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Terra sem internet: mais de 100 trilhões de detritos espaciais ameaçam TV, GPS e comunicação global

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 03/12/2024 às 19:05
Terra sem internet: mais de 100 trilhões de detritos espaciais ameaçam TV, GPS e comunicação global
Com mais de 10.000 satélites e trilhões de fragmentos orbitando o planeta, cientistas alertam que a Síndrome de Kessler pode deixar a Terra sem internet, TV, telefone e previsão do tempo. (Imagem: Reprodução)

A Terra sem internet pode parecer um cenário de ficção científica, mas cientistas alertam que a Síndrome de Kessler torna isso uma ameaça real. Esse fenômeno, que descreve uma reação em cadeia de colisões entre detritos espaciais, pode inviabilizar a órbita terrestre e deixar o planeta sem tecnologias essenciais, como TV, GPS e telefonia.

Se você já assistiu ao filme Gravidade, estrelado por Sandra Bullock e George Clooney, pode ter tido uma prévia desse problema que a Terra pode enfrentar. No longa, uma nuvem de destroços espaciais destrói satélites e coloca astronautas em perigo. Embora dramático, o conceito do filme é inspirado em uma teoria proposta em 1978 pelos cientistas da NASA, Donald Kessler e Burton Cour-Palais.

A Síndrome de Kessler descreve um cenário em que o aumento de detritos em órbita gera colisões cada vez mais frequentes, criando ainda mais destroços e, eventualmente, tornando a órbita inutilizável. Esse acúmulo já é evidente: atualmente, mais de 10.000 satélites orbitam a Terra, junto com trilhões de fragmentos de equipamentos antigos.

O impacto de uma Terra sem internet

Atualmente, existem mais de 10.000 satélites orbitando a Terra, além de trilhões de fragmentos de detritos espaciais.
Atualmente, existem mais de 10.000 satélites orbitando a Terra, além de trilhões de fragmentos de detritos espaciais.

Se a Síndrome de Kessler se concretizar, os efeitos seriam devastadores. A Terra sem internet se tornaria uma realidade. Satélites de comunicação, responsáveis por Wi-Fi, chamadas telefônicas e TV, seriam destruídos. Sistemas de GPS, usados para navegação, agricultura e logística, parariam de funcionar.

Além disso, a ausência de satélites meteorológicos comprometeria a previsão do tempo, impactando setores como transporte e agricultura. Até dispositivos médicos, que dependem de satélites para comunicação, seriam afetados, prejudicando a saúde global.

“Quando a cascata de colisões começa, o risco para satélites e espaçonaves aumenta até que a órbita se torne inutilizável,” explica a NASA.

Podemos evitar a Síndrome de Kessler?

Os cientistas estão em busca de soluções. Uma das propostas é a reciclagem de detritos espaciais, transformando lixo orbital em materiais úteis para novas missões. Outra ideia é desorbitar objetos em desuso, deixando-os queimar na atmosfera – embora essa prática traga preocupações ambientais.

Agências como a ESA (Agência Espacial Europeia) já estão adotando medidas. A ESA pretende se tornar “neutra em detritos” até 2030, comprometendo-se a não gerar mais lixo espacial.

O futuro da humanidade em risco

A corrida contra o tempo para evitar que a Síndrome de Kessler se torne realidade é urgente. Caso falhemos, enfrentar uma Terra sem internet será apenas uma das consequências de um planeta desconectado e limitado pela destruição da órbita.

Embora as iniciativas de mitigação estejam em andamento, ainda há muito a ser feito. A humanidade agora depende de sua capacidade de inovar e colaborar para garantir que a Terra não mergulhe em um apagão digital e tecnológico sem precedentes.

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Claudio Dubas
Claudio Dubas(@claudio-dubas)
Trusted Member
08/12/2024 20:03

100 trilhões, rapaz está na casa de centena de milhões . Onde você chutou esse número estapafúrdio 🤣😂 a ESA diz algo em torno de 130 milhões.
Sugiro corrigir.

Rafaela Fabris

Fala sobre inovação, energia renováveis, petróleo e gás. Com mais de 1.200 artigos publicados no CPG, atualiza diariamente sobre oportunidades no mercado de trabalho brasileiro.

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