessidades atuais de defesa, em um contexto onde a renovação da frota se tornou imperativa, especialmente após a desativação dos submarinos Timbira e Tamoio.
O Tonelero (S-42) não é apenas um testemunho da capacidade industrial e tecnológica do Brasil, mas também um componente vital para a estratégia de defesa e segurança marítima do país, evidenciando o compromisso com a proteção de suas águas e territórios.
O que é o Prosub?
O Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) representa um marco significativo na defesa e na indústria naval brasileira. Criado em 2008 como uma parceria estratégica entre o Brasil e a França, o Prosub tem como objetivo desenvolver e fortalecer a capacidade naval do Brasil. Esta iniciativa engloba a construção de quatro submarinos convencionais e um de propulsão nuclear, reforçando a posição do Brasil como uma potência naval emergente na América Latina.
Os criadores do Prosub, governos brasileiro e francês, colaboraram para estabelecer um programa que não só reforça o arsenal marítimo do Brasil mas também impulsiona a indústria naval com a transferência de tecnologia e know-how. Os submarinos convencionais, inspirados na classe Scorpène francesa, são adaptados às necessidades brasileiras, incluindo maior capacidade de combustível e autonomia para patrulhas prolongadas.
O aspecto mais ambicioso do Prosub é o desenvolvimento de um submarino brasileiro nuclear, um feito tecnológico que destaca a capacidade de inovação e independência do país no cenário naval internacional. O envolvimento da França no programa vai além do fornecimento de tecnologia, englobando um processo educativo e colaborativo, onde engenheiros e técnicos brasileiros são treinados e participam ativamente na construção e desenvolvimento dos submarinos.
Quantos submarinos o Brasil precisa ter?
O Brasil, com sua extensa linha costeira e valiosos recursos offshore, como as vastas jazidas de petróleo, necessita reforçar sua capacidade defensiva marítima. Othon Luiz Pinheiro da Silva, uma figura proeminente no setor nuclear brasileiro, sugere que o país precisa de pelo menos seis submarinos nucleares para uma defesa robusta. Essa quantidade é considerada essencial para patrulhar e proteger eficientemente a costa brasileira e suas riquezas naturais.
Em termos financeiros, a construção de submarinos representa um investimento significativo. Um submarino nuclear tem um custo estimado de aproximadamente US$ 1,5 bilhão, destacando a complexidade e a tecnologia avançada necessárias para sua operação. Em contraste, um submarino convencional, ainda uma peça crucial para a marinha, tem um custo aproximado de US$ 600 milhões.
O Brasil, através do Prosub, planeja adicionar à sua frota quatro submarinos brasileiros convencionais e um nuclear. O investimento para os quatro convencionais gira em torno de 100 milhões de euros, uma cifra que reflete a magnitude do compromisso financeiro do país com sua segurança marítima e defesa nacional. Esses investimentos são fundamentais para o Brasil alcançar a autonomia em sua defesa e para garantir a proteção de seus interesses nacionais e recursos naturais.