1. Início
  2. /
  3. / Termoelétrica na Bacia do Amazonas demandará investimentos bilionários
Tempo de leitura 3 min de leitura

Termoelétrica na Bacia do Amazonas demandará investimentos bilionários

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 31/05/2019 às 19:27

Sem categoria

A Eneva foi uma das vencedoras do Leilão para Suprimento a Boa Vista e Localidades Conectadas, realizado nesta sexta-feira, 31/05, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Um leilão do governo federal para viabilizar soluções de suprimento de energia a Roraima fechou nesta sexta-feira a contratação de uma potência nominal de 293,8 megawatts (MW), provenientes de nove empreendimentos que deverão demandar investimentos bilionários. A companhia vai desenvolver em Roraima o projeto termelétrico Jaguatirica II, de e 132,3 MW, movido a gás natural, e abastecido com o gás produzido pela Eneva no campo de Azulão, no Amazonas

A Eneva, cujas ações dispararam mais de 6 por cento após o leilão, vendeu no certame a produção futura da termelétrica Jaguatirica II, enquanto a Oliveira Energia viabilizou o projeto Monte Cristo, a óleo diesel, de 42 MW.

A BBF comercializou a produção de projetos que combinam biocombustível com biomassa e com radiação solar, com 17,6 MW e 56 MW, respectivamente. Já a Uniagro deverá implementar quatro projetos de biomassa com cavaco de madeira, cada um com 10 MW, enquanto a Enerplan também construirá uma usina de biocombustível e energia solar, de 11,5 MW.

O certame acontece em momento em que o Estado da região Norte não tem mais recebido importações de energia da Venezuela, dependendo de térmicas a diesel.

S24 ULTRA

KIT FERRAMENTAS - Black Friday

A Eneva disse que seu empreendimento, o de maior capacidade e investimento previsto entre os vitoriosos, deverá demandar um total de 1,8 bilhão de reais, sendo 40% em moeda estrangeira. Ela comercializou energia a um preço de referência de 798,17 reais por megawatt-hora, com receita fixa de 429,3 milhões por ano.

O campo de Azulão marca a expansão da atividade de exploração e produção da Eneva para além da Bacia do Parnaíba, reforça a expertise da companhia na operação de ativos em terra e em regiões no Norte e Nordeste do País.

“Após um ano de intenso trabalho, conseguimos desenvolver este projeto de alta complexidade, mas tão importante para o Amazonas, para Roraima e para o país”, disse o CEO da Eneva, Pedro Zinner.

Segundo ele a importância do projeto para o Amazonas é viabilizar a produção de Azulão, declarado comercial em 2004, inaugurando a fase produtora da Bacia do Amazonas.

A Eneva afirmou ainda que fechou contrato com a Techint para a construção da usina, enquanto equipamentos críticos da ilha de potência do projeto serão fornecidos pela Siemens.

A empresa ainda contratou equipamentos da Galileo Technologias para a implementação de uma planta de Gás Natural Liquefeito (GNL) que receberá cargas de GNL enviadas do campo de Azulão para abastecer a planta.

Os vencedores do leilão, que deverão iniciar o suprimento a partir de 28 de junho de 2021, são as elétricas Eneva e Oliveira Energia, além de BBF, Enerplan e Uniagro, segundo a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), responsável pela operação do certame.

Usiminas homologa aço específico para uso na energia solar

Tags
Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

Compartilhar em aplicativos