Se o Governo Federal desejasse terminar os obras do Comperj hoje, o gasto seria de cerca de R$ 200 bilhões, ou mais de 33 vezes o valor inicial, explicando a razão da Petrobras não querer continuar com o projeto da refinaria e manter apenas a UPGN. Esse foi um levantamento publicado pelo TCU no dia 07 de junho
Durante o ano de 2006, Luiz Inácio Lula da silva teria participado da inauguração do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), no Clube Mauá, que faria parte de um dos maiores complexos petroquímicos da Petrobras. No entanto, cerca de praticamente duas décadas depois do ocorrido, o Tribunal de Contas da União (TCU) revelou que o rombo aos cofres públicos em relação a esta construção e demais complexos chegou a 47 bilhões de reais. As informações foram endossadas pela Revista Veja.
A obra do complexo da Petrobras foi um projeto criado pelo governo petista a fim de incrementar a economia brasileira ao automatizar a venda de petróleo e produção de combustíveis com derivados fósseis. Entretanto, hoje, o país vive uma crise deixada pela estatal e o alto preço dos combustíveis, que ocasionou no preço da gasolina a R$ 7 por litro em cerca de vinte estados brasileiros.
Complexo petroquímico no Rio de Janeiro (RJ) já consumiu R$ 40 bilhões e não produziu nenhum barril de petróleo até agora
O orçamento inicial para a construção do Comperj, sob comando da Petrobras, eram de R$ 6 bilhões, mas, até hoje, não terminaram as construções e gastos superam R$ 40 bilhões
Segundo o TCU ( Tribunal de Contas da União), o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj) deveria ter sido finalizado até o ano de 2011, tendo gasto de até R$ 6 bilhões. Entretanto, ainda durante o ano de 2017, estava em processo de finalização e o governo já havia liberado mais de R$ 30 bilhões para o término.
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O complexo petroquímico não foi terminado, mas levantamentos mostram que, para que a construção chegue ao fim, tendo em vista a inflação brasileira de dois dígitos em 2022, será necessário que o governo invista mais de R$ 200 bilhões, o que tornaria inviável tendo em vista a divida pública que já está ocupando mais de 80% do valor do Produto Interno Bruto (PIB).
O TCU argumenta que encontrou uma série de irregularidades nas obras, como a contratação de outras empresas de forma ilegal e também o sobrepeso dos matérias comprados. O TCU afirma que o esquema criminoso esteve presente tanto no governo de Dilma, que foi disposta do seu cargo da presidência no ano de 2016, e de Luiz Inácio Lula da Silva, candidato para a presidência em 2022. Afinal, o esquema durou entre os anos de 2006 e 2014.
Após investigações, Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, recebeu a notificação para que pagasse uma multa para compensar os prejuízos deixados pela sua condução da estatal. O ex-diretor teria sido nomeado para administrar a estatal em 2003 pelo petista Luiz Inácio e, depois da realização de procurações, foi condenado a mais de 60 anos de cadeia por crimes de corrupção passiva e ativa. Ao todo, ele teria sido condenado pelo Tribunal de Contas da União, a pagar o valor de R$ 975 milhões em multas.
Além do complexo da Petrobras que foi alvo de investigações, o ex-diretor durante o governo petista, que era responsável por administrar a estatal, também foi investigado de retirar parte das verbas públicas destinadas para a construção do Premium I e Premium II, no Maranhão e no Ceará. Veja o Story deste artigo aqui.