Empresa da Suécia desenvolve tecnologia capaz de produzir ferro e aço a base de hidrogênio, podendo evitar a emissão de toneladas de CO2 na atmosfera e tornar o setor siderúrgico mais sustentável.
O projeto Hydrogen Breakthrough Ironmaking Technology (Hybrit), que teve início com foco na produção de ferro e aço com base em hidrogênio, está avançando com novos resultados. Este projeto pretende estabelecer uma cadeia de valor livre de fósseis desde a mina até o produto de aço já finalizado.
Novo ferro a base de hidrogênio conta com propriedades superiores
Testes realizados recentemente na planta e no laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento mostram que o ferro reduzido direto (DRI) com a tecnologia de hidrogênio gera um produto com propriedades e qualidade bastante melhoradas.
A tecnologia de ferro e aço à base de hidrogênio, livre de carbono, com redução do combustível gerado com a tecnologia Hybrit na planta piloto, é altamente metalizado e conta com propriedades de envelhecimento e mecânicas muito mais avançadas se comparadas com o ferro reduzido diretamente pelo gás redutor de base fóssil, como o gás natural.
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Segundo o CTO da SSAB e membro do conselho da Hybrit, Martin Pei, a empresa está muito satisfeita e orgulhosa pela consistência nos bons resultados e entusiasmados com as oportunidades que o ferro e o aço à base de hidrogênio podem disponibilizar para a transição verde da siderurgia. Devido aos anos de trabalho da equipe de pesquisa com foco nesta tecnologia, foi possível tornar mais acessível e eficiente o caminho com base em hidrogênio para descarbonizar a siderurgia.
Os avanços com a tecnologia podem reduzir as mudanças climáticas. Em junho de 2021, a iniciativa conseguiu gerar o primeiro ferro esponjoso reduzido diretamente com hidrogênio do mundo na planta piloto desenvolvida com o apoio da Agência Sueca de Energia.
Já em agosto do mesmo ano, a SSAB mostrou a primeira chapa de aço livre de combustíveis fósseis desenvolvida a partir de ferro esponjoso com redução de hidrogênio, também produzida na unidade piloto da empresa em Lulea, na Suécia.
União Europeia realiza investimentos milionários
O método se mostrou eficiente para descarbonizar a extração de ferro do minério na produção de aço e reverter as taxas atuais da crise climática, responsável por aproximadamente 7,2% das emissões mundiais de gases de efeito estufa.
O Fundo de Inovação da União Europeia contribuiu com 143 milhões de euros para este projeto.A empresa afirma que a UE poderia investir muito mais na tecnologia, para não perder mais terreno em relação aos concorrentes como a China e os EUA.
A empresa ressalta que não está interessada em uma guerra comercial com os EUA e não está interessada em realizar uma corrida para ver qual destes usa mais subsídios estatais.
Mineradora Vale também foca em geração de aço renovável
Em outubro do último ano, a Vale S.A e a siderúrgica alemã Stahi-Holding-Saar GmbH & Co. KGaA assinaram um memorando de entendimento para encontrar soluções com foco na produção de aço renovável.
Com o memorando já assinado, a Vale e a SHS planejam estudar e explorar diversas iniciativas como o uso do briquete verde de minério de ferro da Vale e pelotas de redução direta na siderurgia, uma fábrica de briquete localizada próxima às instalações da SHS e a tecnologia da Tecnored.
Segundo a mineradora, a iniciativa contribui para alcançar seu compromisso de redução de 15% das emissões líquidas de escopo 3 até 2035. Desde 2021, a Vale engajou cerca de 30 clientes siderurgistas, representando cerca de 50% das emissões de escopo 3 da empresa. Com o memorando, as empresas estão prontas para moldar a transição para uma produção verde. Desta forma, a produção de aço verde está prevista para ter início em 2027.