1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Tecnologia da NASA revoluciona baterias e cria modelo com vida útil de 30 anos
Tempo de leitura 3 min de leitura

Tecnologia da NASA revoluciona baterias e cria modelo com vida útil de 30 anos

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 19/05/2023 às 18:57
Tecnologia da NASA revoluciona baterias e cria modelo com vida útil de 30 anos
Foto: Divulgação

Empresa usa tecnologia da NASA para desenvolver baterias que duram 30 anos. Os componentes são recicláveis e podem contribuir com a sustentabilidade de vários setores.

A busca por fontes de energia mais eficientes e sustentáveis é um dos principais desafios enfrentados pela sociedade atualmente. Diante desse cenário, uma empresa inovadora surge com uma solução promissora: o desenvolvimento de baterias de longa duração, utilizando tecnologia da NASA.

Essas baterias revolucionárias têm a capacidade impressionante de durar até 30 anos, superando em muito a vida útil das baterias convencionais. Além disso, a empresa prioriza a sustentabilidade, utilizando componentes recicláveis em sua fabricação.

Com esse avanço tecnológico, espera-se que essas baterias contribuam significativamente para a sustentabilidade de diversos setores, oferecendo uma alternativa viável e ecologicamente correta para o armazenamento de energia.

Tecnologia da NASA pode desenvolver baterias que duram 30 anos

Uma empresa norte-americana está desenvolvendo uma nova tecnologia de bateria sustentável e duradoura para a Terra baseada na química e na engenharia que a NASA utiliza há mais de 40 anos para alimentar a Estação Espacial Internacional, o Telescópio Espacial Hubble e muito mais.

A companhia acredita que seus avanços podem substituir as baterias tradicionais a longo prazo. Segundo Jorg Heinemann, CEO da EnerVenue, sua tecnologia é muito mais segura do que as de íon de lítio.

A ideia por trás da tecnologia da empresa vem do trabalho realizado pelo professor da Universidade de Stanford, Yi Cui, que também é presidente do conselho e consultor-chefe de tecnologia da startup. Cui descobriu como adaptar a tecnologia de bateria de níquel-hidrogênio de longa duração da NASA para uso viável na Terra, utilizando materiais que reduzirão os custos de produção significativamente.

A tecnologia de bateria de níquel-hidrogênio da NASA é adequada para o espaço, visto que pode suportar as mais adversas condições, incluindo temperaturas extremas que mudam rapidamente.

As baterias que duram 30 anos são extremamente seguras, de acordo com o criador. Elas também podem ser recicladas por completo, não produzindo resíduos tóxicos, e sua química resulta em nenhum risco de incêndio.

EnerVenue resolve problemas encontrados na produção 

O único problema encontrado nas baterias que duram 30 anos está em trazer a tecnologia da NASA para a Terra, visto que o componente é muito caro de se produzir. Entretanto, a EnerVenue criou um método de produzir baterias de metal-hidrogênio a um custo reduzido e atendeu à alta demanda de concessionárias e geradores de energia. Segundo Heinemann, os navios de armazenamento de energia da empresa estão sendo instalados em locais de teste de serviços públicos nos Estados Unidos.

Esses locais servem para validar as reivindicações da EnerVenue e são precursores da integração em escala de rede. Paralelamente, a companhia está compartilhando para mercados industriais, incluindo clientes para operações marítimas, petróleo e gás, mineração e como substituto do diesel em aplicações com base em ilhas.

A empresa também anunciou recentemente seus planos de abrir uma Gigafactory de 1 milhão de pés quadrados nos EUA. O executivo afirma que a unidade produzirá suas baterias que duram 30 anos com tecnologia da NASA para navios de armazenamento de energia, com capacidade para mais de 30 mil ciclos de recarga cada. Estas podem ser armazenadas em racks e podem operar por até 30 anos.

Contribuição com uso de energia solar e eólica

A curto prazo, a EnerVenue enxerga sua tecnologia contribuindo na implantação de energia renovável intermitente, incluindo eólica e solar. Segundo o executivo, o armazenamento desempenha um papel essencial para garantir que o excesso de geração seja capturado e utilizado quando for preciso, resultando em uma mistura de energia menos intensiva em carbono e um suprimento de energia mais estável.

Essa estratégia faz com que a empresa use uma abordagem parecida com a Ad Astra, da Costa Rica, que também usa a experiência de seu fundador, Franklin Chang Díaz, ex-astronauta do ônibus espacial.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos