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Localização SP Tempo de leitura 3 min de leitura

TIL, da MSC, planeja investimentos bilionários em terminais portuários do Brasil, incluindo o STS-10 em Santos

Escrito por Junior Aguiar
Publicado em 15/07/2022 às 10:29
Atualizado em 22/07/2022 às 09:34
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Empresa busca expandir a carteira de negócios no Brasil e, ainda, deverá participar da concorrência nos processos de desestatização

Empresa esteve reunida com representantes do Ministério da Infraestrutura na França e afirmou que pretende investir R$ 10 bi, sendo pelo menos metade em participação de leilões

O diretor de investimentos da Terminal Investment Limited (TiL), Patrício Junior, e o ministro da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, estiveram reunidos no último final de semana em Paris, na França, durante um evento corporativo que a pasta está promovendo na Europa. O objetivo do road show é atrair investidores internacionais para projetos de desestatizações em curso no Brasil. E uma boa notícia para terminais portuários será trazida, aumentando ainda mais as expectativas do governo quanto à privatização do Porto de Santos.

O diretor investimentos da TiL, Patricio Junior, afirmou que a empresa projeta realizar investimentos no Brasil que somam R$ 10 bilhões nos próximos cinco anos. O embaixador do Brasil na França, o diplomata Luís Fernando Serra, esteve presente e testemunhou a promessa.

De acordo com Patricio Junior, dos R$ 10 bilhões, metade destinados a projetos nas administradoras de terminais portuários Portonave, na cidade de Navegantes em Santa Catarina; na BTP, em Santos (SP), e na Multiterminais, no Rio de Janeiro. Os outros R$ 5 bilhões, ainda segundo o executivo TIL, é custear projetos que estão em processo de licitação do Ministério da Infraestrutura.

Assim, a empresa busca expandir a carteira de negócios no Brasil e, ainda, deverá participar da concorrência nos processos de desestatização na área de terminais portuários que estão ocorrendo, inclusive do STS-10, o megaterminal de contêineres em Santos (SP), onde a empresa já opera e por isso é temida por possivelmente promover uma “concentração de mercado”.

Na imagem: Patrício Junior, ministro Marcelo Sampaio e embaixador Luís Fernando Serra

Direito de concorrência e geração de empregos

Várias associações que representam empresas de terminais portuários no Brasil defendem a restrição de
grandes concorrentes internacionais que já atuam no Brasil nos leilões do setor, e isso tem causado polêmica: barrar ou não barrar?

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O STS-10 será o maior terminal portuário de contêineres já licitado no Brasil, com uma área de mais de 600 mil metros quadrados. A expectativa é de que o espaço tenha capacidade para concentrar e movimentar 2 milhões de TEUs ao ano.

O próprio governo já teria tentado restringir a participação da Brasil Terminal Portuário, controlada pela TIL, além da Maersk, maior operadora de contêineres do planeta, para que não houvesse concentração de mercado, já que essas duas já atuam no local.

Mas em recente decisão, o Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade) negou cautelar que pedia a restrição e deixou claro que há medidas de controle pós leilão que devem ser aplicadas em caso de risco concorrencial e de concentração.

As medidas devem estar previstas no edital e no futuro contrato de concessão. O Governo Federal planeja o leilão do STS-10 em Santos para o quarto trimestre de 2022, sendo o edital divulgado até setembro.

O diretor de investimentos da TiL, Patricio Junior, defende que os investidores não podem ser punidos por “possibilidades”. E que há de se ter uma regulação que chama de madura, responsiva e capaz de espelhar no Brasil as melhores práticas adotadas no mercado internacional.

“Queremos ter a oportunidade de concorrer. Afinal, estamos levando para o Brasil investimentos para melhoria de setor que é fundamental para o Desenvolvimento do país”, diz Patrício Junior. Já criamos ao longo de duas décadas mais de 10 mil empregos e vamos criar mais. Participamos do desenvolvimento das regiões onde estão instaladas as nossas empresas”, coloca.

O executivo ainda subiu a moral dos representantes do governo ao dizer que “no Brasil estão sendo criadas boas oportunidades de investimentos. As políticas implementadas para o setor de infraestrutura são muito bem formuladas e amparadas tecnicamente, além da facilidade de movimentação de capitais, o que é mais um atrativo aos investidores internacionais”, diz.

Junior Aguiar

Jornalista, formado pela Universidade Católica de Pernambuco | Produtor de conteúdo web, analista, estrategista e entusiasta em comunicação.

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