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TCU acusa Anac de protelar decisão e ameaça multar agência caso futuro do Aeroporto de Viracopos siga indefinido em 2025

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 13/09/2025 às 22:57
O Itaú enfrenta ação do Sindicato no Brasil após demissão em massa de 1 mil funcionários, mesmo com lucro de R$ 22,6 bilhões, em embate jurídico que expõe divergências sobre a CLT e o peso das convenções coletivas.
O Itaú enfrenta ação do Sindicato no Brasil após demissão em massa de 1 mil funcionários, mesmo com lucro de R$ 22,6 bilhões, em embate jurídico que expõe divergências sobre a CLT e o peso das convenções coletivas.
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O futuro do Aeroporto de Viracopos segue cercado de incertezas e pressões políticas. Em decisão de setembro de 2025, o plenário do TCU rejeitou, por unanimidade, um embargo de declaração apresentado pela Anac, classificando o recurso como “manifestamente protelatório”. O relator do processo, ministro Bruno Dantas, deixou claro que a agência corre risco de multa caso insista em novos adiamentos.

A situação é considerada crítica porque o prazo para relicitação de Viracopos venceu em 2 de junho de 2025, e desde então não houve solução definitiva. Para o TCU, a insistência da Anac em recorrer sem apresentar novas propostas concretas compromete o funcionamento de um dos aeroportos mais estratégicos do país e gera insegurança para investimentos privados e públicos.

Quem está no centro do impasse

O conflito envolve a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos (ABV) e o próprio TCU. Desde 2020, quando a ABV pediu a devolução do terminal, a situação se tornou um processo jurídico e administrativo complexo.

A concessionária chegou a desistir da devolução e tentou negociar sua permanência na operação, mas as tratativas fracassaram.

Agora, a ABV afirma que deseja continuar operando Viracopos e mantém investimentos de manutenção.

Entretanto, sem definição oficial, não há clareza sobre o futuro da concessão, o que trava planos de expansão e afeta diretamente empresas e moradores da região de Campinas.

Quanto está em jogo no Aeroporto de Viracopos

O contrato original de concessão, firmado em 2012 por 30 anos, previa uma área total de 27 km².

Apenas parte dela foi entregue, e em 2021 a Anac chegou a propor redução para 13 km², recuando após forte reação local.

A indefinição envolve bilhões de reais em investimentos planejados, além de cerca de 2 mil processos de desapropriação suspensos.

Segundo a associação comunitária do Jardim Itaguaçu, mais de 20 mil moradores são impactados pela paralisação, já que aguardam soluções para indenizações, remoções e obras de infraestrutura que não saíram do papel.

A Prefeitura de Campinas pretende alterar a Lei de Zoneamento para atrair empresas de logística e hotelaria, mas depende da definição da concessão para avançar.

Por que o TCU pressiona a Anac

Para o ministro Bruno Dantas, os recursos apresentados pela Anac não buscam esclarecer dúvidas, mas apenas rediscutir decisões já tomadas, o que caracteriza tentativa de protelação.

Essa foi a segunda derrota da agência em menos de três meses, após pedidos de prorrogação e agravos rejeitados em junho e julho de 2025.

O novo diretor-presidente da Anac, Tiago Chagas Faierstein, que tomou posse em agosto, herdou o desafio de dar encaminhamento ao caso.

Sua gestão começa pressionada por prazos vencidos, cobranças do TCU e críticas de empresários e políticos locais que exigem uma solução rápida.

Onde o problema ultrapassa Campinas

O imbróglio de Viracopos tem repercussão nacional. Enquanto aeroportos como Galeão (RJ) e Guarulhos (SP) fecharam renegociações bilionárias com prorrogação de concessões, Viracopos permanece sem definição.

Essa demora contrasta com os avanços em outros terminais estratégicos e levanta dúvidas sobre a capacidade do Brasil de oferecer segurança regulatória em leilões futuros de infraestrutura.

Segundo o Correio Popular, a indefinição pode reduzir a confiança de investidores estrangeiros em novos projetos aeroportuários, já que um dos principais hubs de carga da América Latina continua sem destino definido.

Vale a pena para o Brasil prolongar o impasse?

Especialistas alertam que a postergação compromete não apenas o desenvolvimento de Campinas, mas também a eficiência logística nacional.

Viracopos é considerado peça-chave no transporte de cargas e na aviação comercial, servindo como hub estratégico para empresas internacionais.

O TCU já sinalizou que não aceitará mais adiamentos.

Ou a Anac retoma a caducidade do contrato e devolve o terminal à Infraero, ou negocia de forma transparente com a ABV.

Cada dia de indefinição aumenta o risco de perda de credibilidade regulatória e trava investimentos bilionários.

O embate entre TCU e Anac sobre o Aeroporto de Viracopos é mais do que uma disputa burocrática: é um teste da capacidade do Brasil em garantir segurança jurídica, atrair investimentos e equilibrar interesses públicos e privados.

O tempo está se esgotando, e a pressão sobre a agência só tende a crescer.

Você acredita que a Anac deve relicitar o Aeroporto de Viracopos imediatamente ou permitir que a concessionária atual permaneça no controle? Deixe sua opinião nos comentários — sua visão pode enriquecer esse debate que envolve bilhões e afeta diretamente o futuro da aviação brasileira.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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