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Thiago Tcar detalha quanto custa ter um barco de 60 pés — R$ 9,5 mil de marina, R$ 10 mil de marinheiro e R$ 40 mil de combustível por viagem

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 09/10/2025 às 10:02
Tcar revela no podcast “Irmãos Dicas” quanto custa manter um barco de luxo: R$ 9,5 mil de marina, R$ 10 mil de marinheiro e R$ 40 mil
Tcar revela no podcast “Irmãos Dicas” quanto custa manter um barco de luxo: R$ 9,5 mil de marina, R$ 10 mil de marinheiro e R$ 40 mil
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No podcast “Irmãos Dicas”, Thiago Tcar revelou o verdadeiro peso financeiro de ter um barco de 60 pés, detalhando gastos mensais com marina, marinheiro, combustível e manutenção que transformam o luxo em dor de cabeça

Nos bastidores do podcast “Irmãos Dicas”, o empresário Thiago Tcar abriu o jogo sobre um dos símbolos mais caros da ostentação: o barco próprio. Ele contou que já teve duas embarcações — uma de 38 pés e outra de 60 pés — e que, segundo ele, ter barco “é coisa para quem é rico de verdade”, porque os custos fixos e variáveis se acumulam de forma impressionante, mesmo para quem fatura alto.

“Minha empresa faturou 100 milhões, e ainda assim não fazia sentido ter barco”, disse. “É desaforo pro dinheiro.”

Custos fixos que não param de crescer

Thiago detalhou o que significa manter uma embarcação de grande porte no Brasil. O primeiro gasto fixo é com o marinheiro: “Eu pagava 4,5 mil reais de salário, com carteira assinada, CLT, porque senão você toma uma trabalhista. E, com os impostos, isso virava quase 10 mil reais.

A despesa seguinte é a marina — o local onde o barco fica guardado.

Segundo ele, para manter sua lancha de 60 pés em uma marina considerada boa, pagava R$ 9.500 mensais para deixá-la “no seco”, ou seja, fora da água quando não estava em uso. “Só aí já dava quase 20 mil reais por mês”, recorda.

Mas o gasto não para por aí. Sempre que o barco precisa ser colocado na água, há uma taxa extra de descida cobrada pela marina. E, por conta do tamanho da embarcação, era necessário contratar um ajudante além do marinheiro principal.

Esse ajudante custava uns 300 reais por dia, e geralmente eu usava de sexta a domingo, ou seja, quase mil reais a mais por fim de semana”, explicou.

Seguro, combustível e imprevistos

Thiago também lembrou que o seguro é obrigatório para um barco desse porte, já que ele envolve um patrimônio avaliado em milhões de reais. O valor anual era de cerca de R$ 20 mil.

E o combustível, segundo ele, é uma das maiores despesas: “Pra encher o tanque de um barco como o meu, com dois motores a diesel, eram R$ 15 mil. Se eu fosse de Guarujá até Angra, tinha que encher de novo quando estava chegando lá. Só de combustível dava 40 mil reais numa viagem de ida e volta.

Mesmo quando navegava apenas até praias próximas, um tanque durava, no máximo, um fim de semana e meio. E isso sem contar imprevistos. “Se quebrar qualquer coisa, é cinco mil reais pra cima. Tudo em barco é caro”, afirmou.

O custo invisível do lazer

Além dos custos técnicos, há também as despesas de lazer — as que tornam o passeio prazeroso, mas que rapidamente se somam ao total. Thiago exemplificou com uma típica saída de fim de semana: “Você convida um casal de amigos, leva a esposa, a filha, a babá. Faz uma compra com carne, bebida, whisky, cerveja, tudo bonitinho — mais cinco mil reais.

Durante o passeio, ele contou que era comum pedir comida diretamente para restaurantes locais: “Você liga, eles mandam um barquinho com o pedido, e aí é mais mil reais por dia, fácil.”

Quando a diversão termina, começam os custos de limpeza: “Tem que mandar lavar a roupa de cama das três suítes do barco. Só isso, 800 reais. E se quebrar alguma coisa, é mais cinco mil. É um negócio sem fim”, resumiu.

Depreciação e valor de revenda

Apesar de todos os custos, Thiago explicou que a depreciação dos barcos é diferente da dos carros. “O barco depende das horas de uso, que são como a quilometragem. Se você tem poucas horas, consegue manter o preço e até ganhar um pouco na revenda, porque não tem tanta oferta. Não é como carro, que tem em toda loja.

Ainda assim, ele reforçou que o barco é um ativo que exige fluxo constante de dinheiro. “Parece que você abre uma torneira e o dinheiro vai escorrendo”, disse.

Da euforia ao arrependimento

Thiago contou que a sensação inicial de ter um barco era de vitória: “Na sexta-feira, quando eu olhava pro barco, pensava: ‘Venci na vida’. É uma imponência, uma coisa de dono de lancha.

Mas a empolgação se transformava em preocupação logo depois: “Na segunda-feira, quando eu via os boletos, eu pensava: ‘Vou quebrar’. De sexta eu era milionário, de segunda eu tava falido”, brincou.

O modelo de cotas: uma saída possível?

Durante a conversa, o apresentador comentou sobre o modelo de propriedade compartilhada, cada vez mais comum no sul do país.

Nesse sistema, quatro ou mais pessoas dividem o custo e o uso do barco. Thiago reconheceu que a prática existe e pode funcionar financeiramente, mas com ressalvas.

Você junta quatro caras, compra um barco de um milhão e meio, cada um dá 350 mil e faz um calendário de uso. Em teoria, é ótimo. Mas tem que estar muito bem alinhado, porque vai ter o cara que usa mais, o que usa pra festa, o que usa com a família. E aí começam os problemas.

Ele ilustrou a situação com um exemplo prático: “Você foi com a sua família, tava tudo novinho. Aí o outro vai no fim de semana seguinte, faz festa, risca a mesa, quebra alguma coisa. Quando você volta, já tá tudo deteriorado. Por isso, se não tiver alinhamento, não funciona.

O veredito de quem viveu a experiência

Ao final do relato, Thiago Tcar deixou claro que, embora o barco seja um símbolo de status e prazer, ele exige um bolso sem limites e disposição para lidar com a manutenção constante. “É um luxo que sangra o bolso. Eu me empolguei no começo, mas depois percebi que era só despesa. É um brinquedo caro demais.

Sua conclusão resume a visão de quem já navegou pelas águas da ostentação e voltou à realidade: “Ter barco é pra quem realmente não se preocupa com o dinheiro. Porque se você pensar, já deixou de ser diversão.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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