Solução que alia isolamento térmico, economia de energia e durabilidade conquista espaço em obras residenciais e comerciais brasileiras, marcando uma mudança no mercado de coberturas e despertando interesse por alternativas inovadoras.
No cenário atual da construção civil brasileira, a busca por soluções que aliem conforto, economia e sustentabilidade tem impulsionado o surgimento de novos materiais para coberturas.
Entre as alternativas mais procuradas, a telha sanduíche desponta como uma das principais apostas para quem deseja eficiência térmica, redução de custos com energia elétrica e modernidade no visual das edificações.
Dados recentes do setor apontam que o uso dessa tecnologia cresceu mais de 30% nos últimos cinco anos em obras residenciais e comerciais, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Telhas de Aço (ABITA).
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Mas afinal, por que a telha comum ficou para trás?
O que é telha sanduíche e quais suas vantagens?
Ao contrário das telhas convencionais de cerâmica, fibrocimento ou metálicas simples, a telha sanduíche é composta por três camadas: duas chapas metálicas e um núcleo isolante, feito de materiais como poliuretano (PU), poliisocianurato (PIR) ou poliestireno expandido (EPS).
Essa estrutura proporciona uma barreira eficiente contra a transferência de calor e ruídos, tornando o ambiente interno muito mais agradável em diferentes estações do ano.
O isolamento térmico garantido pelo núcleo da telha sanduíche pode resultar em uma diferença de até 24 °C na temperatura interna, se comparado ao uso de telhas comuns.
Estudos técnicos apontam que, em dias de calor intenso, enquanto um ambiente coberto por telhas tradicionais pode facilmente ultrapassar os 50 °C, imóveis que utilizam a telha sanduíche conseguem manter a temperatura próxima de 26 °C, favorecendo o conforto e a saúde dos ocupantes.
Economia de energia e conforto térmico: impactos reais no cotidiano
A possibilidade de manter a casa mais fresca traz impactos diretos no consumo de energia elétrica.
Com menos necessidade de ar-condicionado e ventiladores, a economia pode chegar a até 35% no valor da conta de luz, conforme levantamento da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgado em março de 2025.
Essa economia, somada à durabilidade do material, faz da telha sanduíche um investimento com retorno visível a médio e longo prazo.
Além da eficiência térmica, a telha sanduíche também se destaca pelo isolamento acústico, reduzindo significativamente a entrada de ruídos externos.
O conforto auditivo proporciona ambientes mais tranquilos, seja em residências, estabelecimentos comerciais ou mesmo galpões industriais, onde o barulho pode ser um problema recorrente.
Instalação prática e manutenção: agilidade e longa vida útil
A instalação da telha sanduíche é considerada rápida e simples, principalmente pela leveza do material.
Mesmo aparentando robustez, as chapas metálicas e o núcleo isolante facilitam o transporte e o encaixe no telhado.
Profissionais orientam que o sistema de fixação deve ser feito na parte alta da telha, utilizando parafusos especiais, anéis de borracha e fita veda rosca, garantindo estanqueidade e prevenindo infiltrações, que podem comprometer a estrutura e reduzir a vida útil da cobertura.
A durabilidade também é um ponto que chama atenção.
Quando instalada corretamente e submetida a uma manutenção preventiva — que consiste, basicamente, em limpezas periódicas para retirada de folhas, sujeira e resíduos metálicos —, a telha sanduíche pode ultrapassar 40 anos de uso, conforme fabricantes e pesquisas do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo.
Essa resistência a intempéries, corrosão e variações de temperatura contribui para a valorização do imóvel e menor necessidade de reformas futuras.
Modernidade e sustentabilidade: telha sanduíche acompanha tendências
Além do desempenho técnico, a telha sanduíche oferece acabamento moderno e variedade de cores, integrando-se bem a projetos arquitetônicos contemporâneos.
Seu uso está cada vez mais frequente não apenas em residências, mas também em comércios, escolas, hospitais e galpões, reforçando o apelo multifuncional do produto.
Outro aspecto relevante é a sustentabilidade.
Muitas fabricantes utilizam aço reciclado em suas chapas e núcleos com baixo índice de emissão de gases na produção.
O núcleo de poliuretano (PU), por exemplo, tem alta eficiência térmica e, quando produzido a partir de tecnologias limpas, apresenta menor impacto ambiental.
O poliisocianurato (PIR), por sua vez, além do isolamento térmico, oferece maior resistência ao fogo, sendo recomendado para edificações com exigências mais rigorosas de segurança.
Diferenças entre PU, PIR e EPS: entenda as opções de núcleo
A escolha do núcleo isolante interfere diretamente no desempenho da telha sanduíche.
O poliuretano (PU) destaca-se pelo alto isolamento térmico, sendo bastante usado em regiões de clima quente.
Já o poliisocianurato (PIR) é similar ao PU, porém apresenta maior resistência ao fogo e durabilidade ampliada, indicado para áreas industriais ou comerciais.
O poliestireno expandido (EPS) é uma alternativa econômica, com isolamento térmico inferior, mas ainda eficiente para projetos de menor porte.
É importante verificar sempre a procedência do material, pois há relatos de telhas sanduíche com núcleos de baixa densidade ou não certificados, que não entregam o desempenho prometido.
O consumidor deve exigir laudos e certificados de qualidade, além de contratar profissionais capacitados para a instalação, evitando dores de cabeça futuras.
Na sua visão, a telha comum realmente ficou no passado ou ainda tem espaço em projetos específicos? Você já considerou os benefícios da telha sanduíche na sua obra? Compartilhe sua experiência e opinião nos comentários.