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Está vazando? Veja essencialidade da água de lastro, um mecanismo fundamental para garantir a estabilidade dos navios durante suas viagens, inclusive quando navegam sem carga

22 de março de 2024 às 16:57
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Está vazando? Veja essencialidade da água de lastro, um mecanismo fundamental para garantir a estabilidade dos navios durante suas viagens, inclusive quando navegam sem carga
Foto: Divulgação/água de lastro

Como a água de lastro é fundamental para manter a estabilidade dos navios durante suas viagens, detalhando o processo de ajuste do peso e do centro de gravidade da embarcação, além de abordar os desafios ambientais associados à transferência de organismos marinhos entre ecossistemas.

Os navios, responsáveis por cerca de 80% do comércio global de cargas, frequentemente navegam com espaços vazios. Países como a China, que exportam mais do que importam, resultam em um significativo número de contêineres vazios retornando. A solução para essa aparente ineficiência é a água de lastro, essencial para a segurança e estabilidade dos navios.

O termo ‘lastro’ em holandês significa carga inútil, mas, paradoxalmente, a água de lastro é tudo menos inútil. Ela é crucial para manter a estabilidade do navio, prevenindo o capotamento durante as viagens. Navios porta-contêineres, plataformas petrolíferas e até submarinos dependem deste sistema para manter o equilíbrio em alto mar.

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Mecanismo de funcionamento da água de lastro em navios

A água de lastro é armazenada em tanques internos, ajustando o centro de gravidade do navio e garantindo sua estabilidade. Esta prática é especialmente importante quando as embarcações descarregam cargas, pois compensa a perda de peso e mantém o equilíbrio estrutural. Em casos extremos, como com o navio El Faro em 2015, a falta de gestão adequada da água de lastro resultou em tragédia.

Transportar água de lastro entre diferentes regiões marítimas pode introduzir espécies invasoras, afetando ecossistemas locais. Para mitigar isso, medidas como tratamento da água de lastro, filtragem e radiação ultravioleta são adotadas para evitar a disseminação de organismos estrangeiros.

Evolução e tecnologia

Desde rochas e areia até o uso de água, o conceito de lastro evoluiu significativamente. Hoje, os navios estão equipados com tanques de lastro avançados, permitindo uma gestão precisa do peso e da estabilidade.

A água de lastro não é apenas uma carga inútil, mas um componente crucial para a segurança e eficiência dos navios no comércio global. À medida que a indústria naval avança, a gestão da água de lastro continua a ser uma área de foco para otimizar a performance marítima e proteger os ecossistemas aquáticos.

O que aconteceu com o navio El Faro em 2015?

O que aconteceu com o navio El Faro em 2015?

O naufrágio do navio El Faro em outubro de 2015, durante o furacão Joaquim, serve como um doloroso lembrete da importância da gestão da água de lastro e da segurança marítima. Este navio, que zarpou de Jacksonville rumo a San Juan, encontrou seu trágico fim devido a uma série de falhas críticas, apesar de ter sido inspecionado e considerado estável antes de partir.

O capitão Michael Davidson, embora ciente do furacão, não desviou o navio de forma adequada da trajetória da tempestade, levando-o a enfrentar condições meteorológicas extremas. A perda de propulsão e o subsequente adernamento em águas turbulentas destacaram falhas significativas no gerenciamento da embarcação, especialmente na gestão da água de lastro, que poderia ter oferecido mais estabilidade em tais condições adversas.

Entrada de água em um dos porões de carga

Conforme o furacão se intensificava, o El Faro começou a enfrentar problemas graves, incluindo a entrada de água em um dos porões de carga, agravada pela falha do motor principal. A incapacidade de controlar a situação e o adernamento crescente evidenciaram a vulnerabilidade do navio diante de um desastre natural potente.

A investigação conduzida pelo National Transportation Safety Board (NTSB) apontou múltiplas falhas, incluindo decisões inadequadas do capitão, gerenciamento ineficaz da tripulação, sistemas de segurança falhos da operadora TOTE Maritime e insuficiências estruturais do navio. A ausência de um plano de controle de danos efetivo e a inadequação dos equipamentos de salvamento exacerbaram as fatalidades.

Este incidente sublinha a importância crítica da água de lastro na manutenção da estabilidade do navio e reforça a necessidade de protocolos de segurança marítima rigorosos, planejamento de emergência adequado e equipamentos de salvamento confiáveis para prevenir tais tragédias no futuro.

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